sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Pets - A Vida Secreta dos Bichos é tão divertido quanto cativante

      Em 2001, a animação Shrek, da DreamWorks estreou e foi um grande fenômeno de bilheteria, só perdendo, naquele ano, para Harry Potter e a Pedra Filosofal e fez o que parecia impossível: desafiar a primazia da Disney.

        Por alguns anos seguintes, o período das férias escolares sempre continha animações dos dois estúdios e ambas disputavam a atenção do público e decidiam quem sairia vitoriosa.

A DreamWorks ainda está aí, embora em parceria com a Fox, mas, desde 2010, surgiu um novo estúdio que está se consolidando no mercado e que, aos poucos, vai deixando a sua marca: a Illumination Entertainment, responsável por Meu Malvado Favorito e Minions. E com o sucesso estrondoso desta franquia, o estúdio agora está arriscando novos ares, que é o caso de Pets – A Vida Secreta dos Bichos, uma animação original, apesar de conter várias referências externas, inclusive da própria Pixar com Toy Story.


Se a trilogia da Disney/Pixar focava nos brinquedos e no que eles faziam quando seus donos se ausentassem, aqui é mostrado o que os animais fazem quando seus donos estão fora. Quem nunca pensou nisso? É um assunto tão óbvio e tão difícil ao mesmo tempo.

O protagonista é o cãozinho Max e o filme começa mostrando sua relação com a dona, Katie e com os “vizinhos”, no caso, os outros animais.


A relação entre Max e Katie é abalada pela chegada de Duke, um cachorro vira-lata que estava em um canil e, de início, não tem bons modos e começa a nascer uma rivalidade, mas que pode ser prejudicial a ambos...

Conforme Pets – A Vida Secreta dos Bichos vai evoluindo, somos apresentados a vários personagens e situações, também somos apresentados à magnitude da Big Apple e tanto os trailers quanto o material promocional acertaram em entregar apenas o início do filme: há várias camadas a serem descobertas e embora não tenha aquele ponto de reflexão que Toy Story tinha, por exemplo, diverte muito.


            Essa pode ser uma diferença entre a Illumination e a Pixar, na qual uma realiza animações mais reflexivas e algumas capazes de fazer a platéia ir às lágrimas, a outra tem a intenção de divertir a platéia. E quem sai ganhando é o espectador.


            Mas em uma coisa a Illumination aprendeu com a Pixar: que é em fazer personagens cativantes e em colocar easter eggs de seu universo em suas animações: aqui, há várias referências a Meu Malvado Favorito, Minions e a Sing, próximo lançamento do estúdio previsto para o final do ano.

            Quanto aos personagens, não há como não se envolver com eles e possivelmente virarão moda, brinquedos e action figures. Quem não quer um Max ou Gigi para casa?


            Pets – A Vida Secreta dos Bichos foi das maiores bilheterias do verão americano, custou 75 milhões e já faturou mais de 700 (em valores relativos, rendeu mais do que Procurando Dory) e a continuação já foi confirmada. E o sucesso é merecido.

            Pets tinha muito material e conteúdo para ser algo dramático e fazer a platéia pensar, mas que foi pelo caminho do entretenimento, o que não é nenhum demérito, afinal, não vamos ao cinema para se divertir?

Nota: 9,0

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