quarta-feira, 28 de novembro de 2018

She-Ra e as Princesas do Poder é das melhores séries animadas do ano



            Quando foi anunciado que a Netflix faria uma nova versão do clássico desenho da She-Ra, muitos torceram o nariz, sobretudo quando foi falado que a heroína teria uma origem diferente, que não teria ligação com He-Man e tudo piorou quando saíram as primeiras fotos.
            Os fãs das antigas fizeram muito barulho nas redes sociais.
            Mas daí começaram a sair novas artes, trailers e o público começou a acreditar que sim, a nova série animada poderia ser bacana.
            Até que finalmente a série, parceria da Netflix com a Dreamworks estreou no serviço de streaming.
She-Ra e as Princesas do Poder é mais do que bacana. É das melhores coisas que você verá na Netflix em 2018.


A série conta a história de Adora, uma jovem aparentemente normal, mas que participa de um treinamento militar da Horda contra Etéria. Um belo dia, ela encontra uma espada iluminada, não sabe se é sonho ou realidade e decide sair do seu espaço.
Ela encontra a tal espada e também outros personagens como a princesa Cintilante e o ajudante Arqueiro, que, de inimigos por divergências ideológicas, viram os melhores amigos e são eles que irão mover a série até o final.
A série faz tudo certo, desde o tratamento dos personagens, visual, roteiro e ritmo.


A forma como os personagens aparecem na trama é de maneira fluida e envolvente. A química entre Adora, Cintilante e o Arqueiro é incrível e irresistível. Adora também tem uma ótima química com Felina, sua amiga de infância da Horda, mas que logo se torna rival (e a forma como a série mostra as motivações das personagens é excelente!)
Visualmente a série é de encher os olhos. Mesmo tendo apostado no 2D em detrimento ao 3D, os mais exigentes não vão reclamar, sobretudo pelo Design de Produção, com cenários e texturas maravilhosos.
E o roteiro é cheio de camadas: sem estereótipos e sendo imparcial, cada um tem suas motivações. Além do mais, há metáforas sobre ditadura, doutrinação e preconceito sobre o diferente (a Horda faz propaganda contra Etéria e vice-versa).


E o ritmo da série é alucinante e jamais cansa ao longo dos seus 13 episódios com 25 minutos cada. Embora o único problema desta temporada seja justamente o meio da série. Se o início e o fim são frenéticos, o mesmo não se pode dizer do meio ali pelo episódio 5 ou 6.
Uma pena para esta série quase que irretocável e que tem tudo para ter vida longa.
As próximas temporadas prometem explorar mais o psicológico e relação entre os personagens e com o sucesso desta temporada aqui, provavelmente com mais recursos.


She-Ra e as Princesas do Poder pode não ser perfeita, mas promete agradar os fãs das antigas e os novos. Tanto a série dos anos 80, quando a esta de agora, são grandes séries e se completam e nós, fãs, agradecemos.
Já até ficamos otimistas para os novos Thundercats...

Nota: 9,0


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