quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Palpites Oscar 2015_Melhor Ator Coadjuvante


Indicados:


  •  Edward Norton (Birdman)
Não foi apenas com a carreira de Michael Keaton que o roteiro de Birdman brincou, mas com a de Edward Norton também. Na pele de um ator problemático e arrogante, ele se parece muito com seu ego na vida real, segundo histórias de bastidores. E aquele ator que surgiu lá no final dos anos 1990 como uma revelação, andou sumido por um tempo e agora tem a chance de voltar. Suas indicações anteriores foram com ‘As duas faces de um crime’, em 1997 e ‘A outra história americana’, em 1999.





  • Ethan Hawke (Boyhood)
Todo bom diretor de cinema tem um ator preferido, e disso, pode nascer uma grande amizade. E, para Richard Linklater, claramente seu ator preferido é Ethan Hawke. Ele trabalhou na trilogia de ‘Antes do Amanhecer’ com Julie Delpy e empresta um papel sensível, embora nada excepcional como o pai maneirista do protagonista.
É sua segunda indicação, a primeira foi em 2002, por Ator Coadjuvante pelo ‘Dia de Treinamento’.


  • J. K. Simmons (Whiplash – Em Busca da Perfeição)
Somente um milagre tira o Oscar de J. K. Simmons, que não é apenas o super favorito para levar esse Oscar, como é dele a melhor atuação do ano. Seria muito fácil criar antipatia por um professor carrasco e que humilha um adolescente para lhe arrancar a perfeição, mas não é o caso. E tudo isso sem cair na caricatura do vilão. E mesmo quando a platéia acha que ele pode ter o momento de redenção, a direção e condução do filme podem te enganar.



  • Mark Ruffalo (Foxcatcher)
Mark Ruffalo é um grande ator, mas ele nada tem a acrescentar aqui como uma lenda do esporte, que, diga-se de passagem, está ofuscado no filme. Indicação injusta. Prefira-o como o Incrível Hulk


  •  Robert Duvall (O Juiz)
Se a atuação de Robert Downey Jr. está muito protocolar em ‘O Juiz’, o mesmo não se pode dizer de Robert Duvall, que interpreta o pai do protagonista. Um papel difícil e ao mesmo tempo de redenção e despido de vaidades por se tratar de um ator veterano. Indicação merecida, mas tem poucas chances de ganhar contra o poderoso J. K. Simmons.
 


Quem não deveria estar aí:

Ethan Hawke (Boyhood)
Ethan Hawke apareceu entre os indicados unicamente para preencher espaço e aumentar a credibilidade de Boyhood, mas as chances são mínimas.

Mark Ruffalo (Foxcatcher)
O mesmo raciocínio se aplica a Mark Ruffalo. Para aumentar a credibilidade de Foxcatcher, a Academia o colocou no maior número de indicações possíveis, independentemente do mérito.



Os esquecidos:

Fabrizio Rongione (Dois dias, uma noite)
Como o marido da protagonista, Fabrizio ajuda-a em sua jornada de segurar seu trabalho e convencer seus colegas. Uma atuação contida e sem vaidades, assim como o filme.



Riz Ahmed (O Abutre)
Em meio a grandes como Jake Gyllenhall e Rene Russo, esse grande ator poderia passar despercebido, mas não foi o caso. Como o assistente do protagonista, ele é um funcionário exemplar, o olho que tudo vê e, na maioria dos casos, parece ter mais juízo do que ele.

Quem vai ganhar:

J. K. Simmons (Whiplash – Em Busca da Perfeição)
J. K. Simmons já ganhou vários prêmios por este grande papel e nada indica que ele possa perder esse Oscar, o que seria uma zebra histórica.
 



Mas quem deveria ganhar era:

O próprio:
J. K. Simmons (Whiplash – Em Busca da Perfeição)
Se juntarmos as atuações dos demais indicados, ainda não dá a atuação de J. K. Simmons. É daqueles papéis que marcam um ator e o transforma em ícone. E dificilmente o espectador se esquecerá tão cedo dessa performance, que será lembrada por gerações.

 

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