domingo, 7 de julho de 2013

Guerra Mundial Z

Guerra Mundial Z (World War Z)


Direção: Marc Forster

Ano de Produção: 2013

Com: Brad Pitt, Mireille Enos, Elyes Gabel.

Gênero: Suspense / Ação

Classificação Etária: 14 Anos



Mesmo com um final desastroso, Guerra Mundial Z é um ótimo filme

Não sei todo mundo percebeu, mas Brad Pitt anda fugindo dos chamados Blockbusters e fazendo filmes mais alternativos e sem grande acolhida popular. Tudo bem que ele foi um dos protagonistas da trilogia "Onze Homens e Um Segredo", mas ele dividiu a cena com George Clooney e todas aquelas artimanhas de Steven Soderberg. Mas desde "Tróia", de um distante 2004, ele não encabeçava uma super produção. Mesmo "Sr. e Sra. Smith", em 2005, seu maior sucesso comercial, ele divide as atenções com sua esposa, Angelina Jolie. Mas era pouco para um astro com fama de galã mundial. 

Mas daí que veio o convite do bom diretor Marc Forster (de "007 - Quantum Of Solace") para Pitt protagonizar a adaptação cinematográfica do livro homônimo de Max Brooks, filho de Mel Brooks e tem tudo (e mais um pouco) para mudar tudo isso: "Guerra Mundial Z", desde já dos grandes sucessos de 2013 e deve ser um início de uma trilogia. 

Para quem está de fora, Guerra Mundial Z pode parecer mais um arrasa-quarteirão para faturar milhões, confesso que eu mesmo achei isso antes de vê-lo, mas, assistir Guerra Mundial Z em formato 3D foi daquelas experiências memoráveis no cinema.

Guerra Mundial Z conta a história de Gerry Lane (Pitt), ex-investigador da ONU, que, após presenciar a epidemia e infestação zumbi é convocado pelo governo americano para investigar pelo mundo afora o que está acontecendo e, assim, salvar a humanidade do apocalipse zumbi. De início, Lane fica relutante quanto à missão. mas ele a aceita principalmente para proteger sua família, que está alojada em um navio do governo americano. A trajetória, a luta e as situações tensas e até bizarras passam por Moscou, Jerusalém e Coréia do Sul. 

É engraçado ver a evolução dos zumbis no cinema com o passar dos anos, principalmente no que diz à velocidade. Para quem viu a obra-prima de George Romero, "A Noite dos Mortos-Vivos", de 1968, filme que, aliás, deu essa imagem que temos hoje de zumbis, vai estranhar bastante aqueles serem incrivelmente lentos assistindo agora a incrível rapidez dos mortos-vivos em Guerra Mundial Z.

O filme não perde em nada no que diz ao visual, personagens e roteiro para a ótima e célebre série "The Walking Dead" e consegue ter o mesmo clima sombrio de, por exemplo, "Madrugada dos Mortos", de Zack Snyder (diretor de "Homem de Aço"), o uso do 3D tá muito caprichado, principalmente porque a profundidade exigida desta tecnologia em 3 dimensões é um ponto participativo da história e faz todo o sentido quando vemos as sequências espetaculares, corridas e tensas com os mortos-vivos (quem não se assustar com a primeira visão de Lane de um zumbi, no terraço de um prédio, pode procurar um hospital) e que valeram (e muito) o ingresso. As sequências em Jerusalém e aquela dentro do avião (no melhor momento do filme) são de arrepiar o braço na poltrona e é impossível não sentir uma pontada de angústia (no bom sentido) na cena, perto do desfecho, do laboratório na busca pela cura. 

Como nada nessa vida é perfeito, o final (que não contarei aqui) é tudo aquilo que o filme não é: sentimental, politicamente correto e manipulador. Uma pena. E pensar que a Paramount, estúdio responsável pela produção e distribuição do filme, refez o final e deu 3 mudanças no roteiro. 

Decididamente, os engravatados de Hollywood não sabem nada de cinema.


Nota: 8,5




Imagens:








Trailer:





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