quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Os 10 melhores filmes de terror da história


Os 10 melhores filmes de terror da história:


10 – Carrie – A Estranha (Carrie)

Direção: Brian de Palma

Ano de produção: 1976

Com: Sissy Spacek, Piper Laurie, John Travolta, Amy Irving, Nancy Allen

Classificação Etária: 16 Anos

Carrie – A Estranha, de Brian de Palma, foi a primeira adaptação para o cinema de uma obra de Stephen King e também dos primeiros filmes de Brian. Em uma época que Hollywood estava em alta com o cinema de autor, de Palma enxergou na obra de King algo a mais além do terror sobrenatural, que foi algo vigoroso e uma história que ultrapassaria o real com o fantasioso. É quase uma fábula, mas, ao mesmo tempo, não deixa de ser uma história real. Afinal, o Bullying sofrido pela protagonista pode acontecer com qualquer um. Com uma atuação primorosa de Sissy Spacek, inclusive, indicada ao Oscar pelo papel, Carrie – A Estranha abriu, com estilo, a safra de obras de Stephen King no cinema. E com as seqüências próximas do final absolutamente inesquecíveis.

O péssimo remake que teve em 2013, estrelado por Chloe Grace Moretz, não anula o impacto que o clássico de 1976 ainda provoca.






9 – A Profecia (The Omen)

Direção: Richard Donner

Ano de produção: 1976

Com: Gregory Peck, Lee Remick, David Warner

Classificação Etária: 16 Anos

Antes de o diretor Richard Donner ficar conhecido pela franquia ‘Máquina Mortífera’ e dois anos antes de ele dirigir a primeira aventura do Super-Homem, ele fez um filme de terror que ficou com a fama de maldito. Além da história que dá medo até hoje, sobre uma criança possuída, esse ‘A Profecia’ ainda é cercado por lendas urbanas, mas nenhuma se compara ao voo para Israel que o ator Gregory Peck cancelou na última hora e o avião sofreu um acidente e todos que estavam a bordo, morreram. É de arrepiar a espinha.






8 – A hora do pesadelo (A nightmare on Elm Street)

Direção: Wes Craven

Ano de produção: 1984

Com: Robert Englund, Heather Langenkamp, John Saxon, Johnny Deep

Classificação Etária: 14 Anos

De todos os filmes desta lista, esse ‘A hora do pesadelo’ é o que tem a melhor ideia. Colocar um serial killer que mata sua vítima durante o sono parecia impensável além de causar mais medo, afinal, é impossível deixar de dormir.

Com 30 anos de seu lançamento, esse filme foi responsável por tirar o sono de muita gente (sem trocadilhos!), salvou a New Line Cinema do buraco, pois foi um sucesso extraordinário. Custou menos de 2 milhões de dólares e faturou mais de 25 milhões ao redor do mundo. E foi o primeiro filme da carreira de Johnny Deep.

A Hora do Pesadelo gerou fãs e moda. E virou uma franquia. Foram mais 6 continuações, além de um reboot desnecessário em 2010. Muita gente questiona a qualidade das continuações. Todas foram um sucesso, mas, nenhuma não teve nem de longe o impacto do filme original de 1984.

Está longe de ser um terror sutil, mas, para um filme que faz o espectador ficar arrepiado com criancinhas pulando corda com a música clássica: “um dois, Freddy vem te pegar”, merece receber o status de clássico.







7 – Poltergeist – O Fenômeno (Poltergeist)

Direção: Tobe Hopper

Ano de produção: 1982

Com: Craig T. Nelson, JoBeth Williams, Beatrice Straight.

Classificação Etária: 14 Anos

            Apesar de ter como diretor Tobe Hopper, ‘Poltergeist – O Fenômeno’ é um filme de Steven Spielberg. Ele foi o roteirista, produtor e deu a palavra final para a realização do filme. e assistindo-o, é notável que, mesmo sendo um filme de terror, é sim, uma obra de Spielberg, seja pela música ou pela direção de Arte.

            A história do espírito que seqüestra uma garota pela televisão é atemporal, já foi plagiada, mas jamais superada.

            E assim como muitos filmes de terror, este gerou continuações de gosto duvidoso que não chegam nem perto do original






6 - Alien – O 8º Passageiro

Direção: Ridley Scott

Ano de produção: 1979

Com: Sigourney Weaver, John Hurt.

Classificação Etária: 16 Anos

            NO ESPAÇO, NINGUÉM PODE OUVIR VOCÊ GRITAR. Sim, com esse slogan o filme foi anunciado no final dos anos 70 para exatamente dar um clima do que vivia.

            Alien não é só dos melhores filmes de terror e ficção científica do cinema, mas trouxe das pouquíssimas mulheres protagonistas num filme denso desses, virou referência, transformou a cientista Ripley (Weaver) como símbolo de resistência feminina e usou a mesma técnica de Spielberg em Tubarão: esconder o monstro e deixar para a própria platéia tomar suas decisões. E assusta muito.

            Teve mais 3 continuações: “Aliens: O Resgate”, “Alien 3” e “Alien – A Ressurreição”. Mas, nenhuma teve o impacto que “O 8º passageiro ainda provoca.
           





5 – O Bebê de Rosemary (Rosemary´s Baby)

Direção: Roman Polanski

Ano de produção: 1968

Com: Mia Farrow, John Cassavettes, Ruth Gordon.

Classificação Etária: 16 Anos

Com o intuito de esconder o terror proposto pelo longa, Roman Polanski foi além: para quem consome só as imagens, não há nada que declare que O Bebê de Rosemary seja um filme de terror. Mas, para quem presta atenção nos diálogos e na história, está se deparando com um dos melhores do gênero. Perturbador e psicológico, o filme gerou polêmica pelo satanismo e idéia de a mulher dar a luz ao próprio capeta. Anos à frente de seu tempo, O Bebê de Rosemary é copiado e cultuado até hoje. O filme venceu o Oscar de Atriz Coadjuvante para Ruth Gordon. Mas, o maior trunfo do filme, que é o papel de Mia Farrow, nem sequer foi indicado. Vai entender.





           

4 – O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs)

Direção: Jonathan Demme

Ano de produção: 1991

Com: Jodie Foster, Anthony Hopkins, Scott Gleen.

Classificação Etária: 16 Anos

            Muito filme de terror por aí quer assustar a platéia por meios, digamos, sensacionalista. Excessos, excessos e mais excessos. E, na maioria dos casos, não mete medo nenhum. Então, para quê gastar tanto dinheiro e sangue em terror desnecessário? Pois bem, assistindo a “O Silêncio dos Inocentes”, fiquei pensando: não adianta gastar tempo e dinheiro com tantas coisas mirabolantes se dá para meter muito medo na platéia só com o olhar frio e calculista de Hannibal Lecter? E ainda, um filme que praticamente “não mostra nada” de explícito e provoca, até hoje, calafrios na platéia. Tudo isso se deve a muita competência e talento de todos os envolvidos. ‘O Silêncio dos Inocentes’ é um dos melhores filmes de serial killer da história. Gerou fãs, cultura e continuações. Os três filmes seguintes, “Hannibal”, de 2001, “Dragão Vermelho”, de 2002 e “Hannibal – A Origem do Mal, de 2007 não chegam nem aos pés de ‘O Silêncio dos Inocentes’. O filme foi o grande vencedor do Oscar de 1992, venceu nas categorias de Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Ator (Hopkins) e Atriz (Foster). Além de vencer nas 5 categorias do chamado ”super 5”, o fato de um filme de terror ter tanto prestígio e reconhecimento em uma premiação como o Oscar, torna “O Silêncio dos Inocentes” como único.



           


3 – O Exorcista (The Exorcist)

Direção: William Friedkin

Ano de produção: 1973

Com: Linda Blair, Ellen Burstyn, Max Von Sydow, Jason Miller.

Classificação Etária: 18 Anos

            Quando se fala em filme de terror que assusta, qual é o primeiro nome que vem à cabeça? Imagino que, para muitos, o nome será O Exorcista. Sim, já com mais de 40 anos de seu lançamento, várias continuações e reboots. Todos horrorosos. E com diversas paródias, é impressionante como nada disso anula o efeito que O Exorcista ainda emite. Não existe nenhum outro filme do gênero com tantas histórias malditas relacionadas em si. Nas filmagens, 8 pessoas morreram, muitos feridos, inclusive atores e o filme quase não foi lançado. Os filmes seguintes, “Exorcista 2 – O Herege”, “Exorcista 3” e O “Exorcista – O Início” foram todos um fiasco de bilheteria e ambos foram detonados pelos críticos. Linda Blair, a atriz que faz a menina possuída pelo demônio, Regan, nunca mais fez nada de bom no cinema. Nas seções do filme aqui no Brasil, tinham até paramédicos na porta do cinema, pois o número de pessoas que passavam mal era intenso.

 O filme venceu 2 Oscars, de Som e Roteiro Adaptado. Mas merecia mais, principalmente o Oscar de Atriz Coadjuvante para Linda Blair.

Amado pelos fãs de terror, odiado pelos mais conservadores, é impossível assistir a ‘O Exorcista’ com indiferença.







2 – O Iluminado (The Shinning)

Direção: Stanley Kubrick

Ano de produção: 1980

Com: Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Lloyd.

Classificação Etária: 16 Anos

            Dentre todas as adaptações para o cinema de livro do Stephen King, “O Iluminado” é, de longe, a mais polêmica. Na época do lançamento, o filme foi destruído pela crítica, apesar de ter ido bem de bilheteria. Dentre as alegações dos críticos, estavam os que falavam mal do papel de Wendy, a esposa do protagonista, ou do próprio papel de Nicholson. Falaram mal até da Direção de Arte, principalmente no que diz à imagem límpida e dos cenários, de certa forma, belos. Até a escolha de Kubrick para dirigir foi alvo de críticas. Era a última coisa que se esperava de um diretor com fama de intelectual. Mas, nada como o tempo para curar tudo. O Iluminado se tornou não só um grande clássico de terror, como um dos melhores filmes da história, mas, também, uma grande aula de como gerar um clima e eternizar os personagens para sempre. Há seqüências históricas, como aquela mostrada no trailer, da tela banhada de sangue, e, claro, da famosa “Aí vem o Johnny”, que é copiada até hoje e jamais superada. Kubrick tomou a liberdade de alterar muita coisa do livro, o que gerou polêmica. Mas, ao meu ver, isso deve ser visto de forma positiva, afinal, é uma nova forma e ponto de vista de enxergar a mesma arte. O próprio King odiou o filme. Outra injustiça, pois O Iluminado ajudou a tornar o nome do autor ainda mais popular.

            Há filmes que assustam com uma cena, um momento, mas, no caso de O Iluminado, o filme te faz pular da cadeira, só com um letreiro que diz “TERÇA-FEIRA” em letras garrafais e com um acorde no fundo. E também te faz se assustar com uma simples foto, que é o final do filme, que não contarei aqui.

            São idéias únicas que só poderiam ter saído da cabeça de Kubrick. Que tinha muito de louco e genial ao mesmo tempo.





 


1 – Psicose (Psycho)

Direção: Alfred Hitchcock

Ano de produção: 1960

Com: Anthony Perkins, Janet Leigh, Vera Miles, John Gavin, Martin Balsam

Classificação Etária: 14 Anos

            No início de 2013, saiu o filme ‘Hitchcock’, que mostra os bastidores de ‘Psicose’ e a obsessão do cineasta em tocar a obra para frente. Afinal, ninguém botava fé que aquilo daria certo, principalmente por matar a mocinha na metade do filme, naquela cena icônica do assassinato no chuveiro ao som de um acorde eternizado. Para alguns, na verdade, a cena é mais famosa do que o próprio Psicose. Grande injustiça. Psicose não é só o número 1 dessa lista como O MELHOR FILME DE TERROR DA HISTÓRIA, mas mostra que grandes filmes nunca ficam datados, e, conseqüentemente, não morrem com o tempo. Psicose também quebrou os paradigmas de sua protagonista, não só por ela morrer na metade do filme, que é uma ousadia tão peculiar que ninguém usa até hoje, mas que ela não é necessariamente boazinha. Afinal, Marion (a mocinha em questão), rouba de seu chefe, a quantia de 40 mil dólares e foge até encontrar o Motel Bates na estrada. E do que dizer do vilão? Norman Bates, dos maiores e mais perturbadores seriais killers da história. Seu rosto frio e sorriso manipulador provocam calafrios até hoje, 54 anos do lançamento do filme.

            Como muita coisa na vida é injusto, Psicose não levou nenhum Oscar. Aliás, Hitchcock jamais venceu um Oscar na carreira, exceto seu Oscar Honorário em 1968.

            Após esse clássico, todas as continuações, produtos e qualquer coisa relacionada à Psicose, resultaram em grandes fiascos e fracassos, principalmente o “Psicose” de 1998 de Gus Van Sant, que fez uma “xerox” do filme de 1960 e fez, quadro a quadro o filme original, como homenagem a Hitchcock. Mas o resultado foi desastroso. Já pela escolha do elenco e pelo fato de o filme não ter clima nem empatia. O resultado foi péssimo e de muitas indicações ao troféu Framboesa de Ouro em 1999, inclusive o prêmio de pior diretor para Gus Van Sant.

            Recentemente, porém, a coisa mudou um pouco. As homenagens ao mestre foram muito bem sucedidas e ótimas de se ver. Primeiro com o filme feito pela HBO, “A Garota”, sobre os bastidores do clássico “Os Pássaros”. Depois, como já citado, o filme Hitchcock, com Anthony Hopkins no papel principal e Scarlett Johansson como Marion. Mas nada se comparou com a série do canal Universal, Bates Motel, que encerrou sua 2ª temporada recentemente e a terceira logo vem aí. Originalíssima, ousada e que valorizou, fundamentalmente, o elenco, que tem, tanto a veterana Vera Farmiga como a mãe do vilão, como também Freddie Highmore como o Norman Bates, com destaque para a ótima estreante, Olivia Cookie, como a doce Emma, primeira namorada do serial killer.


            Uma obra qualquer, seja filme ou série, que vire fenômeno pop já é algo difícil. Mas, se tornar um fenômeno 5 décadas depois, umas duas gerações depois e sempre ser citado é coisa que, não só poucos conseguem, como só quem é excessivamente bom é lembrado e citado como gênio. Um gênio chamado Alfred Hitchcock.




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