domingo, 17 de novembro de 2013

Jogos Vorazes - Em Chamas

Jogos Vorazes – Em Chamas (Hunger Games – Catching Fire)


Direção: Francis Lawrence

Ano de produção: 2013

Com: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Woody Harrelson, Sam Caflin, Donald Sutherland, Jena Malone, Jeffrey Wright, Liam Hemsworth, Philip Seymour Hoffman, Lenny Kravitz, Stanley Tucci, Elizabeth Banks, Amanda Plummer.

Gênero: Aventura

Classificação Etária: 14 Anos




“Jogos Vorazes – Em Chamas” deixa a trama mais rica e mais interessante.

            O primeiro Jogos Vorazes estreou nos cinemas no 1º semestre de 2012. Sem fazer muito barulho, não foi exatamente um sucesso comercial, muito se deu pela propaganda negativa que foi feita, sendo anunciada pela Paris Filmes como “o novo Crepúsculo”. Mas, após as críticas positivas e pelo boca-a-boca, o filme foi ganhando a acolhida popular e muitos fãs. A série de livros, “Jogos Vorazes”, também ficou famosa e a escritora, Suzanne Collins, conhecida no mundo inteiro. Outras duas razões que deixaram “Jogos Vorazes” amado e cultuado por muitos: uma foi a estratégia do Netflix em lançá-lo em seu sistema, o que ajudou muito a popularizar a história. E outra razão foi o fundo político por trás da história, afinal, o filme fala de regime um regime totalitário, repressão, manipulação da mídia, arte do espetáculo e a arte do pão e circo.

            Nesse “Em Chamas”, após os acontecimentos do primeiro filme e a vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark no torneio Jogos Vorazes, os Distritos mais pobres e famintos viram na vitória do casal uma forma de esperança e revolta contra a capital. Isso, claro, chama a atenção dos chefões da capital, fundamentalmente do Presidente Snow e de Plutarch Heavensbee, líder nos jogos, que decidem aumentar a repressão nos Distritos e convocar os Jogos, desta vez, com todos os vencedores dos distritos, incluindo Katniss e Peeta, que terão que enfrentar outros vencedores e, consequentemente, participantes teoricamente melhores do que a dupla, dando início aos jogos.

            Mesmo sendo a mesma franquia e, teoricamente, a mesma história, há diferenças cruciais em relação ao primeiro filme: primeiro a expectativa, afinal, ninguém dava nada pelo primeiro filme e fundamentalmente, ninguém conhecia o universo. Segundo o orçamento, que foi exatamente o dobro do anterior, com 140 milhões de dólares contra 70 milhões do primeiro. Com o sucesso, reconhecimento do primeiro e a legião de fãs, era uma expectativa enorme para este aqui e a enorme responsabilidade dos realizadores. Felizmente, o filme não só atende como supera as expectativas.

            Além dos efeitos e das cenas espetaculares de ação, a temática política e do pão e circo não só está presente como está mais intensa e cruel. Há mais repressão, mais totalitarismo, menos romance (embora haja o iminente casamento de fachada entre Peeta e Katniss) e mais fundo político e alegoria com o mundo real (alguém se lembrou dos protestos de junho de 2013 aqui do Brasil?). Há, também, um amadurecimento maior do elenco, fundamentalmente da sempre ótima Jennifer Lawrence. Agora que ela já é uma atriz consagrada, vencedora de Oscar e de talento comprovado, vemos neste filme aqui uma carga dramática maior que a personagem exigia e uma presença maior dela em cena, que aqui, se divide entre moça apaixonada, mulher forte, vencedora idealista e ainda tem que cuidar da família. E ela demonstra, mais uma vez, porque é a atriz do momento em Hollywood.

            O filme ainda conta com um grande elenco de peso, com os veteranos Donald Sutherland, Philip Seymour Hoffman (que infelizmente faleceu no início do ano) e Woody Harrelson, ainda tem Jeffrey Wright e Jena Malone (de “Na Natureza Selvagem”), e até o cantor Lenny Kravitz, como o elitista Cinna está bem.

            Por ser um filme de transição, “Jogos Vorazes – Em Chamas”, não tem uma conclusão e abriu espaço para as próximas continuações, o desfecho que promete ser épico com “Jogos Vorazes – A Esperança”, partes 1 e 2, prometidas para 2014 e 2015. E com tanta adaptação literária ruim, como “Instrumentos Mortais”, “Dezesseis Luas”, “Eragon” e o próprio “Crepúsculo”, não é exagero dizer que “Jogos Vorazes” é a única digna de nota da atualidade. E com fundo político, conteúdo e nos faz pensar, o que raro hoje em dia.
           
Nota: 9,0


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