terça-feira, 29 de outubro de 2013

Os 10 melhores filmes de terror

10 – A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (Sleepy Hollow)


Direção: Tim Burton

Ano de produção: 1999

Com: Johnny Deep, Christina Ricci, Christopher Walken, Miranda Richardson.

Classificação Etária: 16 Anos



            Quem disse que Burton não sabe fazer filmes mais sérios? É verdade que seu estilo excêntrico já conhecido também está presente por aqui, mas não dá para negar a maturidade artística alcançada nesta obra. Em mais uma parceria com seu melhor ator, Johnny Deep, Tim Burton faz um grande trabalho em “A lenda do cavaleiro sem cabeça”. É baseado em um conto do século XIX e contém, além de Deep no elenco, a presença de Christina Ricci (que, um dia foi uma atriz promissora) e Christopher Walker como vilão. Com um figurino e produção impecáveis, junto com uma direção de arte vencedora do Oscar, “A lenda do cavaleiro sem cabeça” está para sempre em nossa memória e por isso, abre essa lista.






9 – Drácula de Bram Stocker (Bram Stocker´s Dracula)


Direção: Francis Ford Coppola

Ano de produção: 1992

Com: Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves.

Classificação Etária: 14 Anos


Nesta 9ª posição, mais um caso que arte e terror podem e devem andar juntos. Baseado na obra do escritor irlandês, Bram Stocker, esse filme aqui mostrou que algo que parecia obsoleto para as novas gerações poderia ser algo realmente assustador, respeitando as tradições do livro e respeitando a época do filme, no caso, o início dos anos 1990. Era difícil imaginar uma obra dessas, depois de ter sobrevivido aos anos 1980 com “A hora do pesadelo” e “Sexta-feira 13” e cair na acolhida popular. Foi um grande sucesso de público e crítica e nos dias de hoje, com o terror mais explícito e sensacionalista, merece estar em qualquer seção na TV de como fazer um grandioso filme de terror com arte. O elenco não poderia ser melhor e o que mais chama a atenção é o nome do diretor: Francis Ford Coppola. Com seu jeito poderoso (sem trocadilhos) e peculiar de conduzir seu trabalho, Coppola acerta em cheio no tom da trama e ainda com uma produção maravilhosa, vencedora nas categorias de Figurino, Som e Maquiagem em 1993. Justiça foi feita. Para sempre Drácula. Para sempre Coppola.






8 – Carrie – A Estranha (Carrie)


Direção: Brian de Palma

Ano de produção: 1976

Com: Sissy Spacek, Piper Laurie, John Travolta, Amy Irving, Nancy Allen

Classificação Etária: 16 Anos


Carrie – A Estranha, de Brian de Palma, foi a primeira adaptação para o cinema de uma obra de Stephen King. e também dos primeiros filmes de Brian. Em uma época que Hollywood estava em alta com o cinema de autor, de Palma enxergou  na obra de King algo a mais além do terror sobrenatural, que foi algo vigoroso e uma história que ultrapassaria o real com o fantasioso. É quase uma fábula, mas, ao mesmo tempo, não deixa de ser uma história real. Afinal, o Bullying sofrido pela protagonista pode acontecer com qualquer um. Com uma atuação primorosa de Sissy Spacek, inclusive, indicada ao Oscar pelo papel, Carrie – A Estranha abriu, com estilo, a safra de obras de Stephen King no cinema. E com as seqüências próximas do final absolutamente inesquecíveis.






7 – O Bebê de Rosemary (Rosemary´s Baby)


Direção: Roman Polanski

Ano de produção: 1968

Com: Mia Farrow, John Cassavettes, Ruth Gordon.

Classificação Etária: 16 Anos


Com o intuito de esconder o terror proposto pelo longa, Roman Polanski foi além: para quem consome só as imagens, não há nada que declare que O Bebê de Rosemary seja um filme de terror. Mas, para quem presta atenção nos diálogos e na história, está se deparando com um dos melhores do gênero. Perturbador e psicológico, o filme gerou polêmica pelo satanismo e idéia de a mulher dar a luz ao próprio capeta. Anos à frente de seu tempo, O Bebê de Rosemary é copiado e cultuado até hoje. O filme venceu o Oscar de Atriz Coadjuvante para Ruth Gordon. Mas, o maior trunfo do filme, que é o papel de Mia Farrow, nem sequer foi indicado. Vai entender.







6 – Na Hora da Zona Morta (The Dead Zone)


Direção: David Cronemberg


Ano de produção: 1983
Com: Christopher Walken, Brooke Adams.

Classificação Etária: 14 Anos


            A hora da zona morta é o filme mais estranho desta lista. Esta é mais uma adaptação ao cinema para uma obra de Stephen King e o resultado é tão maluco quanto quase todas as obras de Cronemberg. Quando o personagem de Walken sofre um acidente de carro, fica 5 anos em coma. Perde tudo, inclusive seu amor, mas ganha poderes sobrenaturais. Só posso dizer isso da história. Quanto menos se sabe, melhor. O que Walken faz com os poderes é o ponto chave da história. Cruzem os dedos!!!!







5 - Alien – O 8º Passageiro


Direção: Ridley Scott

Ano de produção: 1979

Com: Sigourney Weaver, John Hurt.

Classificação Etária: 16 Anos


            NO ESPAÇO, NINGUÉM PODE OUVIR VOCÊ GRITAR. Sim, com esse slogan o filme foi anunciado no final dos anos 70 para exatamente dar um clima do que vivia.
            Alien não é só dos melhores filmes de terror e ficção científica do cinema, mas trouxe das pouquíssimas mulheres protagonistas num filme denso desses, virou referência, transformou a cientista Ripley (Weaver) como símbolo de resistência feminina e usou a mesma técnica de Spielberg em Tubarão: esconder o monstro e deixar para a própria platéia tomar suas decisões. E assusta muito.
            Teve mais 3 continuações: “Aliens: O Resgate”, “Alien 3” e “Alien – A Ressurreição”. Mas, nenhuma teve o impacto que “O 8º passageiro ainda provoca.







4 – O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs)


Direção: Jonathan Demme

Ano de produção: 1991

Com: Jodie Foster, Anthony Hopkins, Scott Gleen.

Classificação Etária: 16 Anos


            Muito filme de terror por aí quer assustar a platéia por meios, digamos, sensacionalista. Excessos, excessos e mais excessos. E, na maioria dos casos, não mete medo nenhum. Então, para quê gastar tanto dinheiro e sangue em terror desnecessário? Pois bem, assistindo a “O Silêncio dos Inocentes”, fiquei pensando: por quê gastar tempo e dinheiro com tantas coisas mirabolantes se dá para meter muito medo na platéia só com o olhar frio e calculista de Hannibal Lecter? E ainda, um filme que praticamente “não mostra nada” de explícito e provoca, até hoje, calafrios na platéia. Tudo isso se deve à muita competência e talento de todos os envolvidos. O Silêncio dos Inocentes é um dos melhores filmes de Serial Killer da história. Gerou fãs, cultura e continuações. Os três filmes seguintes, “Hannibal”, de 2001, “Dragão Vermelho”, de 2002 e “Hannibal – A Origem do Mal, de 2007 não chegam nem aos pés de O Silêncio dos Inocentes. O filme foi o grande vencedor do Oscar de 1992, venceu nas categorias de Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Ator (Hopkins) e Atriz (Foster). Além de vencer nas 5 categorias do chamado ”super 5”, o fato de um filme de terror ter tanto prestígio e reconhecimento em uma premiação como o Oscar, torna “O Silêncio dos Inocentes” como único.







3 – O Exorcista (The Exorcist)


Direção: William Friedkin

Ano de produção: 1973

Com: Linda Blair, Ellen Burstyn, Max Von Sydow, Jason Miller.

Classificação Etária: 18 Anos


            Quando se fala em filme de terror que assusta, qual é o primeiro nome que vem à cabeça? Imagino que, para muitos, o nome será O Exorcista. Sim, já com 40 anos de seu lançamento, várias continuações e reboots. Todos horrorosos. E com diversas paródias, é impressionante como nada disso anula o impacto que O Exorcista ainda provoca. Não existe nenhum outro filme do gênero com tantas histórias malditas relacionadas em si. Nas filmagens, 8 pessoas morreram, muitos feridos, inclusive atores e o filme quase não foi lançado. Os filmes seguintes, “Exorcista 2 – O Herege”, “Exorcista 3” e O “Exorcista – O Início” foram todos um fiasco de bilheteria e ambos foram detonados pelos críticos. Linda Blair, a atriz que faz a menina possuída pelo demônio, Regan, nunca mais fez nada de bom no cinema. Nas seções do filme aqui no Brasil, tinham até paramédicos na porta do cinema, pois o número de pessoas que passavam mal era extensa.
 O filme venceu 2 Oscars, de Som e Roteiro Adaptado. Mas merecia mais, principalmente o Oscar de Atriz Coadjuvante para Linda Blair.
Amado pelos fãs de terror, odiado pelos mais conservadores, é impossível assistir a O Exorcista com indiferença. 








2 – O Iluminado (The Shinning)


Direção: Stanley Kubrick

Ano de produção: 1980

Com: Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Lloyd.

Classificação Etária: 16 Anos


            Dentre todas as adaptações para o cinema de livro do Stephen King, “O Iluminado” é, de longe, a mais polêmica. Na época do lançamento, o filme foi destruído pela crítica, apesar de ter ido bem de bilheteria. Dentre as alegações dos críticos, estavam os que falavam mal do papel de Wendy, a esposa do protagonista, ou do próprio papel de Nicholson. Falaram mal até da Direção de Arte, principalmente no que diz à imagem límpida e dos cenários, de certa forma, belos. Até a escolha de Kubrick para dirigir foi alvo de críticas. Era a última coisa que se esperava de um diretor com fama de intelectual. Mas, nada como o tempo para curar tudo. O Iluminado se tornou não só um grande clássico de terror, como um dos melhores filmes da história, mas, também, uma grande aula de como gerar um clima e eternizar os personagens para sempre. Há seqüências históricas, como aquela mostrada no trailer, da tela banhada de sangue, e, claro, da famosa “Aí vem o Johnny”, que é copiada até hoje e jamais superada. Kubrick tomou a liberdade de alterar muita coisa do livro, o que gerou polêmica. Mas, ao meu ver, isso deve ser visto de forma positiva, afinal, é uma nova forma e ponto de vista de enxergar a mesma arte. O próprio King odiou o filme. Outra injustiça, pois O Iluminado ajudou a tornar o nome do autor ainda mais popular.

            Há filmes que assustam com uma cena, um momento, mas, no caso de O Iluminado, o filme te faz pular da cadeira, só com um letreiro que diz “TERÇA-FEIRA” em letras garrafais e com um acorde no fundo. E também te faz se assustar com uma simples foto, que é o final do filme, que não contarei aqui.

            São idéias únicas que só poderiam ter saído da cabeça de Kubrick. Que tinha muito de louco e genial ao mesmo tempo. 








1 – Psicose (Psycho)


Direção: Alfred Hitchcock

Ano de produção: 1960

Com: Anthony Perkins, Janet Leigh, Vera Miles, John Gavin, Martin Balsam

Classificação Etária: 14 Anos


            No início do ano, saiu o filme Hitchcock, que mostra os bastidores de Psicose e a obsessão do cineasta em tocar a obra para frente. Afinal, ninguém botava fé que aquilo daria certo, principalmente por matar a mocinha na metade do filme, naquela cena icônica do assassinato no chuveiro ao som de um acorde eternizado. Para alguns, na verdade, a cena é mais famosa do que o próprio Psicose. Grande injustiça. Psicose não é só o número 1 dessa lista como O MELHOR FILME DE TERROR DA HISTÓRIA, mas mostra que grandes filmes nunca ficam datados, e, conseqüentemente, não morrem com o tempo. Psicose também quebrou os paradigmas de sua protagonista, não só por ela morrer na metade do filme, que é uma ousadia tão peculiar que ninguém usa até hoje, mas que ela não é necessariamente boazinha. Afinal, Marion (a mocinha em questão), rouba de seu chefe, a quantia de 40 mil dólares e foge até encontrar o Motel Bates na estrada. E do que dizer do vilão? Norman Bates, dos maiores e mais perturbadores seriais killers da história. Seu rosto frio e sorriso manipulador provocam calafrios até hoje, 53 anos do lançamento do filme.

            Como muita coisa na vida é injusto, Psicose não levou nenhum Oscar. Aliás, Hitchcock jamais venceu um Oscar na carreira, exceto seu Oscar Honorário em 1968.

            Após esse clássico, todas as continuações, produtos e qualquer coisa relacionada à Psicose, resultaram em grandes porcarias e fracassos, principalmente o “Psicose” de 1998 de Gus Van Sant, que fez uma “xerox” do filme de 1960 e fez, quadro a quadro o filme original, como homenagem a Hitchcock. Mas o resultado foi desastroso. Já pela escolha do elenco e pelo fato de o filme não ter clima nem empatia. O resultado foi um fiasco e muitas indicações ao troféu Framboesa de Ouro em 1999, inclusive o prêmio de pior diretor para Gus Van Sant.

            Neste ano, porém, em 2013, a coisa mudou um pouco. As homenagens ao mestre foram muito bem sucedidas e ótimas de se ver. Primeiro com o filme feito pela HBO, “A Garota”, sobre os bastidores do clássico “Os Pássaros”. Depois, como já citado, o filme Hitchcock, com Anthony Hopkins no papel principal e Scarlett Johansson como Marion. Mas nada se comparou com a série do canal Universal, Bates Motel, que encerrou sua 1ª temporada recentemente e a segunda logo vem aí. Originalíssima, ousada e que valorizou, fundamentalmente, o elenco, que tem, tanto a veterana Vera Farmiga como a mãe do vilão, como também Freddie Highmore como o Norman Bates, com destaque para a ótima estreante, Olivia Cookie, como a doce Emma, primeira namorada do serial killer.

            Uma obra qualquer, seja filme ou série, que vire fenômeno pop já é algo difícil. Mas, se tornar um fenômeno 5 décadas depois, umas duas gerações depois e sempre ser citado é coisa que, não só poucos conseguem, como só quem é excessivamente bom é lembrado e citado como gênio. Um gênio chamado Alfred Hitchcock.





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