quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A Saga Crepúsculo – Amanhecer – Parte 2


A Saga Crepúsculo – Amanhecer – Parte 2 (The Twilight Saga – Breaking Dawn – Part 2)

Direção: Bill Condon

Ano de produção: 2012

Com: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Mackenzie Foy, Michael Sheen, Dakota Fanning.

Gênero: Aventura de Romance

Classificação Etária: 14 Anos

Nota: 6,0


Com um final “mais do mesmo”, o último capítulo da saga Crepúsculo apenas “cumpriu seu papel”

            Foi uma situação engraçada assistir a um filme da saga Crepúsculo em um cinema lotado. Até então, sempre vi todos os filmes em casa, ou em DVD ou na TV. Por se tratar do último episódio, resolvi encarar um cinema cheio de adolescentes berrantes. E a experiência não foi nada agradável. A gritaria e os suspiros por algumas cenas são insuportáveis.

            Essa saga crepúsculo, aliás, é como um início de namoro, em que a pessoa se apaixona a ponto de não achar os reais defeitos que aquilo tem. Como eu já passei dessa fase de se apaixonar por Crepúsculo, devo dizer aqui que a série foi um fenômeno produzido e feito apenas para ser “a moda do momento” (acho difícil alguém se lembrar da saga no futuro).

A série nunca teve aquele atrativo e desde 2008, quando foi lançado o primeiro Crepúsculo, estou tentando entender até hoje esse fenômeno todo. Não que seja de todo mal, a série tem, aliás, muitas qualidades, mas não trouxe nada de novidade que uma série de sucesso, como “O Senhor dos Anéis” ou “O Poderoso Chefão”, fizeram e muito bem. Não tem nada de novo tanto no quesito roteiro como parte técnica, que, aliás, foi um retrocesso nesse ponto, com efeitos especiais bem ultrapassados e que mais se parecem com aqueles feitos nos primórdios, lá na década de 1920.

Embora o primeiro filme, “Crepúsculo”, tivesse sido apenas mediano, ficou uma sensação de “quero mais” para o próximo episódio. “Lua nova”, o segundo episódio, foi um desastre total, um filme completamente desnecessário e que só serviu para as fãs suspirarem por um novo galã que surgira, Taylor Lautner, como o lobo Jacob, que, aliás, vou comprar briga com muita gente em relação a isso, mas Lautner é um péssimo ator, basta ver isso no recente “Sem Saída”. Já “Eclipse” deu a saga novos ares e aquela esperança de que a série finalmente entraria nos eixos. E entrou. “Amanhecer – Parte 1” é, indiscutivelmente, o melhor filme da saga, por ser bem mais maduro do que os anteriores, história melhor amarrada e por ter na direção, o cineasta Bill Condon (de “Dreamgirls – Em busca de um sonho”), que sabe muito bem tratar de atores, embora este tenha sido seu primeiro arrasa-quarteirão.

E agora, em 2012, chegamos à esse final esperado. E a idéia de dividir o último episódio foi a mesma argumentação que os produtores deram quando resolveram dividir “Harry Potter”: disseram que iriam explorar mais os detalhes do livro, que seria mais abrangente e atraente, também. Mas, assim como a história do bruxinho, como aqui, lamento dizer que a idéia era sim, encher lingüiça e, principalmente, o lucro acima de tudo.

Embora a primeira parte tivesse sido muito boa artisticamente e com uma edição mais direta, essa parte 2 foi bem intuitiva para apenas faturar uns milhões.

Primeiro que a idéia de dividir em dois filmes foi uma grande falta de respeito com os fãs, que acompanharam os filmes, os livros, e justamente no final, eles tinham que tirar mais dinheiro do povo, que tanto prestigiou a saga? Dos 115 minutos de projeção dessa parte 2, eu tiraria, sem perder o conteúdo, uns 40 minutos.

Que fizessem um único filme de três horas, não iria trazer prejuízo aos executivos e o pessoal iria do mesmo jeito aos cinemas.

Neste último filme, quase toda a abertura poderia ter sido descartada. É um festival de situações que só serve para segurar os fãs com uma espécie de dejá vu, embora traga uma mudança muito radical na história: Bella Swan, após anos com seu amor proibido, Edward, agora é uma vampira e é mãe de primeira viagem, de uma menina que é uma graça, Rennesmee (Mackenzie Foy). Ao invés de se dedicar a mostrar mais essa relação de mãe e filha ou a Bella, como a nova vampira da vez, a abertura é um festival de piadinhas sem graça, que, aliás, eu não sei o que tem a ver com Crepúsculo, uma tentativa constrangedora de tentar ser ousado (a cena de sexo do casal principal é de chorar) e mais uma vez mostra Jacob quase sem roupas de forma desnecessária.

Mas, há sim, qualidades na história. Começando pela dupla principal. Com o grande sucesso como Bella, Stewart agora se dedica a papéis mais sérios e de maior expressão, como o Road Movie “Na Estrada”, do diretor brasileiro Walter Salles. E, no caso de Pattinson, essa mudança é muito mais visível, já que ele se torna um ator de verdade a cada filme, desde o romance simpático “Água para elefantes” ou grande filme de Cronemberg, “Cosmópolis”. Com essas mudanças na carreira dos dois, eles estão mais, digamos, maduros e menos estereotipados como no início da saga.

Há também uma história interessante, com os Volturi tendo a certeza de que Rennesmee é uma imortal e, portanto, uma ameaça, a guerra está declarada. Os Cullen resolvem, então, recrutar mais vampiros para uma eventual batalha, embora o objetivo seja claro de diálogo, tendo, inclusive, duas índias amazônicas.

Mas o melhor do filme ficou por conta mesmo da grande pegadinha quase no final. O diretor conseguiu atiçar a todos em uma grande cena de ação e ao final do momento, quase dá vontade de pedir ao projetista voltar a cena para se ter certeza de que todas as pistas estavam por lá mesmo (pode parecer confuso, mas não contarei o que acontece).

E o final, apesar de não ser brilhante, não deixa a desejar e registra para sempre esta saga que, é amada por muitos e odiada por outros. É o retrato de um capítulo final que não fez feio mas não acrescentou muita coisa. É como um time que ganha um campeonato jogando feio. A vida imita a arte, ora pois.

Imagens:











Trailer:



2 comentários:

  1. Como o texto é longo, cada páragrafo que eu ler vou comentar:
    - o filme mais do que cumpriu o seu papel, é simplesmente maravilhoso! Ou os outros que foram um pouco mornos... mas fecharam com chave de ouro!
    - eu era uma das adolescentes suspirando! apesar de 23 anos nas costas! e eu acho muito gostoso ir no sistema e o público se manifestar, odeio quem fica conversando, mas adoro qdo o publico se envolve a pontos de gritar, suspirar, chorar, etc.
    - com relação a moda do momento é a pura vdd, hj em dia ate harry potter ja entrou no esquecimento, n dou 1 ano pra ngm mais saber quem são os cullen ====((((((
    - lua nova realmente foi um lixo, mas o taylor n é mal ator (vc comprou briga cmg sim hauha)! pelo menos n é pior do que a kristen, apesar que eu assisti recentemente "O Quarto do Pânico" e ela esta ótima!!
    - discordo com o comentário que amanhecer pate I seja o melhor, principalmente pelo modo que expôs o Brasil, pra mim o melhor sem dúvida é o ultimo
    - a cena de sexo realmente é desnecessária, mas o taylor tirando a roupa sempre é necessário
    - O que é essa Mackenzie Foy?? De onde tiraram essa menininha tão linda!!!!! Amei!!!!!!!
    - eu gostei de ter lido seu comentário apesar de discordar de quase tudo por ser fã da série, gostei do blog, vou tentar acompanhar mais =D

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  2. Oi Jow, legal a sua análise, obrigado pelo carinho da lembrança e da amizade e fique com Deus.

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