segunda-feira, 2 de julho de 2012

Contra o Tempo

Contra o tempo (Source Code)

Direção: Duncan Jones

Ano de produção: 2011

Com: Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan, Vera Farmiga, Jeffrey Wright.

Gênero: Ficção Científica

Classificação Etária: 12 anos

Nota: 8,5



Muitos dos meus amigos vieram falar comigo o porquê, afinal que eu não gosto de filmes de ação. Vou aproveitar o momento para dizer: eu adoro filmes de ação, desde que se tenha uma boa história, bons atores e, fundamentalmente, um roteiro inteligente. Coisa que, infelizmente, a grande maioria não tem. Preocupam-se mais com explosões, um fiapo de roteiro e o intuito único de ganhar muito dinheiro (alguém se lembrou da franquia “Velozes e Furiosos”? São tantos filmes ruins que a gente até se acostuma. Daí surge uma grande idéia, boa história, um ótimo ator à frente e uma história muito inteligente. Estamos falando de “Contra o Tempo”, um filme de Ficção Científica de Ação do mesmo diretor do competente “Lunar”, que estreou em Agosto de 2011 e é um prato cheio para quem curte uma ficção quebra-cabeça e cheia de reviravoltas.

Na sinopse, o soldado Colter Stevens (Gyllenhaal), que acorda no corpo de um viajante desconhecido, é testemunha de uma explosão em um trem. Depois de 8 minutos, descobre-se que se passava de um ataque terrorista, e que este era só o primeiro ato do grupo. Este soldado recebe a missão secreta de voltar no tempo para descobrir onde a bomba está e quem está por trás deste ataque. Logo, ele volta, a todo momento, 8 minutos no tempo para descobrir tudo. A cada volta no tempo, Stevens descobre uma situação nova e por que não, bizarra. A lista de suspeitos vai se afunilando até que se descubra quem está por trás de tudo. O maior laço, digamos, humano desta missão são as conversas com uma passageira desconhecida, a simpática Christina (Monaghan), com quem acaba se apaixonando.

O interessante do filme são as intensas reviravoltas que o roteiro dá, sem firulas e sem confundir o espectador com pistas falsas. O papel não poderia ser para outro ator se não o Jake Gyllenhaal, porque ele não tem um grande perfil de super-herói, é uma pessoa comum, e é isso que dá um perfil mais próximo ao espectador. A química entre ele e Monaghan também está perfeita, ela que, aliás, também teve um papel interessante por aqui, como passageira em perigo e mocinha prestativa. Pode ser um romance sim, pode ser uma história de amor sim, pode ser o mocinho ajudando a mocinha em perigo sim, mas não cai naqueles clichês estadunidenses de cair no pieguismo no desfecho. É um relacionamento maduro e sem firulas.

As cenas de ação também são outro ponto alto. O diretor Duncan Jones corrigiu todas as falhas de seu filme anterior, em que tínhamos uma ficção lenta e longa, com uma obra direta e simples para qualquer leigo. Até a curta duração (apenas 90 minutos) é um ponto positivo. O diretor viu que se estendesse mais, comprometeria totalmente a edição e evolução da trama. e pode ter certeza que você não vai ficar entediado ao saber que a cada 8 minutos, o filme volta no tempo.

Apesar de ser um filme frenético, tenho duas ressalvas: o final um pouco decepcionante e a atuação de Vera Farmiga, que está uma completa robótica no papel de uma comandante.

Mas apesar desta pequena ressalva, não vejo outro filme de ação inteligente recente para um programa de fim de semana como “Contra o Tempo”. E com muita pipoca.


Imagens:










Trailer do Filme:



 





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