Em 2001, a animação
Shrek, da DreamWorks estreou e foi um grande fenômeno de bilheteria, só
perdendo, naquele ano, para Harry Potter e a Pedra Filosofal e fez o que
parecia impossível: desafiar a primazia da Disney.
Por alguns anos seguintes, o período das férias escolares
sempre continha animações dos dois estúdios e ambas disputavam a atenção do
público e decidiam quem sairia vitoriosa.
A DreamWorks
ainda está aí, embora em parceria com a Fox, mas, desde 2010, surgiu um novo
estúdio que está se consolidando no mercado e que, aos poucos, vai deixando a sua
marca: a Illumination Entertainment, responsável por Meu Malvado Favorito e Minions.
E com o sucesso estrondoso desta franquia, o estúdio agora está arriscando
novos ares, que é o caso de Pets – A Vida Secreta dos Bichos, uma animação
original, apesar de conter várias referências externas, inclusive da própria
Pixar com Toy Story.
Se a
trilogia da Disney/Pixar focava nos brinquedos e no que eles faziam quando seus
donos se ausentassem, aqui é mostrado o que os animais fazem quando seus donos
estão fora. Quem nunca pensou nisso? É um assunto tão óbvio e tão difícil ao
mesmo tempo.
O protagonista
é o cãozinho Max e o filme começa mostrando sua relação com a dona, Katie e com
os “vizinhos”, no caso, os outros animais.
A
relação entre Max e Katie é abalada pela chegada de Duke, um cachorro vira-lata
que estava em um canil e, de início, não tem bons modos e começa a nascer uma
rivalidade, mas que pode ser prejudicial a ambos...
Conforme
Pets – A Vida Secreta dos Bichos vai evoluindo, somos apresentados a vários
personagens e situações, também somos apresentados à magnitude da Big Apple e tanto
os trailers quanto o material promocional acertaram em entregar apenas o início
do filme: há várias camadas a serem descobertas e embora não tenha aquele ponto
de reflexão que Toy Story tinha, por exemplo, diverte muito.
Essa pode ser uma diferença entre a Illumination e a
Pixar, na qual uma realiza animações mais reflexivas e algumas capazes de fazer
a platéia ir às lágrimas, a outra tem a intenção de divertir a platéia. E quem sai
ganhando é o espectador.
Mas em uma coisa a Illumination aprendeu com a Pixar: que
é em fazer personagens cativantes e em colocar easter eggs de seu universo em
suas animações: aqui, há várias referências a Meu Malvado Favorito, Minions e a
Sing, próximo lançamento do estúdio previsto para o final do ano.
Quanto aos personagens, não há como não se envolver com
eles e possivelmente virarão moda, brinquedos e action figures. Quem não quer
um Max ou Gigi para casa?
Pets – A Vida Secreta dos Bichos foi das maiores bilheterias
do verão americano, custou 75 milhões e já faturou mais de 700 (em valores
relativos, rendeu mais do que Procurando Dory) e a continuação já foi
confirmada. E o sucesso é merecido.
Pets tinha muito material e conteúdo para ser algo
dramático e fazer a platéia pensar, mas que foi pelo caminho do entretenimento,
o que não é nenhum demérito, afinal, não vamos ao cinema para se divertir?
Nota: 9,0
Nenhum comentário:
Postar um comentário