sexta-feira, 26 de abril de 2013

Os 10 piores filmes baseados em quadrinhos


10 - A Liga Extraordinária (The League of Extraordinary Gentleman)
Direção: Stephen Norrington
Ano de produção: 2003
Com: Sean Connery, Stuart Twonsend, Peta Wilson
Classificação Etária: 12 Anos

            A idéia de juntar vários heróis em um único filme é ótima. E a idéia colocar Sean Connery como protagonista também. Mas o resultado é uma grande colcha de retalhos, histórias mal-amarradas e efeitos especiais constrangedores. Foi uma ofensa ao Alan Moore.







9 – Spawn – O Soldado do Inferno (Spawn)
Direção: Mark A. Z. Dippé
Ano de produção: 1997
Com: Michael Jay White, John Leguizamo, Martin Sheen, Theresa Randle.
Classificação Etária: 16 Anos

Os anos 1990 foram carentes de uma adaptação decente dos quadrinhos para o cinema, mas este aqui, que foi um fracasso de público e crítica, tenta ser um filme de ação que não é e um terror que não assusta nem criancinha. A direção de arte é um desastre, assim como as atuações dignas de Framboesa de Ouro e por quê raios um grande e consagrado ator como Martin Sheen aceitou participar dessa bomba?






8 – The Spirit – O Filme (The Spirit)
Direção: Frank Miller
Ano de produção: 2008
Com: Gabriel Macht, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson, Eva Mendes.
Classificação Etária: 14 Anos

            A expectativa era grande para este aqui. Depois do sucesso de Sin City em 2005, a indústria já se mexeu para outra adaptação de Frank Miller e para manter o público dos cinemas e quadrinhos mais próximos, os produtores resolveram colocar o próprio Miller para dirigir este longa, mas a narrativa mal feita e um protagonista insosso mostraram que Miller, como cineasta, é um ótimo escritor de quadrinhos. Depois do sucesso de Samuel L. Jackson como Nick Furry e Scarlett Johansson como a Viúva Negra, em “Homem de Ferro 2” e “Os Vingadores”, a gente até perdoa os dois.







7 – Batman e Robin (Batman & Robin)
Direção: Joel Schumacher
Ano de produção: 1997
Com: George Clooney, Arnold Schwarzenegger, Uma Thurman, Chris O’ Donnel, Alicia Silverstone.
Classificação Etária: LIVRE

“Batman Eternamente”, de 1995, já era ruim, mas era assistível, mas a premissa de Batman & Robin é totalmente absurda. Um herói com mamilos, um Robin totalmente perdido e que não fala uma frase sem ser canastro e uma personagem que jamais deveria existir, que é a BatGirl realmente eram difíceis de engolir. E para piorar, o cenário é berrante, que chega até a ofuscar a vista. Ainda bem que George Clooney deu a volta por cima e hoje já é um grande ator e diretor também.









6 – Asterix & Obelix Contra César (Asterix and Obelix VS. Caesar)
Direção: Claude Zidi
Ano de produção: 1999
Com: Roberto Benigni, Gerard Depardieu.
Classificação Etária: LIVRE

            A ideia de adaptar os quadrinhos do Asterix foi ótima, afinal, como não gostar da história do Gaulês simpático que luta contra o domínio romano? Mas o resultado deste filme é um verdadeiro desastre. A começar pela escolha do xarope do Roberto Benigni, que dá pra se dizer que sua glória com “A Vida é Bela” foi uma dessas sortes únicas da vida, pois não há outro filme digno de nota com ele. Os efeitos parecem aqueles de 60 anos atrás e foi uma grande vergonha ao cinema francês, que já produziu muitas obras-primas cinematográficas.









5 – Hulk (Hulk)
Direção: Ang Lee
Ano de produção: 2003
Com: Eric Bana, Jennifer Connelly, Sam Elliott, Nick Nolte.
Classificação Etária: LIVRE

            Na época, fui muito entusiasmado assistir a Hulk, afinal, este é um herói dos mais importantes, conhecidos e amados do universo Marvel. E também porque é dirigido pelo Ang Lee, que dirigiu, por exemplo “O Tigre e o Dragão” e “As Aventuras de Pi” recentemente e por ter no elenco o sempre ótimo Eric Bana e a Jennifer Connelly que eu considero das melhores atrizes. Mas o resultado foi frustrante para todos. O nosso herói verde ficou tão artificial e digital demais que ficou mais parecido com o Shrek. Parecia que todo mundo havia esquecido o roteiro, mas esse grande fracasso serviu para melhorar a carreira de Ang Lee, que levaria 2 Oscars de Melhor Diretor posteriormente (mas, curiosamente não levou o de Melhor Filme). Mas fuja dessa bomba.







4 – Elektra (Elektra)
Direção: Rob Bowman
Ano de produção: 2005
Com: Jennifer Garner, Terence Stamp.
Classificação Etária: 12 Anos

            Após o grande sucesso da personagem da Elektra em “Demolidor – O Homem sem Medo” a indústria rapidamente se mexeu para produzir um filme próprio da heroína. Com um fiapo de roteiro e um vilão de dar dó, Elektra foi um fracasso de público e crítica que afundou qualquer possibilidade de franquia e mesmo a Jennifer Garner, que é muito simpática, nunca mais faria e nunca tinha feito antes um papel digno de nota. Nada como ser a Sra. Ben Affleck.








3 – O Filho do Máskara (Son of the Mask)
Direção: Lawrence Guterman
Ano de produção: 2005
Com: Jamie Kennedy, Alan Cumming, Bob Roskins.
Classificação Etária: LIVRE

            De onde veio a ideia de O Filho do Máskara. Após uma década daquele mega sucesso estrelado por Jim Carrey e Cameron Diaz, muito às custas de carisma e pelos efeitos e menos por alguns méritos atribuídos, pois “O Máskara” de 1994 é, no meu conceito apenas mediano, alguém com muita vontade de ganhar dinheiro e pouca vontade cinematográfica, resolve fazer uma continuação. O filme é puxado para o público infantil, e, infelizmente, o diretor achou que deveria ser tolo. Ele é grosseiro demais para as crianças e bobinho demais para os adultos. Pelo bem do cinema, o filme foi um fracasso de público e crítica. Bahhhh






2 – O Fantasma (The Phanton)
Direção: Simon Wincer
Ano de produção: 1996
Com: Billy Zane, Catherine Zeta-Jones.
Classificação Etária: LIVRE

            Mais um desastre dos quadrinhos na década de 90. O Fantasma sempre foi um herói enigmático, mas praticamente não há uma só sequência que deixe claro que é um filme sobre o herói mascarado e aonde estavam com a cabeça para colocar um ator tão chato e sem graça como o Billy Zane? Ele consegue até estragar o “Titanic”, como o marido rico da Rose. E ainda tinha Catherine Zeta-Jones em início de carreira. E como se não bastasse, o filme é cheio de mensagens patrióticas disfarçadas de entretenimento. Um lixão total!








1 – Mulher-Gato (Catwoman)
Direção: Pitof
Ano de produção: 2004
Com: Halle Berry, Sharon Stone, Benjamin Bratt.
Classificação Etária: 12 Anos

            Acho que vou comprar briga com muita gente, mas Halle Berry é uma péssima atriz e que não consegue transmitir emoção nenhuma na tela. Ela foi a primeira e única atriz negra até agora a levar o Oscar de Melhor Atriz por “A última ceia”. Não dá para dizer que o prêmio foi merecido pois o papel foi muito irregular, mas que deu a ela a chance de entrar na história e a chance de se revelar. Mas ela nunca fez nada de grandes papéis no sentido artístico da coisa. Ela, ao menos, tem uma heroína no currículo, sendo a Tempestade de “X-Men”. Mas ela tinha que querer um papel só dela e uma heroína que carregasse um filme nas costas. E daí lá vêm os engravatados de Hollywood distorcer toda a história dos quadrinhos e reinventar a história da felina sensual Mulher-Gato. Praticamente tudo foi mudado dos quadrinhos, até o nome real da protagonista, sendo Patience por aqui em detrimento da Selina Kyle no original que foi transposto muito bem ao cinema com Michelle Pfeiffer em “Batman – O Retorno” e recentemente pela Anne Hathaway em “Batman – O cavaleiro das trevas ressurge”, mas a mulher-gato da Halle Berry já é um desastre já pelo uniforme, todo propositalmente rasgado com a tentativa frustrada de sensualidade (!) que mais parece um uniforme sado masoquista. Não devemos esquecer também de Pitof, o diretor francês “revelado” por aqui e teve sua carreira afundada que sumiu do mercado mundial.
            Já vai fazer uma década do lançamento de “Mulher-Gato” e ainda não encontrei quem gostasse desse filme. Se esse não for o “pior filme da história”, pelo menos é, no meu conceito o pior filme desse século 21, junto com “O Apanhador de Sonhos” e “Instinto Selvagem 2”. “Mulher-Gato” foi um dos maiores fracassos dos últimos anos, tendo um investimento milionário de 100 milhões de dólares e faturou pouco mais de 20. O filme foi um dos maiores vencedores do prêmio Framboesa de Ouro (que premia os piores do cinema) inclusive com o prêmio de pior atriz para Halle Berry, que foi até simpática em receber e fazer um discurso emocionado, em 2005, 3 anos após sua consagração por “A Última Ceia”, em que Halle diz que “antes de ser uma vencedora, deve ser uma grande perdedora” e que “Mulher-Gato é tão vergonhoso que nem tem coragem de assistir”. Bem, não dá mesmo para assistir, mas é um filme para ficar sempre marcado. Para o mal, é claro!




Os 10 Melhores Filmes baseados em quadrinhos


10 – Sin City – A Cidade do Pecado (Sin City)
Direção: Robert Rodriguez
Ano de produção: 2005
Com: Bruce Willis, Clive Owen, Mickey Rourke, Jessica Alba, Elijah Wood, Carla Gugino, Benicio Del Toro, Rosario Dawson, Brittany Murphy.
Classificação Etária: 16 Anos

            Foi um grande risco adaptar essa obra de Frank Miller, até então desconhecido. Mas “SinCity” supera as expectativas tanto no tratamento dos personagens, como na fotografia maravilhosa e um elenco tão grandioso quanto cool. E estamos aguardando ansiosamente a continuação.






9 – Homem Aranha 2 (Spider Man 2)
Direção: Sam Raimi
Ano de produção: 2004
Com: Tobey Maguire, Kristen Dunst, Alfred Molina, James Franco, Rosemary Harris.
Classificação Etária: LIVRE

Homem Aranha 2 foi a maior bilheteria de 2004 e teve o mérito de usar mais o fator psicológico e humano do personagem mais famoso dos quadrinhos. Com um vilão realmente ameaçador, muito mais arranjado do que o Duende Verde do primeiro filme, com o Oscar de Melhores Efeitos Especiais e um final de fazer qualquer um ir às lágrimas, Homem Aranha 2 se tornou um grande épico e deve ser referência para qualquer arrasa-quarteirão hollywoodiano. É uma pena que Homem Aranha 3 seja tão irregular.








8 – Persépolis (Persepolis)
Direção: Marjane Satrapi
Ano de produção: 2007
Classificação Etária: 14 Anos

            Persépolis não é só uma adaptação bacana de quadrinhos. É uma grande alegoria política sobre o regime dos Xá, no Irã e é ótimo entender e conhecer a história pois este país está sempre na mídia de forma negativa. Essa animação é ótima para entender a repressão feminina e o autoritarismo iraniano.








7 – Ghost World – Aprendendo a Viver
Direção: Terry Zwigoff
Ano de produção: 2001
Com: Thora Birch, Steve Buscemi, Scarlett Johansson.
Classificação Etária: 14 Anos

            Ghost World pode ser visto de várias maneiras diferentes: como uma comédia deliciosa, um drama independente, um roteiro feito para agradar aos críticos, uma bela homenagem aos colecionadores de discos na era digital ou o filme que revelou a estonteante Scarlett Johansson. Não importa: Ghost World é impressionante sempre e é um filme que nunca envelhece.









6 – Os Vingadores (The Avengers)
Direção: Joss Whedon
Ano de produção: 2012
Com: Robert Downey Jr., Mark Ruffalo, Chris Evans, Scarlett Johansson, Chris Hemsworth, Jeremy Reener, Tom Hiddleston, Samuel L. Jackson, Gwyneth Paltrow.
Classificação Etária: 12 Anos

            É muito bom quando alguma obra supera as expectativas e não desaponta a plateia. Os vingadores foi anunciado praticamente 1 ano antes do lançamento, e cada semana parecia ter um trailer novo. Mas o filme dos 6 heróis da Marvel soube colocar cada personagem em cena sem destratar nenhum, cada um com o mesmo tratamento e diverte muito o expectador. E ainda revelou o diretor Joss Whedon, se tornando a maior bilheteria de 2012. Para ver e rever.






5 – Batman – O cavaleiro das trevas ressurge (The Dark Knight Rises)
Direção: Christopher Nolan
Ano de produção: 2012
Com: Christian Bale, Tom Hardy, Anne Hathaway, Joseph Gordon Lewitt, Marion Cottlard, Gary Oldman, Michael Caine, Morgan Freeman.
Classificação Etária: 14 Anos

            Após o grande barulho causado por “Batman – O Cavaleiro das Trevas” e de “A Origem” era difícil de imaginar que a imaginação e talento de Christopher Nolan ainda estivessem em alta. Esse terceiro episódio dessa ótima franquia não é só um épico poderoso e político, mas mostra que há sim, inteligência verdadeira nos blockbusters e que dá sim para unir um grande elenco (e que elenco!!!!!) sem estrelismo ou emburrecer o espectador. Imperdível...










4 – Kick Ass – Quebrando Tudo (Kick Ass)
Direção: Matthew Vaughn
Ano de produção: 2010
Com: Christopher Mintz-Plasse, Chloe Grace Moretz, Aaron Johnson, Nicolas Cage.
Classificação Etária: 18 Anos

            Kick Ass é um filme totalmente improvável, não foi tão anunciado mas logo se tornou cultuado, amado por muita gente e que logo teve uma legião de fãs. Mais do que isso, Kick Ass é artisticamente muito bem realizado, absolutamente delicioso de se ver e a violência que ele foi acusado é tão estilizada que faz parte do estretenimento. É quase como Tarantino faz em seus filmes, como em “Pulp Fiction” e “Bastardos Inglórios”. E Kick Ass ainda revelou a irresistível Chloe Grace Moretz, que logo será a Carrie – A estranha. E a continuação vem aí...






           
3 – X-Men – Primeira Classe (X-Men – First Class)
Direção: Matthew Vaughn
Ano de produção: 2011
Com: James Mc Avoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Kevin Bacon, January Jones, Rose Byrne.
Classificação Etária: 14 Anos

            Acho que é perdoável se eu disser que não via esse X-Men com bons olhos. Primeiro porque a ideia de um reboot parecia absurda porque a trilogia original está recente e depois o filme anterior, do Wolverine foi um desastre total. Mas X-Men Primeira Classe calou a boca de muita gente se firmando como o melhor X-Men de todos até aqui, com um roteiro muito bem amarrado que intercala entre a Guerra Fria real e a história dos mutantes e com os melhores atores que se poderia imaginar. James McAvoy como o professor Xavier, Fassbender está sensacional como Magneto, Jennifer Lawrence, vencedora do Oscar por “O lado bom da vida” está soberba como a Mística, January Jones, a Betty da série de TV Mad Men, está simplesmente irresistível como Emma Frost e Kevin Bacon está um vilão perfeito e ameaçador. Sucesso mais do que merecido.








2 – V de Vingança (V for Vendetta)
Direção: James Mc Teigue
Ano de produção: 2006
Com: Natalie Portman, Hugo Weaving, Stephen Rea, John Hurt, Stephen Fry .
Classificação Etária: 16 Anos

            Anarquia, densidade, cenas de ação espetaculares e um herói humano, sem tratamento digital. E ainda com Natalie Portman, das atrizes mais completas que Hollywood possui. Com essas qualidades, não tinha como “V de Vingança” dar errado. É o filme certo e na hora certa, urgente e realista, que merece estar presente em qualquer debate sobre o terrorismo como ameaça e o anarquismo como opção política e seus momentos primorosos e frases de efeito merecem ser ditas e refletidas. E o filme ajudou a popularizar a famosa máscara. Absolutamente brilhante.








1 – Batman – O cavaleiro das trevas (The Dark Knight)
Direção: Christopher Nolan
Ano de produção: 2008
Com: Christian Bale, Heath Ledger, Aaron Eckhart, Michael Caine, Gary Oldman, Maggie Gyllenhall, Morgan Freeman.
Classificação Etária: 14 Anos


            Após o grande desastre que foi a série original do Batman, principalmente Batman & Robin, Christopher Nolan desafiou a indústria ao reinventar a história do morcego com Batman Begins em 2005. Três anos depois, Nolan consegue dar um passo adiante e apresenta em “O Cavaleiro das Trevas” um épico perfeito. Primeiro que o filme teve um grande problema de divulgação com a morte do saudoso Heath Ledger, foi uma pena mesmo saber que este foi seu último papel desse excelente ator e merecidamente levou seu Oscar póstumo. Seu papel como coringa é realmente dessas coisas sublimes do cinema, um papel exigente, tão soturno e que Ledger se inventou e foi além do que o personagem existia. O filme também é uma obra-prima, tem um fundo político profundo e um clima sombrio, pesado, carregado e obviamente o coringa é o símbolo desse clima. Dá pra dizer que o filme é perfeito. Seu roteiro intenso caberia muito bem em qualquer filme de arte, não necessariamente um arrasa-quarteirão. Dá pra dizer que o coringa de Heath Ledger é o maior vilão da história? Em uma lista dos 5 melhores com certeza. Muita pretensão? Nem tanto. Basta comparar e apreciar seu melhor e último papel. E que papel! Há coisas que só o cinema consegue fazer tão bem...