sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Palpites Oscar 2015_Melhor Filme





Indicados:
  • Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)

É difícil de classificar e qualificar Birdman com uma só palavra: é uma comédia e um drama ao mesmo tempo. é uma crítica à indústria hollywoodiana, aos críticos em geral, a história de um homem em crise com a carreira e filha e até uma história de super-herói. Ou dá para chamá-lo apenas de “brilhante”.




  • Boyhood – Da Infância à Juventude

Se Boyhood tivesse a mesma história, mas com os efeitos da maquiagem, talvez não tivesse o mesmo impacto, mas seria injusto desperdiçar essa história bonita e ao mesmo tempo verdadeira, sobre os 12 anos de um jovem, desde os 7 anos até os 19, a convivência com os pais, a separação e seus dilemas da adolescência. O discurso final de Patricia Arquette beira ao sublime.





  • O Grande Hotel Budapeste

Finalmente um filme de Wes Anderson chega entre os indicados a Melhor Filme. Há tempos ele já merecia o reconhecimento e veio com um filmaço. O Grande Hotel Budapeste é seu filme mais ambicioso e uma deliciosa comédia sobre jogo de interesses no período entre - guerras. O cinema de Wes Anderson é tão excêntrico que só poderia ser original.




  • O Jogo da Imitação

Dá até vergonha de imaginar que uma história tão importante como essa e que definiu os rumos da 2ª Guerra Mundial só tenha sido divulgada a poucos anos. O que Alan Turing passou é algo que não deveria se repetir e servir de exemplo para as novas gerações. Ainda bem que temos o cinema como forma de distribuição.




  • Selma – Uma Luta pela Igualdade

O grande azarão da lista também apresenta uma outra história que não deve ser repetida e esquecida: a segregação racial e a luta de um líder como Martin Luther King. O filme teve apenas 2 indicações, esta e a de Canção Original, mas ganhou notoriedade com a nomeação de Melhor Filme. Mas, quem disse que a Academia é coerente?




  • Sniper Americano

Havia um receio sobre esse trabalho de Clint Eastwood, principalmente na questão da patriotada. Mas, quem tinha essa dúvida, não conhece Clint. A história do atirador de elite é tratada de forma imparcial e que é mais focada no psicológico do protagonista, seus demônios, seus dilemas e sua família. E não tem discursos patrióticos americanos.




  • A Teoria de Tudo

A adaptação do livro homônimo de Jane Hawking abrange tanto a convivência familiar como os feitos científicos de Stephen Hawking, além de trazer performances espetaculares de Eddie Redmayne e Felicity Jones. É difícil não se comover e quanto menos se sabe sobre os personagens, melhor fica a experiência.




  • Whiplash – Em Busca da Perfeição

Dentre os indicados a Melhor Filme, Whiplash é o mais independente. Chegou sem fazer barulho e foi ganhando festivais. E merece. Desde a história de superação, até o clima quase claustrofóbico entre professor e aluno e a atuação memorável de J. K. Simmons, mas não devemos ignorar Miles Teller.




Quem não deveria estar aí:
Selma – Uma Luta pela Igualdade
Selma jamais é um filme fraco, mas sua indicação parece mais um capricho da Academia e um pedido de desculpas pela questão racial do que reconhecimento ao mérito. E não devemos nos esquecer que uma das produtoras é Oprah Winfrey, que pode ter influenciado os votantes.

O esquecido:
Garota Exemplar
Os críticos já davam como certa a indicação de Garota Exemplar como Melhor Filme, mas, se não fosse a indicação para Rosamund Pike, o filme seria ignorado. Em um filme que consegue um resultado tão bom quanto o livro e ainda consegue surpreender a platéia com suas reviravoltas, não deveria ter ficado de fora.




Quem vai ganhar:
Boyhood – Da Infância à Juventude
Boyhood chega à premiação como o favorito e tem os seus motivos. Desde o grande trabalho para realizá-lo até seus prêmios já conquistados, como o Globo de Ouro. E é uma trajetória de vida, coisa que a Academia adora.


Mas quem deveria ganhar era:
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)

Premiar Birdman seria um reconhecimento da ousadia e de uma nova forma de se filmar. A Academia é conhecida por não se arriscar e esse ano não deve ser diferente. Talvez o Oscar ainda não esteja preparado para o cinema de Alejandro González Inárritu.

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