quinta-feira, 19 de julho de 2012

Eu Odeio o Dia dos Namorados

Eu Odeio o dia dos namorados (I Hate Valentine´s Day)
Direção: Nia Vardalos
Ano de produção: 2009
Com: Nia Vardalos, John Corbett, Zoe Kazan.
Gênero: Comédia Romântica
Classificação Etária: 12 Anos
Nota: 7,0


Todos nós, amantes de cinema, ás vezes somos exigentes demais e sedentos por um bom roteiro. Olhamos tanto para esse aspecto que nos esquecemos de outras qualidades que um filme pode ter, ou alguma outra sacada que o marca na história para sempre.

Quando “Eu Odeio o Dia dos Namorados” estreou, em maio de 2009, toda a crítica, mas é TODA mesmo recebeu o filme a pedradas. Disse que era oportunista, ou meloso demais, uma cópia de “Casamento Grego”, além de outros “elogios”. Em um jornal de grande circulação aqui em São Paulo, o crítico disse que “não dá para comparar esse filme medonho a, por exemplo, “Harry & Sally”, de 1989”. Óbvio que não dá para comparar, afinal, para muitos (inclusive para este que vos fala), “Harry & Sally” é a melhor comédia romântica da história, pela linguagem inovadora e por trazer uma nova visão para desfechos pessimistas.

O que muitos deveriam enxergar é que em alguns momentos o cinema precisa as novas gerações conheçam certas tradições e laços que não podem ser quebrados, como aquele filme típico de final de ano ou aquela comédia familiar de “sessão da tarde”. No caso das comédias românticas, isso não é diferente. É preciso que de vez em quando se lance algum filme para se ver a dois, que dá para se falar de relacionamentos e que, no final das contas, o amor sempre prevaleça. É aí que entra “Eu Odeio o dia dos namorados”, uma simpática e despretensiosa comédia romântica que tem tudo o que o gênero precisa. O roteiro já pode ser batido e convencional, mas vale como um programa em casal em uma tarde de domingo.

“Eu Odeio o dia dos namorados” conta a história de Genevieve (Nia Vardalos, que é uma graça), uma florista que adora qualquer coisa relacionada ao dia dos namorados, afinal, é a época em que ela fatura mais, porém, não tem namorado e não acredita em relacionamentos. Para isso, ela segue uma receita que acredita ser infalível: acha que todos nós temos apenas 5 encontros com uma pessoa, depois, cada um vai para o seu lado, isso faz ela se tornar uma conselheira amorosa, porém, aconselha suas amigas a não seguir um caso firme. É uma mistura de Will Smith em “Hitch – Conselheiro Amoroso” & George Clooney em “Amor Sem Escalas”. Daí ela conhece o charmoso Greg (John Corbett), que a chama para sair e usa seu “método” na prática. Porém, depois do 5º encontro, ela decide terminar. Para a surpresa dela, porém, John se apaixona de verdade, fazendo Genevieve se deparar com seu dilema ou até, medo de se relacionar.

A graça deste filme é que tudo é levado de forma descontraída, sem fazer julgamentos e, em momento nenhum, cair no pieguismo. Não deve ser levado a sério como um filme de auto-ajuda (sim, tenho muitos amigos e amigas que levam as comédias românticas americanas para seus devidos romances) e tem momentos interessantes, como a serenata de amor (isso é que eu chamo de resgatar valores) e o karaokê do casal.

Mas, por qual motivo muita gente comparou esse aqui com “Casamento Grego” de 2002? Porque tem o mesmo casal principal do filme de 2002, que, diga-se de passagem, a química dos dois é o maior trunfo por aqui. Nia se diverte como uma garota desencaminhada e ele é o típico retrato de homem apaixonado e indeterminado e até Zoe Kazan, como a tímida e carente Tammy Green rouba a cena em seus momentos mais, digamos sentimentais.

Em se tratando de seu primeiro filme como diretora, até que Nia Vardalos não fez feio. Apesar do excesso de clichês e caras e bocas de sua personagem. Foi como aquele aluno que passa com uma nota 7 na escola, mas que o professor não vai lembrar da cara. Aliás, “Eu Odeio o dia dos namorados” possui essa característica mesmo: não faz feio mas é aquele filme que, no dia seguinte, a gente não se lembra.


Imagens:











Trailer do Filme:



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