domingo, 25 de maio de 2014

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido



X-Men: dias de um futuro esquecido (X-Men: days of future past)

Direção: Bryan Singer

Ano de produção: 2014

Com: Hugh Jackman, Michael Fassbender, James McAvoy, Jennifer Lawrence, Peter Dinklage, Patrick Stewart, Ian McKellen, Nicholas Hoult, Ellen Page, Evan Peters, Halle Berry, Anna Paquim.

Gênero: Ação

Classificação Etária: 14 Anos


Problemas e correria resumem novo X-Men.

            Não foi surpresa nenhuma de que esse filme, “X-Men: dias de um futuro esquecido”, tenha sido a estreia mais aguardada do ano. A ideia é das mais espetaculares da história dos quadrinhos, que é pegar os mutantes da franquia clássica junto com alguns mutantes de “X-Men: Primeira Classe”. A trilogia original criou uma legião de fãs e mudou para sempre a forma de como vemos um filme baseado em quadrinhos. E “X-Men: Primeira Classe” é, na opinião dos críticos e da maioria das pessoas, o melhor filme dos mutantes até agora e um filme que revelou dois atores que se tornariam famosos posteriormente: Michael Fassbender, agora já com uma carreira consolidada e com uma indicação ao Oscar por “12 anos de escravidão”, mas nada se compara à Jennifer Lawrence. Nesse curto espaço de 3 anos, essa menina já participou de outra franquia milionária, Jogos Vorazes, já venceu um Oscar de Atriz por “O lado bom da vida” e com mais duas indicações, por “Inverno da Alma” e “Trapaça”, hoje, Lawrence é a queridinha de Hollywood e a atriz mais requisitada. Dá até um receio de ela não ser estragada pela indústria.

            Com isso, a Fox achou melhor unir as duas franquias. Para isso, a melhor ideia foi adaptar para o cinema a HQ “dias de um futuro esquecido”.

            Para quem não sabe, essa HQ foi escrita em 1981 e conta, em dois volumes, que os mutantes do futuro voltam ao passado para tentar impedir a criação dos Sentinelas por Bolivar Trask (papel de Peter Dinklage, de Game of Thrones). Nos quadrinhos, quem ia ao passado era Kitty Pryde. Aqui no filme, a Kitty, com os seus poderes, manda o Wolverine ao passado por seu porte físico e principalmente pelo fato de ele ser imortal. Nós espectadores, sabemos que o roteiro tomou essa liberdade poética para dar mais uma importância ao Wolverine e mostrar o porquê que ele é o personagem mais famoso do universo “X-Men”. O que não foi de tanto mal. Historicamente, Wolverine teve muito mais importância na saga do que Kitty. Embora, no meu conceito, Ellen Page seja tão boa atriz quanto Hugh Jackman é bom ator.

            O filme tomou um rumo muito corajoso em adotar uma fotografia e clima mais sombrios. Lembra muito aos filmes do Batman de Christopher Nolan, em que ele dava um ambiente mais pessimista, principalmente no futuro, mostrando um clima maior de apocalipse e de que o fim do mundo até próximo.

            Os Sentinelas foram criados para dizimar os mutantes, mas, com o passar dos anos e todas as imperfeições, eles mataram também humanos até exterminá-los. Aqui, há apenas alguns mutantes sobreviventes, como Magneto e a Tempestade, daí, Xavier lança a ideia de levar alguém ao passado e impedir a criação dos sentinelas, daí é escolhido o Wolverine.
            Mas, afinal, como os Sentinelas foram criados?

            O ano é 1973 e o cientista Bolivar Trask cria o protótipo dos robôs para matar apenas mutantes e tenta convencer o governo americano a aprovar o projeto. Paralelo a isso, a Mística da Jennifer Lawrence se afastou dos X-Men e trabalha quase como uma nômade começa sua busca por Trask, até que o encontra e o mata.

            Não estou entregando nada do filme, pois é isso que Wolverine tentar impedir voltando ao tempo.

            Além da fotografia sombria e dos Sentinelas muito bem feitos, o filme tem cenas de ação perfeitas, muito bem coreografadas. A cena de abertura é muito bacana, espetacular na sua concepção, mostrando um ataque dos Sentinelas aos mutantes. Foram mostrados alguns dos novos heróis e, no caso desta cena, com a personagem da Blink, que abre portais, confundindo a cabeça do atacante, é sensacional.

O próprio Peter Dinklage, o Tyrion de Game of Thrones, nos dá um Bolivar muito frio, político e com a urgência que o personagem precisava.

            Enfim, a história também é boa. Voltar ao passado e corrigir tudo é engenhoso. Para quem não sabe as HQs inspiraram James Cameron e seu “Exterminador do futuro”, e tem muito de fundo político para ser aproveitado.

            Mas, apesar dessas qualidades, esse filme problemas – e graves. Na verdade, são os mesmos problemas de “X-Men 3”, personagens demais, tramas demais e história confusa. Alguns personagens que ficaram famosos na trilogia original, como Tempestade e Vampira, aqui praticamente inexistem na história. E, no caso de “X-Men: Primeira Classe”, cadê a Emma Frost?

            Infelizmente, tudo parecer ser jogado para a plateia, a fim de entregar seu produto o quanto antes. Bom, “X-Men: Primeira Classe” é um grande filme e seu universo - pode e deve ser mais explorado, mas pular logo para o futuro foi perigoso. Deveria ter mais um filme depois de “X-Men: Primeira Classe” e continuar com a saga. Ficou claro que foi feito às pressas, o que é muito bom para o estúdio, mas péssimo para o grande público. Se “X-Men: primeira classe” já tinha uma história fechada, então porque raios não continuá-la? É uma pena, saber que ainda temos às pressões dos estúdios para seus produtos e que se valoriza mais efeitos do que atores.

            Ah, última recomendação: veja sem 3D, praticamente não há a profundidade e o 3D só tem a ver sim, com faturamento. E deve faturar. É esperar para ver.
           

Nota: 7,0

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