segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Operação Big Hero 6


Operação Big Hero 6 (Big Hero 6)

Direção: Don Hall

Ano de produção: 2014

Com: Ryan Potter, Scott Adsit, Genesis Rodriguez, James Cromwell.

Gênero: Animação

Classificação Etária: LIVRE

‘Operação Big Hero 6’ já nasceu clássico

            Que a Marvel Studios inovou na forma de se fazer grandes filmes baseados em HQs, isso todo mundo já sabe. O que ela agora quer é migrar e arriscar novos ares. Já começou migrando para a TV com a série Marvel’s Agents of Shield e, logo no início de 2015, com Agent Carter.

            E considerando que ela agora é parceira da Disney, não demoraria muito para unir o que ambas têm de melhor: a Marvel com seus super-heróis e a Disney com as animações. A união dessas duas forças resultou em ‘Operação Big Hero 6’.

            É a primeira animação da Disney baseada em uma HQ da Marvel. Não tem a parceria com a Pixar, mas lembra muito. Aliás, nos últimos anos, a Disney adotou a “forma” Pixar de se fazer filmes, seja com novas tecnologias, como em ser inventivo: os últimos filmes da Disney não foram continuação de nada e são 100% “inéditos”, todos muito bem sucedidos, sucesso de público e crítica e que são maravilhosos, são eles: ‘Enrolados’, ‘Detona Ralph’ e ‘Frozen – Uma Aventura Congelante’.

            Arrisco dizer que, nos últimos 3 anos, a Disney está melhor do que a Pixar.

            Outro ponto importante para que essas empresas estejam tão parecidas é o produtor desses últimos filmes da Disney: John Lasseter. Ele praticamente reinventou a forma de se fazer animações com Toy Story 1 e 2 e hoje é dos principais nomes do estúdio – se não do cinema em geral.

            ‘Operação Big Hero 6’ conta a história de Hiro, um garoto que vive com sua tia e seu irmão, Tadashi. Seus pais morreram quando ele tinha 3 anos de idade e se diverte com lutas ilegais de robôs (muito parecidas com as brigas de galo no Brasil). Ambos são apaixonados por robótica e tecnologia em geral e Tadashi leva Hiro ao laboratório onde trabalha. Lá, conhece o professor Callahan e os amigos nerds do irmão. E também descobre que Tadashi desenvolveu um projeto de um “robô-médico chamado Baymax. Logo, Hiro se apaixona pela coisa e almeja estudar na mesma escola, mas precisa desenvolver um projeto para isso. Logo ele desenvolve algo inovador, os microbôs, que são minúsculos, mas que podem ser o futuro. Após um acontecimento (quem não viu o filme é melhor não saber o que é, mesmo!), Hiro se junta a Baymax e ao grupo de amigos nerds para formar uma liga de super heróis para destruir os interesses e ganância de seu vilão (que também é bom não saber quem é!).

            Quem acompanhou os bastidores de ‘Operação Big Hero 6’, viu o quanto trabalhoso foi para fazê-lo. No arco em que Tadashi mostra a escola a seu irmão, há muita informação técnica sobre robótica, química e física. Mas isso atrapalha o conhecimento e apreciação do público infantil? Não, muito pelo contrário. Com tanta coisa descartável por aí, é algo mágico quando temos um produto que a criançada se diverte e aprende. Tanto as animações para o cinema como para a TV sofrem desse déficit e também os programas infantis (deu uma saudade do Castelo Rá-Tim-Bum agora!).

            Houve muito trabalho de pesquisa para o roteiro não dar informações equivocadas e muitas homenagens com a nossa vida real: a cidade onde tudo ocorre, San Fransokyo, é uma clara referência a duas cidades: São Francisco, no Oeste dos EUA e Tóquio, capital do Japão, em homenagem à tecnologia japonesa. E o projeto dos microbôs existe sim e está em fase de pesquisa em universidades americanas.

            Mas não é só o público nerd que irá apreciar ‘Operação Big Hero 6’, o público em geral também: é fácil se identificar com o protagonista Hiro: órfão de pai e mãe e vive isolado em seu mundo. Da metade para o final, a história fala, também, de corrupção e interesses, mas o fator principal que esse filme deva agradar a gregos e troianos está em seu “mascote”, o delicioso robô Baymax.

            Os realizadores estavam inspiradíssimos quando o fizeram, seja em seus trejeitos como nas informações médicas (seria o fim das consultas?). Baymax tem um coração enorme e é o principal parceiro de Hiro. Seu jeito atrapalhado e inocente serve como alívio cômico e alívio sentimental para a história, no caso, sentimento entre amigos.

            Quem não se apaixonar pelos momentos dos dois juntos, pode procurar um hospital.

            O visual de ‘Operação Big Hero 6’ é sublime e merece ser visto na melhor tela possível, bem como sua tecnologia 3D arrebatadora, em especial nas cenas de ação.

            Como todo filme da Marvel, há uma cena pós-créditos. Portanto, não saia do filme antes de encerrar os créditos, pois a cena complementa o espírito do filme que terminaria.
            E também como toda e legítima animação da Disney, antes do início do filme, temos um curta animado. A bola da vez é com o irresistível curta ‘O Banquete’, dirigido pelo próprio Lasseter, sobre um cachorro, seus donos e muita comida.

            De uma coisa tenho certeza: ‘Operação Big Hero 6’ será lembrado para as próximas gerações como um clássico e pode representar uma nova onda no cinema, a de unir super-heróis e animação. ‘Os Incríveis’ fez isso muito bem há uma década, mas agora isso pode se consolidar com esse filme aqui.

            ‘Operação Big Hero 6’ é absolutamente perfeito.
           

Nota: 10,0

Imagens:












Trailer:


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