quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Os 20 melhores vilões da história



20 – Freddy Krueger (A hora do pesadelo)

            Freddy é um vilão completamente diferente de seus rivais do gênero. Enquanto os outros atacam mocinhas indefesas em lugares diversos, este aqui ataca durante o sono, ou seja, no momento em que a pessoa está mais vulnerável. E mais do que isso, como a pessoa vai deixar de dormir? A resposta é um assassino em série que virou ícone da cultura pop e, apesar de ter se transformado em personagem cômico com as continuações, ainda deixa muita gente sem dormir. Literalmente!




19 – Anton Chigurh (Onde os fracos não têm vez)

            Javier Bardem não era do primeiro time de Hollywood. A crítica já o apontava como dos melhores da atualidade, principalmente por filmes mais independentes como ‘Antes do Anoitecer’ e ‘Mar Adentro’, mas nada muito popular. Mas tudo mudou quando ele interpretou o frio e calculista Anton Chigurh no premiado filme dos irmãos Coen, vencedor do Oscar de Melhor Filme e Direção em 2008.

            A vida das vítimas é decidida pela moeda. “Cara, você morre e coroa, você vive.

            E Javier ganhou seu merecido Oscar de Ator Coadjuvante pelo papel.

            Um personagem para a história.




18 – Coronel Kurtz (Apocalypse Now)

            Somente na metade final que aparece o Coronel Kurtz em ‘Apocalypse Now’, vivido pelo grande Marlon Brando, mas, além de ser um personagem devastador, todo o foco da história é centrado nele, afinal, temos um capitão do exército americano vivido por Martin Sheen que recebe a missão de matá-lo. Kurtz é um coronel que enlouqueceu com o passar dos anos e está refugiado na região do Camboja. O embate entre os dois é o melhor momento dessa obra-prima.




17 – Enfermeira Ratcher (Um estranho no ninho)

            Uma pesquisa de uma revista inglesa apontou essa personagem como a melhor vilã do sexo feminino de todos os tempos. Independentemente disso, não há o que negar o papel incrível que Louise Fletcher faz por aqui. Ela interpreta uma espécie de ditadora dentro de um hospital psiquiátrico e não deixa nada sobre pedra.

            Fletcher ganhou Oscar e Globo de Ouro pelo papel.

            Alguém duvida se foi justo?




16 – Lotso (Toy Story 3)

            O espectador só descobre que o ursinho cor-de-rosa Lotso é um personagem malvado, perto da metade do filme. Foi um grande risco da Pixar em colocar um símbolo de ternura e fraternidade como um ditador em um orfanato e segregando os “brinquedos bons” e “ruins”.

            E Lotso não nasce malvado, ele é condicionado ao meio em que vive e, depois de ter sido supostamente excluído, prometeu liderar seu “império”.

            Alguém se lembrou de um certo nazista austríaco?




15 – John Milton (Advogado do diabo)
            Em 1998, quando ‘Advogado do diabo’ estreou nos cinemas brasileiros, pouca gente deu bola, afinal, estreou muito perto do fenômeno ‘Titanic’. Apesar de ele ter ido mal nos cinemas, devido ás circunstâncias, o sucesso que ele teve nas locadoras foi impressionante. Foi dos filmes mais alugados da época e logo ficou sendo mais conhecido pelos brasileiros.

            ‘Advogado do diabo’ dividiu a crítica, sobretudo porque, no início temos uma história de júri e tribunais, para virar uma história sobrenatural.

            E o personagem de John Milton, vivido por Al Pacino interpreta um líder de uma empresa de advocacia de Nova York, mas logo descobrimos que é o tinhoso em pessoa.

Ele seduz um advogado ambicioso vivido por Keanu Reeves com poder e mulheres, que nunca perdeu um caso, mas pode perder sua alma para o mal.

Esteja preparado para a meia hora final.




14 – John Doe (Seven – os sete crimes capitais)

            ATENÇÃO, SPOILER!

            Foi uma sábia decisão do diretor David Fincher em tirar o nome de Kevin Spacey dos créditos iniciais exatamente para confundir a platéia em tentar adivinhar quem estaria por trás dos assassinatos baseados nos pecados capitais. E a platéia se sentirá mais enganada ainda quando vê que o nome de Spacey é o primeiro dos créditos finais.

            Mas isso é apenas o começo: o filme de David Fincher é um grande suspense que mudou para sempre a forma de como vemos desfechos pessimistas. Com cenas de provocar angústias, como o primeiro crime, baseado no pecado da gula e a cabeça cortada de Gwyneth Paltrow.

            E depois que Spacey é revelado, dá vontade de ver o filme do começo, exatamente para ver se as pistas estavam lá, em seu lugar.




13 – Hans Landa (Bastardos Inglórios)

Quentin Tarantino é um cineasta como nenhum outro. Não estudou cinema e seus filmes não têm necessariamente, começo, meio e fim. E também há várias referências que podem ou não se interligar na história.

E com ‘Bastardos Inglórios’ a coisa foi mais além: existem as referências, mas, Tarantino não quis saber da história que lemos nos livros e decidiu reescrevê-la. E o resultado ficou tão ousado quanto delicioso.

E seu general nazista, Hans Landa, vivido pelo sempre ótimo Christoph Waltz é marcante não por ser um sádico matador de judeus, mas sim porque é cômico.

Chega até a assustar a empatia que temos com ele desde a cena em abertura e a educação em que ele trata suas vítimas.

Merecidamente, Christoph Waltz levou o Oscar e Globo de Ouro pelo papel.

Um feito quase inédito para um primeiro filme de destaque.

That’s a bingo!





12 – Max Cady (Cabo do medo)

            Quem não ficou com medo de Robert De Niro neste filme aqui levanta a mão!

            De Niro faz um psicopata vingativo e vibrante, seja no seu olhar, ou em seus atos para alcançar seu objetivo, que é se vingar de seu advogado que omitiu informações que poderiam alterar sua pena de 14 anos, acusado de estupro.

            A parceria De Niro e Scorsese nos entrega mais um filme poderoso e que deixa a platéia em estado de choque.

            Absolutamente perturbador!




11 – Jack Torrance (O Iluminado)

            O Jack Torrance de Jack Nicholson começa o filme como um pai de família normal. Porém, conforme as coisas vão acontecendo em ‘O Iluminado’, ele vai mudando seu comportamento para um homem agressivo com sua esposa e filho. E a cada tomada a coisa vai piorando até ficar fora de controle.

            Até hoje não se sabe se o que se passava naquele hotel era loucura ou sobrenatural. O roteiro de Stanley Kubrick nos deixa com essa dúvida a toda hora.

            Here’s Johnny!




10 – Úrsula (A pequena sereia)

            ‘A Pequena Sereia’ foi o primeiro filme da chamada 2ª época de ouro da Disney. Depois de o mundo se encantar com os grandes clássicos como ‘Alice no país das maravilhas’ e ‘Branca de neve e os 7 anões’, era a hora de se renovar. E veio em grande estilo. Após ‘A Pequena Sereia’, a Disney teve sinal verde para realizar ‘A bela e a fera’, ‘Aladdin’ e ‘O rei leão’.

            E neste grande filme de 1989, mesmo com o show de imagens e uma trilha sonora vencedora de Oscar, nada seria tão poderoso se não tivesse um vilão de colocar medo em adultos e crianças. Aliás, “vilão” não, mas vilã.

            A rainha dos mares, Úrsula, tem o poder de transformar a todos em seus escravos e quer dominar o reino de Ariel. Para isso, realiza o maquiavélico ato de roubar a voz da nossa protagonista e, assim, dominar os mares!




9 – Louis Cyphre (Coração Satânico)

            Mais um vilão de Robert de Niro e mais um grande ator que interpreta o tinhoso em pessoa.

            Em ‘Coração Satânico’, o diretor Alan Parker (de ‘Mississipi em Chamas’) recria uma Nova York nos anos 1950 para contar uma história sinistra e cheia de simbolismos, pistas falsas, e jogos quase mortais que o personagem de Robert de Niro faz com sua “vítima”, o personagem de Mickey Rourke. Chamem a bruxa!





8 – Hannibal Lecter (O silêncio dos inocentes)

            Até hoje, nenhum outro filme de terror conseguiu o feito que ‘O silêncio dos inocentes’ conseguiu: ganhar o prêmio máximo no Oscar e ainda ganhar o chamado “super cinco”: Melhor Filme, Direção, Ator, Atriz e Roteiro.

            Para quem vê de fora, pode parecer um exagero, mas, com poucos minutos de produção, vimos que ‘O silêncio dos inocentes’ merece essa notoriedade.

            O filme conta com um papel irretocável da Jodie Foster, mas é inegável que é um filme do Anthony Hopkins.

            Um ator capaz de provocar medo em quem assiste apenas com um olhar frio e se revela um canibal sádico, merece sim, todo o reconhecimento possível, inclusive da Academia.




7 – Norman Bates (Psicose)

            Com 54 anos do lançamento de ‘Psicose’ e mesmo nós já sabendo do segredo de Norman Bates, que é revelado no final, bem como uma das cenas mais famosas do cinema, é impressionante como revê-lo ainda é um deleite único.

            O comportamento estranho de Norman gerou estudos, discussões e sua origem é retratada na ótima série da Universal, ‘Bates Motel’.

            Tudo foi tão bem cuidado que, em momento algum, Norman dá sinais de psicopatia. Isso fica à interpretação e entendimento da platéia.

            E foi um papel tão à frente do seu tempo que as dicas dos psicólogos dão em artigos de como identificar um psicopata, tem muito a ver com Norman Bates.

            O cinema – bem como a psicologia – não seriam os mesmos sem ‘Psicose’.




6 – Annie Wilkes (Louca Obsessão)

            ‘Louca Obsessão’ é, assim como ‘O Iluminado’, uma também adaptação de um livro de Stephen King.

            E também é um filme perturbador e claustrofóbico que praticamente não deixa o espectador respirar. Toda a angústia que o filme causa com todas as barbaridades que essa enfermeira causa em seu escritor preferido, Paul Sheldon, é um exercício para poucos. Mesmo! Não é propaganda enganosa. ‘Louca Obsessão’ é um filme em que o espectador não se sente bem durante nem depois dele e todos os momentos ficarão na memória por algumas horas depois do término.

            Foi o primeiro caso que uma mulher ganha um Oscar por um filme de suspense.

            É de arranhar o braço da poltrona.

            Estão avisados!




5 – Scar (O rei leão)

            Em 2014, ‘O rei leão’ completou 20 anos de seu lançamento. E nas comemorações foi impressionante o sentimento de nostalgia. Desde a trilha sonora clássica, os momentos inesquecíveis e as lições aprendidas nesta animação.

            ‘O Rei Leão’ é um marco!

            E este filme tem a honra de ter aquele que considero o melhor vilão da história dos longas de animação: Scar, que na versão original é dublado por Jeremy Irons.

            Os mais novos vão entender o que acontece e torcer contra ele, mas os mais velhos vão sentir as referências lá: Nazismo, Maquiavel e até Shakespeare.

            Fazer um vilão que assassina o irmão, obriga o sobrinho a abandonar a família e deixa seu povo passando fome, e ainda de uma forma que não agrida as crianças, é um dos trunfos desse maravilhoso roteiro dessa obra-prima, ‘O Rei Leão’.




4 – Hal 9000 (2001 – Uma Odisseia no Espaço)

Pode parecer estranho um vilão que não é exatamente uma pessoa nesta lista aqui. Mas, para quem apreciou esse filme que mudou o mundo da Ficção Científica, sabe que ele não poderia ficar de fora.

Nesse filme incontestável de Stanley Kubrick, o computador instalado a bordo da nave espacial Discovery começa conversando de forma amigável com a equipe, até que se torna uma figura perigosa.

Conforme o filme vai evoluindo, Hal 9000 vai se tornando mais humano: tem emoções, começa a raciocinar e a falar de forma natural. O problema é que humanos dependem das máquinas e todos a bordo começam a se tornar uma espécie de escravos dele.

Hal 9000 é muito mais parecido com a raça humana do que possa parecer.




3 – Amon Goeth (A Lista de Schindler)

            Mais um nazista da 2ª Guerra Mundial, mas, desta vez, um personagem sério. Seriíssimo! A pessoa em questão desta obra-prima de Steven Spielberg, vencedora de 7 Oscars é baseado em um personagem real. O Amon Goeth existiu mesmo e relatos dizem que ele era muito pior do que apresentado no filme.

            Isso porque Spielberg não poupou a tortura, a matança em massa que ocorreu no holocausto e os horrores da guerra, e ainda sim teve que tirar muita coisa para fazer de ‘A Lista de Schindler’ um filme acessível ao grande público.

            Além dos 7 merecidos Oscars que o filme ganhou, Ralph Fiennes (que anos depois viveria outro grande vilão, o Lord Voldemort na franquia ‘Harry Potter’) foi indicado ao Oscar pelo papel e perdeu (injustamente!) para Tommy Lee Jones por ‘O Fugitivo’.

            Goeth é um vilão histórico, que é quase associado a uma máquina, sem emoções, programado para uma só coisa e sem qualquer humanidade.




2 – Coringa (Batman – O Cavaleiro das Trevas)

            Nunca saberemos se este personagem icônico e eternizado por Heath Ledger seria assim tão lendário sem a sua morte meses antes do lançamento.

            Mas a verdade é que o Coringa não é só o melhor vilão dos filmes baseados em HQs, como o filme em si, ‘Batman – O Cavaleiro das Trevas’ é uma obra que vai além de uma adaptação: é uma história de conspiração, política e loucura.

            Todo esse clima sombrio, pesado e pessimista se traduz nas ações do Coringa, um psicopata sem motivações, tudo o que ele quer é provocar o caos. E consegue. Sempre está um passo à frente de seu rival, Batman.

            E pensar que os fãs de quadrinhos não queriam Heath Ledger no papel porque seu filme anterior era como o cowboy gay em ‘O Segredo de Brokeback Mountain’.

            E Jack Nicholson, que se sentia o Coringa definitivo no filme do Tim Burton em 1989, fez um comentário bastante indiferente e de mau gosto sobre a morte de Ledger, dizendo que “tem que ser macho para fazer o Coringa”.

            Um recado para Nicholson: O CORINGA DE HEATH LEDGER É MUUUITO MELHOR DO QUE O SEU!!!!!!




1 – Darth Vader (Star Wars)

            George Lucas bem que tentou, mas não conseguiu destruir seu melhor personagem. Ele conta a origem de Darth Vader na nova trilogia da saga, iniciada em 1999 com ‘A Ameaça Fantasma’.

            E a decisão não poderia ser pior. Anakin Skywalker é um péssimo personagem e o encanto gerado por uma geração com um vilão tão poderoso quanto Darth Vader quase se perdeu.

            Felizmente não se perdeu por completo.

            Darth Vader é uma mistura de todos os grandes vilões da história real, seja Hitler ou Stálin, e também uma mistura dos grandes vilões dos quadrinhos.

            Ao fazer ‘Star Wars’ lá em 1977, Lucas não tinha idéia do barulho que faria, nem da importância de como isso seria. E apesar de a nova trilogia ser fraca no sentido artístico da coisa, nada anula a trilogia clássica, nem a moda e a legião de fãs gerados.

            E em 2015 teremos ‘Star Wars 7’.

            Um momento chave para esse personagem é no desfecho de ‘O Império Contra-Ataca’, na cena memorável que ele revela ser o pai de Luke Skywalker e termina por cortar a mão de seu filho.

            Um momento histórico, muitas vezes plagiado e exibido, mas jamais superado.










































Os 10 melhores filmes de terror da história


Os 10 melhores filmes de terror da história:


10 – Carrie – A Estranha (Carrie)

Direção: Brian de Palma

Ano de produção: 1976

Com: Sissy Spacek, Piper Laurie, John Travolta, Amy Irving, Nancy Allen

Classificação Etária: 16 Anos

Carrie – A Estranha, de Brian de Palma, foi a primeira adaptação para o cinema de uma obra de Stephen King e também dos primeiros filmes de Brian. Em uma época que Hollywood estava em alta com o cinema de autor, de Palma enxergou na obra de King algo a mais além do terror sobrenatural, que foi algo vigoroso e uma história que ultrapassaria o real com o fantasioso. É quase uma fábula, mas, ao mesmo tempo, não deixa de ser uma história real. Afinal, o Bullying sofrido pela protagonista pode acontecer com qualquer um. Com uma atuação primorosa de Sissy Spacek, inclusive, indicada ao Oscar pelo papel, Carrie – A Estranha abriu, com estilo, a safra de obras de Stephen King no cinema. E com as seqüências próximas do final absolutamente inesquecíveis.

O péssimo remake que teve em 2013, estrelado por Chloe Grace Moretz, não anula o impacto que o clássico de 1976 ainda provoca.






9 – A Profecia (The Omen)

Direção: Richard Donner

Ano de produção: 1976

Com: Gregory Peck, Lee Remick, David Warner

Classificação Etária: 16 Anos

Antes de o diretor Richard Donner ficar conhecido pela franquia ‘Máquina Mortífera’ e dois anos antes de ele dirigir a primeira aventura do Super-Homem, ele fez um filme de terror que ficou com a fama de maldito. Além da história que dá medo até hoje, sobre uma criança possuída, esse ‘A Profecia’ ainda é cercado por lendas urbanas, mas nenhuma se compara ao voo para Israel que o ator Gregory Peck cancelou na última hora e o avião sofreu um acidente e todos que estavam a bordo, morreram. É de arrepiar a espinha.






8 – A hora do pesadelo (A nightmare on Elm Street)

Direção: Wes Craven

Ano de produção: 1984

Com: Robert Englund, Heather Langenkamp, John Saxon, Johnny Deep

Classificação Etária: 14 Anos

De todos os filmes desta lista, esse ‘A hora do pesadelo’ é o que tem a melhor ideia. Colocar um serial killer que mata sua vítima durante o sono parecia impensável além de causar mais medo, afinal, é impossível deixar de dormir.

Com 30 anos de seu lançamento, esse filme foi responsável por tirar o sono de muita gente (sem trocadilhos!), salvou a New Line Cinema do buraco, pois foi um sucesso extraordinário. Custou menos de 2 milhões de dólares e faturou mais de 25 milhões ao redor do mundo. E foi o primeiro filme da carreira de Johnny Deep.

A Hora do Pesadelo gerou fãs e moda. E virou uma franquia. Foram mais 6 continuações, além de um reboot desnecessário em 2010. Muita gente questiona a qualidade das continuações. Todas foram um sucesso, mas, nenhuma não teve nem de longe o impacto do filme original de 1984.

Está longe de ser um terror sutil, mas, para um filme que faz o espectador ficar arrepiado com criancinhas pulando corda com a música clássica: “um dois, Freddy vem te pegar”, merece receber o status de clássico.







7 – Poltergeist – O Fenômeno (Poltergeist)

Direção: Tobe Hopper

Ano de produção: 1982

Com: Craig T. Nelson, JoBeth Williams, Beatrice Straight.

Classificação Etária: 14 Anos

            Apesar de ter como diretor Tobe Hopper, ‘Poltergeist – O Fenômeno’ é um filme de Steven Spielberg. Ele foi o roteirista, produtor e deu a palavra final para a realização do filme. e assistindo-o, é notável que, mesmo sendo um filme de terror, é sim, uma obra de Spielberg, seja pela música ou pela direção de Arte.

            A história do espírito que seqüestra uma garota pela televisão é atemporal, já foi plagiada, mas jamais superada.

            E assim como muitos filmes de terror, este gerou continuações de gosto duvidoso que não chegam nem perto do original






6 - Alien – O 8º Passageiro

Direção: Ridley Scott

Ano de produção: 1979

Com: Sigourney Weaver, John Hurt.

Classificação Etária: 16 Anos

            NO ESPAÇO, NINGUÉM PODE OUVIR VOCÊ GRITAR. Sim, com esse slogan o filme foi anunciado no final dos anos 70 para exatamente dar um clima do que vivia.

            Alien não é só dos melhores filmes de terror e ficção científica do cinema, mas trouxe das pouquíssimas mulheres protagonistas num filme denso desses, virou referência, transformou a cientista Ripley (Weaver) como símbolo de resistência feminina e usou a mesma técnica de Spielberg em Tubarão: esconder o monstro e deixar para a própria platéia tomar suas decisões. E assusta muito.

            Teve mais 3 continuações: “Aliens: O Resgate”, “Alien 3” e “Alien – A Ressurreição”. Mas, nenhuma teve o impacto que “O 8º passageiro ainda provoca.
           





5 – O Bebê de Rosemary (Rosemary´s Baby)

Direção: Roman Polanski

Ano de produção: 1968

Com: Mia Farrow, John Cassavettes, Ruth Gordon.

Classificação Etária: 16 Anos

Com o intuito de esconder o terror proposto pelo longa, Roman Polanski foi além: para quem consome só as imagens, não há nada que declare que O Bebê de Rosemary seja um filme de terror. Mas, para quem presta atenção nos diálogos e na história, está se deparando com um dos melhores do gênero. Perturbador e psicológico, o filme gerou polêmica pelo satanismo e idéia de a mulher dar a luz ao próprio capeta. Anos à frente de seu tempo, O Bebê de Rosemary é copiado e cultuado até hoje. O filme venceu o Oscar de Atriz Coadjuvante para Ruth Gordon. Mas, o maior trunfo do filme, que é o papel de Mia Farrow, nem sequer foi indicado. Vai entender.





           

4 – O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs)

Direção: Jonathan Demme

Ano de produção: 1991

Com: Jodie Foster, Anthony Hopkins, Scott Gleen.

Classificação Etária: 16 Anos

            Muito filme de terror por aí quer assustar a platéia por meios, digamos, sensacionalista. Excessos, excessos e mais excessos. E, na maioria dos casos, não mete medo nenhum. Então, para quê gastar tanto dinheiro e sangue em terror desnecessário? Pois bem, assistindo a “O Silêncio dos Inocentes”, fiquei pensando: não adianta gastar tempo e dinheiro com tantas coisas mirabolantes se dá para meter muito medo na platéia só com o olhar frio e calculista de Hannibal Lecter? E ainda, um filme que praticamente “não mostra nada” de explícito e provoca, até hoje, calafrios na platéia. Tudo isso se deve a muita competência e talento de todos os envolvidos. ‘O Silêncio dos Inocentes’ é um dos melhores filmes de serial killer da história. Gerou fãs, cultura e continuações. Os três filmes seguintes, “Hannibal”, de 2001, “Dragão Vermelho”, de 2002 e “Hannibal – A Origem do Mal, de 2007 não chegam nem aos pés de ‘O Silêncio dos Inocentes’. O filme foi o grande vencedor do Oscar de 1992, venceu nas categorias de Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Ator (Hopkins) e Atriz (Foster). Além de vencer nas 5 categorias do chamado ”super 5”, o fato de um filme de terror ter tanto prestígio e reconhecimento em uma premiação como o Oscar, torna “O Silêncio dos Inocentes” como único.



           


3 – O Exorcista (The Exorcist)

Direção: William Friedkin

Ano de produção: 1973

Com: Linda Blair, Ellen Burstyn, Max Von Sydow, Jason Miller.

Classificação Etária: 18 Anos

            Quando se fala em filme de terror que assusta, qual é o primeiro nome que vem à cabeça? Imagino que, para muitos, o nome será O Exorcista. Sim, já com mais de 40 anos de seu lançamento, várias continuações e reboots. Todos horrorosos. E com diversas paródias, é impressionante como nada disso anula o efeito que O Exorcista ainda emite. Não existe nenhum outro filme do gênero com tantas histórias malditas relacionadas em si. Nas filmagens, 8 pessoas morreram, muitos feridos, inclusive atores e o filme quase não foi lançado. Os filmes seguintes, “Exorcista 2 – O Herege”, “Exorcista 3” e O “Exorcista – O Início” foram todos um fiasco de bilheteria e ambos foram detonados pelos críticos. Linda Blair, a atriz que faz a menina possuída pelo demônio, Regan, nunca mais fez nada de bom no cinema. Nas seções do filme aqui no Brasil, tinham até paramédicos na porta do cinema, pois o número de pessoas que passavam mal era intenso.

 O filme venceu 2 Oscars, de Som e Roteiro Adaptado. Mas merecia mais, principalmente o Oscar de Atriz Coadjuvante para Linda Blair.

Amado pelos fãs de terror, odiado pelos mais conservadores, é impossível assistir a ‘O Exorcista’ com indiferença.







2 – O Iluminado (The Shinning)

Direção: Stanley Kubrick

Ano de produção: 1980

Com: Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Lloyd.

Classificação Etária: 16 Anos

            Dentre todas as adaptações para o cinema de livro do Stephen King, “O Iluminado” é, de longe, a mais polêmica. Na época do lançamento, o filme foi destruído pela crítica, apesar de ter ido bem de bilheteria. Dentre as alegações dos críticos, estavam os que falavam mal do papel de Wendy, a esposa do protagonista, ou do próprio papel de Nicholson. Falaram mal até da Direção de Arte, principalmente no que diz à imagem límpida e dos cenários, de certa forma, belos. Até a escolha de Kubrick para dirigir foi alvo de críticas. Era a última coisa que se esperava de um diretor com fama de intelectual. Mas, nada como o tempo para curar tudo. O Iluminado se tornou não só um grande clássico de terror, como um dos melhores filmes da história, mas, também, uma grande aula de como gerar um clima e eternizar os personagens para sempre. Há seqüências históricas, como aquela mostrada no trailer, da tela banhada de sangue, e, claro, da famosa “Aí vem o Johnny”, que é copiada até hoje e jamais superada. Kubrick tomou a liberdade de alterar muita coisa do livro, o que gerou polêmica. Mas, ao meu ver, isso deve ser visto de forma positiva, afinal, é uma nova forma e ponto de vista de enxergar a mesma arte. O próprio King odiou o filme. Outra injustiça, pois O Iluminado ajudou a tornar o nome do autor ainda mais popular.

            Há filmes que assustam com uma cena, um momento, mas, no caso de O Iluminado, o filme te faz pular da cadeira, só com um letreiro que diz “TERÇA-FEIRA” em letras garrafais e com um acorde no fundo. E também te faz se assustar com uma simples foto, que é o final do filme, que não contarei aqui.

            São idéias únicas que só poderiam ter saído da cabeça de Kubrick. Que tinha muito de louco e genial ao mesmo tempo.





 


1 – Psicose (Psycho)

Direção: Alfred Hitchcock

Ano de produção: 1960

Com: Anthony Perkins, Janet Leigh, Vera Miles, John Gavin, Martin Balsam

Classificação Etária: 14 Anos

            No início de 2013, saiu o filme ‘Hitchcock’, que mostra os bastidores de ‘Psicose’ e a obsessão do cineasta em tocar a obra para frente. Afinal, ninguém botava fé que aquilo daria certo, principalmente por matar a mocinha na metade do filme, naquela cena icônica do assassinato no chuveiro ao som de um acorde eternizado. Para alguns, na verdade, a cena é mais famosa do que o próprio Psicose. Grande injustiça. Psicose não é só o número 1 dessa lista como O MELHOR FILME DE TERROR DA HISTÓRIA, mas mostra que grandes filmes nunca ficam datados, e, conseqüentemente, não morrem com o tempo. Psicose também quebrou os paradigmas de sua protagonista, não só por ela morrer na metade do filme, que é uma ousadia tão peculiar que ninguém usa até hoje, mas que ela não é necessariamente boazinha. Afinal, Marion (a mocinha em questão), rouba de seu chefe, a quantia de 40 mil dólares e foge até encontrar o Motel Bates na estrada. E do que dizer do vilão? Norman Bates, dos maiores e mais perturbadores seriais killers da história. Seu rosto frio e sorriso manipulador provocam calafrios até hoje, 54 anos do lançamento do filme.

            Como muita coisa na vida é injusto, Psicose não levou nenhum Oscar. Aliás, Hitchcock jamais venceu um Oscar na carreira, exceto seu Oscar Honorário em 1968.

            Após esse clássico, todas as continuações, produtos e qualquer coisa relacionada à Psicose, resultaram em grandes fiascos e fracassos, principalmente o “Psicose” de 1998 de Gus Van Sant, que fez uma “xerox” do filme de 1960 e fez, quadro a quadro o filme original, como homenagem a Hitchcock. Mas o resultado foi desastroso. Já pela escolha do elenco e pelo fato de o filme não ter clima nem empatia. O resultado foi péssimo e de muitas indicações ao troféu Framboesa de Ouro em 1999, inclusive o prêmio de pior diretor para Gus Van Sant.

            Recentemente, porém, a coisa mudou um pouco. As homenagens ao mestre foram muito bem sucedidas e ótimas de se ver. Primeiro com o filme feito pela HBO, “A Garota”, sobre os bastidores do clássico “Os Pássaros”. Depois, como já citado, o filme Hitchcock, com Anthony Hopkins no papel principal e Scarlett Johansson como Marion. Mas nada se comparou com a série do canal Universal, Bates Motel, que encerrou sua 2ª temporada recentemente e a terceira logo vem aí. Originalíssima, ousada e que valorizou, fundamentalmente, o elenco, que tem, tanto a veterana Vera Farmiga como a mãe do vilão, como também Freddie Highmore como o Norman Bates, com destaque para a ótima estreante, Olivia Cookie, como a doce Emma, primeira namorada do serial killer.


            Uma obra qualquer, seja filme ou série, que vire fenômeno pop já é algo difícil. Mas, se tornar um fenômeno 5 décadas depois, umas duas gerações depois e sempre ser citado é coisa que, não só poucos conseguem, como só quem é excessivamente bom é lembrado e citado como gênio. Um gênio chamado Alfred Hitchcock.