segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Amizade Colorida

Amizade Colorida (Friends With Benefits)
Direção: Will Gluck
Ano de produção: 2011
Com: Mila Kunis, Justin Timberlake, Patricia Clarkson, Jenna Elfman, Woody Harrelson, Emma Stone
Gênero: Comédia Romântica
Classificação Etária: 14 Anos
Nota: 7,5

            É engraçado a evolução das comédias românticas norte-americanas. Desde ‘Harry & Sally” parece uma ordem dos estúdios, que o casal tem que se conhecer por acaso, se estranharem em algum momento até o grand finale, em que todos terminam felizes para sempre. A exceção, neste caso, é o delicioso “(500) dias com ela”, que é uma comédia romântica sem romance. “Amizade Colorida”, infelizmente, não foge desses padrões, apesar de ser um bom filme, mas com algumas ressalvas.

            Esta é a história de dois jovens que acabaram de terminar seus relacionamentos, Jamie (Mila) e Dylan (Timberlake). A ex de Dylan, aliás, foi a personagem da Emma Stone – a Gwen Stacy de “O Espetacular Homem-Aranha”. Jamie é uma recrutadora de Nova York que convence Dylan, que é de Los Angeles, a permancer no emprego na Big Apple. Devido ao acaso, os dois se tornam amigos, até começarem a sentir atração um pelo outro. Eles querem fugir dos relacionamentos, mas começam uma relação baseada apenas em sexo, sem envolvimento emocional das duas partes. Essa relação, porém, acaba aproximando os dois, principalmente quando Dylan leva Jamie para a casa de sua família, em Los Angeles. E claro que eles se apaixonam.

            O filme tem muitas qualidades, começando pela dupla principal, a química entre Mila Kunis (de “Cisne Negro”) e de Justin Timberlake (que está um ator mais interessante a cada filme – principalmente pelo seu personagem excepcional no arrebatador “A Rede Social”) não poderia ter sido melhor. Além da empatia e da graça que esta dupla coloca em cena, principalmente nas cenas em que os dois estão juntos. A escolha das locações em Nova York e Los Angeles também está acertada. Os números de dança na Times Square e a casa de campo de L.A. combinaram com o clima das cenas em questão. Enquanto no número de dança, o clima está mais frenético e movimentado, em L.A. o clima mais ameno embalou o momento em que os dois começam a se apaixonar. Além do mais, a escolha e o momento das piadas mais adultas foi acertada sem ser vulgar, nem sentimental, apesar de, infelizmente, em algum momento, o filme comece a ficar romântico sem comédia. Um aviso desde já aos mais puritanos: apesar de ser uma comédia romântica, o filme tem a temática adulta, a dupla principal fala de sexo sem pudor e sem vergonha.

            Apesar dessas qualidades, o filme tem dois defeitos graves: os 20 minutos finais, que perdem a graciosidade que o filme tinha para se tornar sentimental e, principalmente, a patriotada desnecessária que a personagem de Mila faz ao longo do filme. Ela fala, a todo tempo, da correria e loucura de Nova York, pelas entrelinhas, convence Dylan que a Big Apple é agitada e desenvolvida enquanto L.A. é pacata e atrasada. Quando ele a leva para Los Angeles, por exemplo, é exatamente no feriado de 4 de julho, em que, segundo ela, Nova York fica vazia.

            Mas apesar dessas ressalvas, não dá para contestar que “Amizade Colorida” já é um avanço na carreira do diretor, depois do fraquinho “A Mentira”. Gluck só precisa ser menos devoto, mas ele tem um talento desde já para a graciosidade e o bom gosto na escolha das locações e atores. O caminho é esse.


Imagens:












Trailer:


Um comentário:

  1. Ri muito nesse filme. Nunca fui fã de comédias românticas, mas essa mereceu o tempo que passei diante da telinha. E pelos dois filmes que vi do Justin acho que ele devia deixar a carreira de cantor um pouco de lado e investir na de ator que ele se dará muito bem!

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