sexta-feira, 13 de junho de 2014

Harry & Sally - Feitos um para o outro



Harry & Sally – Feitos um para o outro (When Harry Met Sally)

Direção: Rob Reiner

Ano de produção: 1989

Com: Meg Ryan, Billy Crystal, Carrie Fisher.

Gênero: Comédia Romântica

Classificação Etária: 12 Anos


“Harry & Sally” é um romance muito à frente de seu tempo

            Nem parece, mas já se passou 25 anos desde que “Harry & Sally” estreou nos cinemas. E quando digo “nem parece” é que ele não morreu com o tempo. Pelo contrário, suas situações e diálogos permanecem incrivelmente atuais. Na verdade, em 1989, o gênero Comédia Romântica nem existia e, considerando a maioria dos filmes do gênero, nota-se que “Harry & Sally” desenhou tudo isso. A trilha sonora linda, locações de encher os olhos e, fundamentalmente, a química perfeita do casal principal.

            Neste caso aqui, o casal em questão são Harry Burns (Billy Crystal) e Sally Albright (Meg Ryan). Ele ficou mais famoso por ser apresentador do Oscar por muitos anos (curiosamente, a 1ª vez foi em 1990) e ela depois virou a queridinha de Hollywood tendo seu rosto estampado em filmes como “Sintonia de Amor” e “Cidade dos Anjos”.
            É impossível não se apaixonar pelo casal principal, e de não torcer pelo drama de cada um e um desfecho feliz (?).

            Na trama, Harry & Sally se conhecem na formatura, no ano de 1977, quando Harry namorava Amanda, amiga de Sally e ficam amigos. 5 anos depois, eles se reencontram em um vôo, com Harry de casamento marcado com Helen e Sally namorando Joe. Após um tempo, os dois ficam solteiros e eles se tornam de fato os melhores amigos, cada um dividindo suas angústias e histórias de vida...

            Além da história em si, o que faz de “Harry & Sally” um filme único são as suas situações e frases e momentos de impacto. Há uma cena que ficou clássica e é até hoje lembrada, quando os dois estão em um restaurante em uma conversa sobre as mulheres fingirem orgasmos, com Harry contando vantagens como homem. Sally, então, finge estar tendo orgasmos para comprovar sua teoria. O problema é que ela faz isso em voz alta e todo mundo do restaurante ouve. No final, uma senhora diz: “ quero o mesmo que ela”. Curiosamente, essa senhora é mãe do diretor Rob Reiner na vida real.

            Por falar no diretor Rob Reiner, ele estava no auge nessa época com duas adaptações de livros do Stephen King: em 1986 ele fez o gracioso “Conta Comigo” mas seu ápice de originalidade veio com o perturbador “Louca Obsessão”, de 1990, que deu o merecido Oscar de Melhor Atriz para Kathy Bates e é um grande exercício de agonia e angústia. Também nessa mesma época, em 1992 ele realiza o grande “Questão de Honra”, com Jack Nicholson. Um filme muito bem feito, é verdade, apesar do romance sem sal de Tom Cruise e Demi Moore.

            Mas, em se tratando de “Harry & Sally”, não podemos citar somente a direção de Reiner. Esse roteiro maravilhoso é 100% original. Não é baseado em nada, nem de livro nem de história real, tudo foi idéia da roteirista Nora Ephron. Ela, que, aliás, se especializou em dirigir comédias românticas e trabalhou muitas vezes com Meg Ryan, como em “Sintonia de Amor” e “Mensagem para você”.

            A trilha sonora fantástica é composta por Harry Connick Jr. e até, quem diria, Barry Sonnenfeld aparece. O diretor da trilogia dos “Homens de Preto” é o diretor de fotografia por aqui.
            No Oscar, “Harry & Sally” teve uma mísera indicação de Roteiro Original, merecia mais, é verdade. Mas quem precisa de Oscar quando se tem uma obra inesquecível e aclamada até hoje.
            E todo esse conjunto de fatores faz com que “Harry & Sally – Feitos um para o outro” seja, no meu conceito, A MELHOR COMÉDIA ROMÂNTICA DA HISTÓRIA DO CINEMA, até o momento.
             

Nota: 10,0

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