sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Transcendence - A Revolução



Transcendence – A revolução (Transcendence)

Direção: Wally Pfister

Ano de produção: 2014

Com: Johnny Deep, Rebecca Hall, Paul Bettany, Kate Mara, Cillian Murphy, Morgan Freeman.

Gênero: Ficção Científica

Classificação Etária: 14 Anos


‘Transcendence’ é muito engenho para pouco cinema

            Johnny Deep é dos atores mais respeitados de Hollywood. Seu jeito mais descolado e carismático encantou o mundo e o fez conquistar o carinho de muita gente e muitos críticos o chama de “camaleão”, pois ele sempre se arrisca em papéis diferentes e intercala sua célebre carreira entre os arrasa-quarteirões e alguns filmes feitos mais para os críticos e premiações.

            Hoje, em 2014, ele ainda é muito famoso, obviamente, e dos atores mais bem pagos da atual geração, mas, já faz 3 anos que ele emenda um fracasso atrás do outro. Fracasso, aliás, não só de público, mas de crítica também. Até onde a memória alcança, seu último sucesso foi ‘Alice no país das maravilhas’ e ele nem é o protagonista. E não devemos esquecer que o filme foi detonado pelos críticos.

            Seus últimos trabalhos foram algumas pérolas como ‘O Turista’, com a Angelina Jolie e ‘Sombras da noite’, com seu eterno parceiro cineasta, Tim Burton. Os dois foram um fracasso de tudo e se deram muito mal, mas, nada se compara ao desastre que foi ‘O cavaleiro solitário’, em 2013. O filme tem a mesma equipe de ‘Piratas do Caribe’ e estreou como um grande blockbuster de verão e promessa de sucesso e franquia, mas, com o enorme fracasso que foi (o filme custou astronômicos 250 milhões de dólares e faturou menos de 30 na estréia) e só não deixou a Disney no vermelho porque esta é uma empresa milionária, além de o filme ser muito ruim.

            E neste ano, Deep muda novamente de ares e encara uma ficção científica, ‘Transcendence – A Revolução’. Outro filme que tinha grande potencial, mas praticamente ninguém viu nos cinemas, embora não seja de todo o mal.

            Na história, Deep interpreta Will Caster, um pesquisador sobre inteligência artificial. Ele está trabalhando na construção de uma máquina que interpreta todo o tipo de emoção humana. Ele é casado com a também pesquisadora e defensora de causas ambientais, Evelyn (Rebecca Hall). Will sofre um atentado e só não morre pois volta em forma de inteligência artificial. Depois disso, sua consciência começa a traçar planos mirabolantes para o desenvolvimento da humanidade.

            A Ficção Científica é um gênero poderoso. É possível deixar a imaginação rolar e dissertar por assuntos que vão além da compreensão humana. E ‘Transcendence – A Revolução’, tem uma história interessantíssima que poderia ser objeto de estudo e poderia sim, se tornar um grande clássico do gênero. O problema é que o roteiro só toma decisões erradas a cada minuto. A questão da Inteligência Artificial é mal explicada e praticamente jogada na tela, tudo acontece de forma tão rápida e superficial que pode confundir a plateia.

            Johnny Deep está péssimo no papel. Na verdade, tem-se a impressão que ele está mais robótico como ser humano do que como Inteligência Artificial.

            É impressionante como ele perdeu a mão da atuação. Talvez não por culpa dele, mas, possivelmente por pressão de agente. Talvez uma troca de agente não faria mal a um ator do porte de Deep.

            O elenco de apoio até se esforça. Rebecca Hall faz o que pode para viver a esposa e neurocientista dedicada. Em certo ponto da história ela se torna até a protagonista, em especial no segundo ato. O antagonista, Paul Bettany, que parece que só faz um tipo de papel, é um ponto importante da história e rivaliza com Will pelas pesquisas neurocientíficas e os rumos da história dependem da ambição e arrogância desse personagem. Outros ótimos atores, Morgan Freeman, Cillian Murphy e Kate Mara pouco podem fazer com seus papéis restritos.

            Embora o filme tenha efeitos especiais de gosto duvidoso, plasticamente está muito bonito. Fruto da direção do Diretor de Fotografia de Christopher Nolan, Wally Pfister, que até se esforça e tenta entregar um filme bacana, mas, como fotógrafo, ainda tem muito o que aprender com direção de atores, mas, que pode sim, ser um nome importante em Hollywood e um bom padrinho como Nolan pode ser fundamental. Fica para a próxima.


Nota: 7,0

Imagens:












Trailer:


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