quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Grey's Anatomy - da 1ª a 11ª temporada - SEM SPOILERS


Criada por: Shonda Rhimes

2005 - 2015

Com: Ellen Pompeo, Patrick Dempsey, Sandra Oh, Chandra Wilson, Justin Chambers, James Pickens Jr., Kate Walsh, Sara Ramirez, Jessica Capshaw, Kevin McKidd, Katherine Heigl, Eric Dane, Chyler Leigh, T. R. Knight, Isaiah Washington, Jesse Williams, Sarah Drew, Caterina Scorsone, Camila Luddington, Jerrika Hinton, Kelly McCreary, Jason George.

Drama

14 Anos


Grey’s Anatomy é uma grande série – mesmo com os altos e baixos

            Shonda Rhimes é dos maiores nomes da TV americana e das maiores – se não, a maior – showrunner da atualidade. Mas tudo começou lá em 2005, quando foi lançada na canal aberto Abc uma nova série médica, na qual muitos viam com desconfiança, já que ER ainda passava e embora estivesse desgastada, tinha um público fiel. E a grande Dr. House, que havia estreado um ano antes na Fox, tinha sido elogiada por público e crítica. E a própria Shonda ainda não tinha muita coisa no currículo: o roteiro de ‘Crossroads – Amigas para Sempre’ e ‘Diário da Princesa 2’ não queriam dizer muita coisa, mas eis que Grey’s Anatomy estreou e foi um grande fenômeno de audiência e foi elogiada pela crítica.

            Embora a internet estivesse já consolidada como uma grande mídia na época, o grande público ainda via episódios de séries pela TV, já que os serviços streaming ainda nem sonhavam que ganhariam um lugar ao sol.

            Mas afinal, o que Grey’s Anatomy tem de tão especial para ter essa audiência tão grande e consequentemente essa legião de fãs? E ainda com 11 temporadas já completas e a 12ª no seu hiato de fim de ano?

            Todos sabem que fazer séries não é fácil. Ao passo que elas cresceram a um nível extraordinário nos últimos anos e que elas estão melhores do que o cinema no quesito criativo e ousado, toda e qualquer série tem a preocupação de manter a audiência e a qualidade ao mesmo tempo. Acontece muito de uma série perder esses dois fatores – audiência e qualidade – com o passar das temporadas e manter o interesse do público é um grande desafio.

            A própria Grey’s Anatomy tem falhas no meio do caminho, o que seria inevitável com seus mais de 200 episódios já exibidos em temporadas de 24 episódios cada.

            Isso é uma característica das séries de TV aberta, de apresentar séries com mais de 20 episódios, o que torna muito mais difícil (e caro!), fazer uma série assim no que uma de canal fechado, como Showtime, HBO e Netflix, já que as séries de TV aberta, como da Abc ou CW, por exemplo, têm a preocupação do “politicamente correto”, na qual a violência é moderada e não há cenas de nudez, por exemplo. Sem contar que cada episódio deve deixar o gancho para o próximo – e também para o intervalo comercial. Já uma série como House of Cards (da Netflix) e The Affair (do Showtime), por exemplo, além de possuírem menos episódios (entre 10 e 13), podem ser encaradas como um grande filme, sem a necessidade do gancho para o episódio seguinte e podem ser vistas na formato “binge-watching”, que é a famosa maratona.

            Hoje Grey’s Anatomy é o carro chefe da Abc, que também tem Agents of S.H.I.E.L.D. e Once Upon a Time, por exemplo.

            E o grande diferencial de Grey’s Anatomy – e o que a torna tão especial – é justamente o investimento em relações humanas, na qual o espectador se envolve emocionalmente com o drama dos personagens e até com o drama dos pacientes.

            Grey’s Anatomy se passa no hospital Seattle Grace, na qual um grupo de médicos internos chega ao local e é lá que se passa a maior parte dos acontecimentos da série. Meredith Grey (Ellen Pompeo) é a protagonista, é a pessoa que move a trama e é a narradora da maioria dos episódios. Junto com os outros internos, Cristina, Alex, George e Izzie, eles vão ter que lidar com a pressão do trabalho e de suas vidas amorosas.

            Logo no episódio piloto, algumas coisas são esclarecidas em relação a alguns personagens: Bailey é uma médica brilhante, porém arrogante, mas que a plateia logo cria uma simpatia por ela – e rouba todas as cenas. Richard é o diretor do hospital e embora tenha que manter a imagem de superior, ele – assim como todos os personagens – vive com os seus demônios internos e tem envolvimento emocional com outras de suas colegas.

            Isso é uma reclamação de muitos sobre a série, de que todos se envolvem com todos e que nenhum deles sabe diferenciar o pessoal do profissional, mas isso é um problema? Sim e não: é ruim colocar os interesses pessoais acima dos profissionais, ainda mais se tratando de um trabalho que lida com vidas humanas, mas é inegável que eles passam muito mais tempo trabalhando do que em casa e algo sempre pode escapar.

            E outra coisa que fica clara também é que Meredith e Derek são um casal que se ama e apesar descobrirmos que ele é casado com a Dra. Addison (Kate Walsh, outra que rouba a cena), eles vão e voltam e ao mesmo tempo que isso se torna interessante, começa a incomodar até que eles se assumam de vez.

            E a Dra. Addison, que só aparece no final da 1ª temporada, é uma personagem tão incrível e admirada pelo público que ganhou uma série própria: em 2007, quando Grey’s Anatomy já tinha muitos fãs, ela ganhou um spin-off: Private Practice, que mostra o que se passava em Los Angeles quando enquanto a personagem não estava em Seattle, já que a partir da 4ª temporada ela só aparecia em Grey’s Anatomy em algumas participações especiais até que ela deixou de aparecer a partir da 8ª temporada.

            Outra característica de Grey’s Anatomy, aliás, são os personagens que simplesmente deixam de aparecer na série – a maioria porque morreu. Existe, inclusive uma brincadeira online na qual Shonda Rhimes é a “George R. R. Martin” da TV aberta. Exagero? Novamente sim e não.

            Uma série precisa se renovar conforme ela vai evoluindo e dependendo do roteiro, até uma grande reviravolta é aceita. No caso de Grey’s Anatomy, ela realmente faz um rodízio de personagens e por diversas vezes há a inserção de novos internos e médicos que a permanência depende da aprovação do público (que foi o caso de Callie e Arizona, por exemplo). Mas isso faz todo o sentido se pensarmos que em um hospital os médicos vão e voltam.

            Há dois personagens que saíram que marcaram os fãs: um no final da temporada 11 e a atriz Katherine Heigl. Esse personagem da temporada 11 (que não falaremos aqui qual é, pois seria um grande spoiler) gerou um barulho tão grande quando foi anunciada sua morte que até hoje há fãs que pedem sua volta – mas quem viu o momento sabe que foi necessária a renovação.

            E no caso de Katherine Heigl foi mais capricho da atriz do que necessidade da série: ela estava muito bem fazendo sua Izzie, inclusive ganhando o Emmy de Atriz Coadjuvante. Mas ela começou a fazer alguns filmes, como ‘Ligeiramente Grávidos’ e ela simplesmente decidiu que seria atriz de cinema e abandonou a série. A decisão foi um tiro pela culatra, já que ela nunca mais fez um filme bacana e agora ela vive sendo indicada à Framboesa de Ouro.

            É fato que Shonda Rhimes às vezes exagera nas reviravoltas e, para justificar uma nova temporada, coloca algum evento muito extraordinário para fechar uma temporada, como o homem que entra armado no hospital ou o acidente de avião. E o leão que invadiu o hospital foi muito constrangedor.

            Mas ela apendeu a fazer TV e hoje está mais contida. Sua série seguinte, Scandal, tem um saldo melhor do que Grey’s Anatomy e para 2016 será lançada uma nova série médica de sua autoria.

            Grey’s Anatomy é uma boa série e não é “série de menina”, como alguns dizem. É para todos os públicos, fala de relacionamento e do quanto somos imaturos no que diz o coração. E não é isso que somos?   

Notas:
Season 1: 9,0
Season 2: 10,0
Season 3: 9,0
Season 4: 10,0
Season 5: 8,0
Season 6: 7,0
Season 7: 6,0
Season 8: 4,0
Season 9: 3,0
Season 10: 10,0
Season 11: 8,0

Fotos:













Trailer da 12ª temporada:



sábado, 23 de janeiro de 2016

A 5ª Onda


A 5ª Onda (The 5th Wave)

Direção: J. Blakeson

2015

Com: Chloe Grace Moretz, Nick Robinson, Alex Roe, Liev Schreiber, Ron Livingston, Maria Bello.

Ficção Científica

12 Anos

Boas ideias desperdiçadas

            ‘A 5ª Onda’ é baseado em um best-seller que tem uma história pós-apocalíptica interessantíssima: em um futuro não muito distante, o planeta passou por 4 ataques alienígenas, ou 4 ondas, como foi chamada: na primeira, a eletricidade foi retirada do planeta, na segunda, houve um tsunami, na terceira, os pássaros transmitem um vírus, muito parecidos com a gripe aviária e na quarta, os próprios alienígenas se infiltram entre os humanos e com características nossas.

            Isso quase dizimou a população mundial por completo e uma 5ª onda viria para acabar com a raça humana de vez, mas para acabar com isso, o exército americano cria tecnologias para conter a ameaça alienígena.

            Os poucos humanos sobreviventes vivem isolados, com medo de o próximo ser um alienígena e medo da ameaça.

            Um deles é Cassie (Chloe Grace Moretz), que perdeu parte da sua família, vive como nômade (quase como uma personagem de ‘The Walking Dead’) e precisa resgatar seu irmão.

            Essa é a história de ‘A 5ª Onda’. Imaginem tudo isso na mão de um grande diretor, roteirista, produtor e de um estúdio que se importa com o material que tem? Renderia um filmaço. Mas, infelizmente, não é o caso.

            O filme já começa com um problema de narrativa logo no começo: o prólogo é demorado e o que deveria ser um simples flashback, é o primeiro ato do filme por inteiro, que liga com um segundo ato lento, sonolento e sem sentido até chegar em um terceiro ato, que tem a sua importância, apresenta um plot twist que deixa o espectador interessado no que possa vir a seguir e com a esperança que o filme melhore, mas a falta de tensão e um desfecho constrangedor, fazem com que este filme, que deveria ser épico, se torne comum – e como todas as tentativas fracassadas de adaptações literárias de fantasia, como ‘A Bússola de Ouro’ e ‘Eragon’, este aqui simplesmente termina em qualquer lugar: os realizadores achavam que já tinha dado o tempo de duração e deixaram a história em aberto e com a virtual certeza de que vai se tornar um novo fenômeno da literatura para o cinema e que os “fãs” vão clamar por uma continuação.

            O sucesso de Mad Max e Star Wars deixaram claro que o público não engole mais um filme mal feito digitalmente, que tudo seja artificial demais e que o fundo verde esteja lá. Os efeitos práticos se provaram mais eficazes e se for para o lado digital, que seja bem realizado, como em Jurassic World e nos filmes da Marvel, por exemplo.

            A Sony é a distribuidora do filme e por diversas cenas há alguma propaganda de algum produto dela, o que não incomodou, mas colocar seu maior herói, o Homem-Aranha, de forma gratuita, foi uma tentativa para mostrar que ela ainda tinha voz com a parceria com a Marvel (o herói estará na Guerra Civil este ano e terá um filme solo em 2017).

            Mas os dois problemas mais graves de ‘A 5ª Onda’ são o péssimo elenco e a tentativa de ser o novo Crepúsculo:

            Em momento algum o filme indicava que seria um romance, menos ainda um triângulo amoroso e aqui é sem química alguma e simplesmente jogado claramente para atrair as fãs órfãs de Crepúsculo.

            Não há nada de errado em ser um romance, mas e história que era de ficção vira romance com drama e que tem alguns vestígios de ação e que deixa tudo em aberto, ou seja, começa do nada e termina no lugar nenhum.

            E o elenco aqui é digno de Framboesa de Ouro, sobretudo os dois jovens que disputam o coração de Cassie. Liev Schreiber, que é um bom ator, está mal aproveitado aqui (e seu personagem poderia ter várias camadas que poderiam ser exploradas). Mas a decepção fica mesmo é com a protagonista, Chloe Moretz: ela começou a carreira muito bem, sobretudo na infância/adolescência fazendo algumas pontas sempre como a fofura da vez, como Abigail Breslin e Dakota Fanning já foram, mas ela ganhou notoriedade ao viver a Hit-Girl em ‘Kick-Ass: Quebrando Tudo’ e fez o premiado ‘A Invenção de Hugo Cabret’, de Martin Scorsese.

            Mas desde que ela cresceu, faz uma bomba atrás da outra, começando por Kick-Ass 2, que é muito inferior ao original e com o fracasso, estamos livres de um terceiro filme, mas o fundo do poço foi a pérola ‘Carrie – A Estranha’, remake do clássico de 1976 e foi destruído pela crítica.

            Aqui em ‘A 5ª Onda’ ela mal consegue atuar ou fazer expressão de perigo. Não se sabe se ela é uma atriz limitada ou se precisa trocar de agente. O fato é que sua carreira pode ir ladeira abaixo e entrar na galeria das crianças que não tiveram sucesso na vida adulta. E agora ela só assume papéis de protagonista.

            A história poderia ser boa e tinha muito potencial. E também poderia ser algo diferente e inventivo, mas é um pout-pourri de tudo o que já vimos do gênero. E se eles querem uma nova franquia literária, agora com o fim de Jogos Vorazes, não vai ser com ‘A 5ª Onda’ que vão conseguir.

Nota: 4,0

Imagens:










Trailer:

Joy - O Nome do Sucesso


Joy – O Nome do Sucesso (Joy)

Direção: David O. Russell

2015

Com: Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Bradley Cooper, Edgar Ramirez, Virginia Madsen, Isabella Rossellini, Dascha Polanco.

Comédia Dramática

14 Anos

Joy tem uma história tão incrível que só poderia ser real

            Nos últimos 5 anos o diretor David O. Russell se tornou um nome conhecido e presença obrigatória nas premiações, inclusive sendo indicado 3 vezes ao Oscar, por ‘O Vencedor’ em 2011, por ‘O Lado Bom da Vida’ em 2013 e por ‘Trapaça’ no ano seguinte.

            Muitos atribuem isso como um exagero e que ele só está aí porque tem um lobby grande na Academia.

            Polêmicas à parte, é inegável que seus filmes, embora sejam diferentes, são iguais entre si, ou seja, seus filmes têm histórias diferentes, mas com características idênticas, sobretudo no que diz aos personagens, que se mostram desajustados, com famílias e casais que não se entendem e que apresentam algum tipo de distúrbio ou mania. Sempre em um filme do David O. Russell a trilha é marcante – e há alguma cena de dança.

            E agora em ‘Joy – O Nome do Sucesso’ ele apresenta uma história real de Joy Mangano que, no início dos anos 90, inventou um esfregão prático (sim, aquele para limpar o chão) e hoje é uma empresária de sucesso, mas o caminho não foi nada fácil. E é exatamente o caminho duro que esse filme mostra: ela é divorciada, tem 3 filhos, todos em sua casa dependem dela e está financeiramente quebrada, com a hipoteca da casa atrasada e com as contas vencidas. E vive infeliz com o seu trabalho no aeroporto.

            Mas Joy começa a investir tudo o que tem – e o que não tem – em um esfregão que é desmontável e que a sujeira não fica acumulada e ela tem uma chance de mostrar isso em um programa da TV a cabo, mas quem disse que ela tem sorte na empreitada.

            O filme pode não funcionar tão bem como biografia, já que em momento nenhum é citado que é uma história real e a história não apresenta data nenhuma, o que é outra característica de Russell, que em ‘Trapaça’ não contou que se tratava de algo que aconteceu – e por isso o filme foi indicado como Roteiro Original, e não adaptado.

            Não se sabe se é um estilo ou uma jogada para ser indicado a Roteiro Original e, assim, ser visto como autoral, mas a verdade é que David deveria valorizar os personagens reais em que se trata e até para o grande público conhecê-las.

            E aqui em ‘Joy – O Nome do Sucesso’, como não poderia deixar de ser, as características do cinema de Russell estão evidentes: Joy é divorciada, mas ainda tem contato com seu ex-marido, que se diz cantor, mas também está sem dinheiro e vive no porão de casa. A mãe de Joy, Terry, é uma falastrona que é viciada em uma novela e está mais preocupada com os próximos capítulos do que com a sua família. Rudy, pai da protagonista, nunca apoiou a filha e vive criticando-a pelo casamento frustrado.

            Quem interpreta Rudy é Robert de Niro e se ele é dos maiores atores da história do cinema, seus últimos trabalhos não haviam rendido tanto, até que ele fez o pai viciado em jogo em ‘O Lado Bom da Vida’, que lhe rendeu elogios e foi indicado ao Oscar pelo papel. E no ano seguinte, em ‘Trapaça’, ele fez uma ponta hilária como um gângster, e caiu o gosto da nostalgia dos tempos áureos de ‘Os Bons Companheiros’ e ‘Poderoso Chefão 2’. E aqui em ‘Joy – O Nome do Sucesso’, ele está igualmente hilário como o pai da Joy e quase rouba todas as cenas.

            Bradley Cooper faz o produtor do canal a cabo e seu papel é praticamente uma participação especial, mas não menos interessante do que já o vimos como ator principal.
            Mas o destaque aqui – como não poderia deixar de ser – é da própria Jennifer Lawrence. Ela está incrível como Joy e aqui ela cravou sua 4ª indicação ao Oscar aos 25 anos de idade. Exagero? Não se levarmos em conta que ela é uma grande atriz e tem talento e carisma natos. Ela nem precisa se esforçar para ter uma carreira já consolidada, com uma legião de fãs e duas franquias para chamar de sua.

            Há duas coisas sobre ela que são de fato um exagero: seu Oscar por ‘O Lado Bom da Vida’, na qual ela estava muito bem no filme, mas haviam papéis melhores indicados e nem foi um filme que exigisse dela, ao contrário de ‘Inverno da Alma’, por exemplo. Outra coisa é compará-la a Meryl Streep. É fato que ambas são grandes e tiveram um começo de carreira promissor, mas com a rapidez com que as coisas acontecem, não dá para prever se saberemos quem é Jennifer Lawrence daqui a 10, 20, 40 anos. Só o tempo dirá.

Muita gente está dizendo que a indicação ao Oscar de Jennifer por este filme foi um exagero e que haviam atrizes melhores. De fato, Charlize Theron poderia estar indicada por ‘Mad Max – A Estrada da Fúria’ porque sua Imperatriz Furiosa foi A personagem do ano. Mas deixar de reconhecer o grande papel de Jennifer aqui é um ultraje – e muitos nem viram Joy. Como diria Scorsese, “conheçam meu filme antes de julgá-lo”. E alguns dizem que ela só está onde está porque é a “queridinha” do momento.

‘Joy – O Nome do Sucesso’ não foi bem de bilheteria nos EUA (efeito Star Wars?) e a crítica também não o recebeu bem, tanto que ele só está indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz. Mas o fracasso foi injusto. Primeiro porque ele é melhor do que ‘Trapaça’ e ‘O Vencedor’, mas não melhor do que ‘O Lado Bom da Vida’. Segundo porque é uma história bonita de superação e é fácil de se identificar com o drama da protagonista – ainda mais em tempos de crise – e não importa o quanto o seu sonho seja bizarro ou pequeno, nem o que os outros vão dizer, mas é o quanto você acredita nele e o que está disposto a fazer para chegar ao sucesso.

E um diferencial de ‘Joy – O Nome do Sucesso’, é que ele não é bem um drama. Toda a história é levada ao humor – e diverte muito – o espectador.

Seria uma metáfora para seguirmos a vida sempre sorrindo, apesar das adversidades?

Nota: 9,0

Imagens:










Trailer:

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Indicados ao Oscar 2016


A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou os indicados ao Oscar 2016. O Regresso e Mad Max são os filmes com o maior número de indicações, com 11 e 10, respectivamente. A festa do Oscar acontece em 28 de fevereiro:

Melhor Filme
A Grande Aposta
Ponte de Espiões
Brooklyn
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso
O Quarto de Jack
Spotlight – Segredos Revelados

Melhor Diretor
Adam McKay (A Grande Aposta)
George Miller (Mad Max: Estrada da Fúria)
Alejandro G. Iñárritu (O Regresso)
Lenny Abrahamson (O Quarto de Jack)
Tom McCarthy (Spotlight — Segredos Revelados)

Melhor Ator
Bryan Cranston (Trumbo: Lista Negra)
Matt Damon (Perdido em Marte)
Leonardo DiCaprio (O Regresso)
Michael Fassbender (Steve Jobs)
Eddie Redmayne (A Garota Dinamarquesa)

Melhor Atriz
Cate Blanchett (Carol)
Brie Larson (O Quarto de Jack)
Jennifer Lawrence (Joy)
Charlotte Rampling (45 anos)
Saoirse Ronan (Brooklyn)

Melhor Ator Coadjuvante
Christian Bale (A Grande Aposta)
Tom Hardy (O Regresso)
Mark Ruffalo (Spotlight: Segredos Revelados)
Mark Rylance (Ponte dos Espiões)
Sylvester Stallone (Creed: Nascido Para Lutar)

Melhor Atriz Coadjuvante
Jennifer Jason Leigh (Os Oito Odiados)
Rooney Mara (Carol)
Rachel McAdams (Spotlight: Segredos Revelados)
Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa)
Kate Winslet (Steve Jobs)

Melhor Roteiro Original
Ponte dos Espiões
Ex Machina
Divertida Mente
Spotlight – Segredos Revelados
Straight Outta Compton

Melhor Roteiro Adaptado
A Grande Aposta
Brooklyn
Carol
Perdido em Marte
O Quarto de Jack

Melhor Filme Estrangeiro
Embrace of the Serpent (Colômbia)
Cinco Graças (França)
O Filho de Saul (Hungria)
Theeb (Jordânia)
A War (Dinamarca)

Melhor Animação
Anomalisa
O Menino e o Mundo
Divertida Mente
Shaun, o Carneiro
Quando Estou com Marnie

Melhor Fotografia
Carol
Os Oito Odiados
Mad Max: Estrada da Fúria
O Regresso
Sicario: Terra de Ninguém

Melhor Edição
A Grande Aposta
Mad Max: Estrada da Fúria
O Regresso
Spotlight – Segredos Revelados
Star Wars: O Despertar da Força

Melhor Trilha Sonora
Ponte dos Espiões
Carol
Os Oito Odiados
Sicario: Terra de Ninguém
Star Wars: O Despertar da Força

Melhor Canção Original
Earned It - The Weeknd — Cinquenta Tons de Cinza
Manta Ray – Racing Extintion
Simple Song #3 – Juventude
Til It Happens To You – The Hunting Ground
Writings On The Wall –  007 Contra Spectre

Melhor Design de Produção
Ponte dos Espiões
A Garota Dinamarquesa
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso

Melhor Figurino
Carol
Cinderela
A Garota Dinamarquesa
Mad Max: Estrada da Fúria
O Regresso

Melhor Edição de Som
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso
Sicario: Terra de Ninguém
Star Wars: O Despertar da Força

Melhor Mixagem de Som
Ponte dos Espiões
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso
Star Wars: O Despertar da Força

Melhores Efeitos Visuais
Ex-Machina
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso
Star Wars: O Despertar da Força

Melhor Maquiagem e Penteado
Mad Max: Estrada da Fúria
The 100-year-old man who climbed out the window and disappeared
O Regresso

Melhor Documentário
Amy
Cartel Land
The Look of Silence
What happened, Miss Simone?
Winter on fire: Ukraine’s Fight for Freedom

Melhor Documentário de Curta-Metragem
Body Team 12
Chau, Beyond the Lines
Claude Lanzmann: Spectres of the Shoah
A Girl in the River: The Price of Forgiveness
Last day of Freedom

Melhor Curta de Animação
Bear Story
Prologue
Sanjay’s Super Team
We can’t live Without Cosmos
World of Tomorrow


Melhor Curta de Live Action
Ave Maria
Day One
Everything will be Okay (Alles Wird Gut)
Shok
Stutterer

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Indicados à Framboesa de Ouro 2016


Nesta manhã saíram os indicados ao troféu Framboesa de Ouro, que premia os piores filmes do ano. Os “vencedores” serão anunciados dia 27 de fevereiro, um dia antes do Oscar:



Pior Filme
Cinqüenta Tons de Cinza
O Destino de Júpiter
Pixels
Quarteto Fantástico
Segurança de Shopping 2

Pior Diretor
Andy Fickman (Segurança de Shopping 2)
Josh Trank (Quarteto Fantástico)
Sam Taylor-Johnson (Cinqüenta Tons de Cinza)
Tom Six (A Centopéia Humana 3)
Os Wachowskis (O Destino de Júpiter)

Pior Ator
Adam Sandler (Trocando os Pés / Pixels)
Channing Tatum (O Destino de Júpiter)
Jamie Dornan (Cinquenta Tons de Cinza)
Johnny Depp (Mortdecai)
Kevin James (Segurança de Shopping 2)

Pior Atriz
Dakota Johnson (Cinquenta Tons de Cinza)
Gwyneth Paltrow (Mortdecai)
Jennifer Lopez (O Garoto da Casa ao Lado)
Katherine Heigl (Lar Doce Inferno)
Mila Kunis (O Destino de Júpiter)

Pior Ator Coadjuvante
Chevy Chase (A Ressaca 2 / Férias Frustradas)
Eddie Redmayne (O Destino de Júpiter)
Jason Lee (Alvin e os Esquilos – Na Estrada)
Josh Gad (Pixels / Padrinhos LTDA)
Kevin James (Pixels)

Pior Atriz Coadjuvante
Amanda Seyfried (Peter Pan / O Natal dos Coopers)
Julianne Moore (O Sétimo Filho)
Kaley Cuoco (Alvin e os Esquilos – Na Estrada / Padrinhos LTDA)
Michelle Monaghan (Pixels)
Rooney Mara (Peter Pan)

Pior Remake ou Seqüência
Alvin e os Esquilos – Na Estrada
A Centopéia Humana 3
Quarteto Fantástico
A Ressaca 2
Segurança de Shopping 2

Pior Combo em Cena
Adam Sandler e qualquer par de sapatos (Trocando os Pés)
Jamie Dornan e Dakota Johnson (Cinquenta Tons de Cinza)
Johnny Depp e seu bigode (Mortdecai)
Kevin James e tanto o seu Segway ou o seu bigode colado (Segurança de Shopping 2)
Todos os Fantásticos (Quarteto Fantástico)

Pior Roteiro
Cinqüenta Tons de Cinza
O Destino de Júpiter
Pixels
Quarteto Fantástico
Segurança de Shopping 2

Framboesa da Redenção
Elizabeth Banks
M. Night Shyamalan
Sylvester Stallone

Will Smith