segunda-feira, 19 de novembro de 2018

O Grinch resgata o espírito dos filmes de Natal




            Faz tempo que Hollywood não investe nos filmes de Natal. Nos últimos anos, pouco foi feito. Nos últimos anos, tivemos Um Duende em Nova York e O Expresso Polar, de 2003 e 2004, respectivamente.

            Mas 2018 promete mudar isso: além dos filmes para o fim do ano que a Netflix está prometendo para a janela do fim do ano, chega aos cinemas a nova versão de O Grinch, baseada em um livro do Dr. Seuss e que ganhou uma célebre adaptação em 2000, estrelada por Jim Carrey.



            O Grinch é a aposta da Illumination deste ano, já que não teve nenhuma animação no período de férias e do verão americano, este é o único filme do estúdio do ano e não faz feio, embora seja claramente inferior ao filme de 2000.

            Na história, O Grinch é uma criatura verde, peluda e rabugenta que mora em Quemlândia e que, amargurado, quer destruir o Natal de todos, mas tudo muda quando conhece a irresistível menina Cindy-Lou, que começa a rever suas ações e conceitos.

            O visual é caprichadíssimo e o filme promete agradar a todos. Muitos podem achar que o roteiro não quis se arriscar ao contar uma história já conhecida, mas isso não é verdade: é como uma comédia romântica, onde não há exatamente grandes novidades, a diferença está na forma de como é contada e o carisma dos personagens.

            E carisma o Grinch tem de sobra.



            Quem assistir a versão original, vai encontrar a voz de um Benedict Cumberbatch (o nosso Doutor Estranho) muito cômica e inspirada. E a versão dublada, com Lázaro Ramos, também acerta.

            Aliás, a dublagem do filme acerta na adaptação e não faz feio com a versão original.
            Mas a melhor coisa de O Grinch está na menina Cindy e sua mãe, Donna, dublada pela Rashida Jones.



            O filme explora muito bem, de forma humana e natural, o fato de Donna ser mãe solteira e o filme não faz juízo de valores, pelo contrário, mostra uma mulher que precisa fazer jornada dupla, mas que se mostra feliz.

            Além do mais, sua filha, carente de atenção, é a pessoa que promete amolecer o duro coração do Grinch e que, ao contrário da maioria das crianças da idade dela, pensa na mãe – e não nela ou presentes – em primeiro lugar.

            Mas o que realmente faltou em O Grinch foi explorar melhor seu universo e outros personagens ao redor.



            Tinha tempo, roteiro e dinheiro, só faltou a vontade, mas, apesar dessa ressalva, não dá para negar que O Grinch resgata o espírito dos filmes de Natal e este é mais um acerto da Illumination, que trouxe Meu Malvado Favorito, Minions, Pets, entre outros.

            O estúdio tem uma proposta diferente da Pixar e quer a diversão do seu público acima de tudo.

            E não é isso que vamos buscar na tela grande?

Nota: 8,0

Um comentário:

  1. Eu adorei esse filme mais do que o primeiro, especialmente pelo Benedict Cumberbatch é sensacional! Ele atua tão bem e sempre entra de cabeça em todos os personagens que faz. Eu gosto muito também da direção de Toby Haynes. Eu adoro pesquisar e ver filmes tudo sobre a carreira dos atores e, quando vi na programação hbo a estreia desse filme, fiquei encantada. Adoro filmes que são baseados em fatos reais, ainda mais de política e de um assunto tão atual que preocupa a todos. Tem tudo pra ser mais um ótimo papel feito por Benedict. Recomendo a todos.

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