10- Thor 2 – O mundo sombrio
Após um primeiro filme muito
irregular, muito por culpa do estúdio, o deus do trovão da Marvel ganha um
filme à sua altura. “Thor 2 – O mundo sombrio” consegue unir a seriedade da
história, a seriedade do personagem, o mundo da Terra com o mundo de Asgard, os
alívios cômicos e ainda com cenas de ação espetaculares. E olha que isso é
muito difícil de conseguir. E ainda com um elenco muito afiado, principalmente
o elenco de apoio. E não estranhe se vier uma parte 3.
9 – Jogos Vorazes –
Em chamas
Duas coisas mudaram em relação ao primeiro
filme: o orçamento e a expectativa. Com o sucesso muito inesperado do primeiro
filme, o estúdio dobrou o orçamento para “Em Chamas” e pôde explorar muito mais
as qualidades do livro. E dá para dizer que o filme superou as expectativas:
muito mais profundo, com cenas muito melhores amarradas e com as metáforas da
cultura do pão e circo e da repressão política ainda mais vivas.
8 – Truque de mestre
Foi a grande surpresa do verão
americano deste ano. Chegou sem fazer barulho em meio a grandes promessas como
“Homem de Aço” e “Homem de Ferro 3”. Mas quem presenciou a história dos
ilusionistas que praticam alguns assaltos como “Robin Wood” não se arrependeu.
Truque de Mestre é extremamente ágil, inteligente e mágico (sem trocadilhos!).
E ainda tem um elenco só com ator legal. É tanto ator bom que parece um filme
de Christopher Nolan. Tanto pelos atores como pelo ritmo também. Um filme que
consegue unir, no mesmo elenco, Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Mélanie
Laurent e os veteranos Michael Caine e Morgan Freeman não merece ser
descartado.
7 – Terapia de Risco
Ao realizar “Terapia de Risco”, o
diretor Steven Soderberg anunciou aposentadoria. Uma pena, mas ainda apreciamos
seu último (?) filme. Terapia de Risco é um grande exercício psicológico, capaz
de promover um debate por suas questões abordadas e ainda conta com um
excelente desempenho da Rooney Mara, em seu melhor papel desde “Millennium”.
Não deixe de prestar atenção nas duas reviravoltas: uma na metade, que é o clímax
do filme, e outra no final. Seus olhos não vão acreditar.
6 – Detona Ralph
Estávamos carentes de bons filmes
sobre a cultura dos videogames. Com tantas adaptações cinematográficas
horrorosas, como “Tomb Raider”, com a Angelina Jolie e a franquia “Resident
Evil”, estava difícil acreditar que ainda lançassem um filme digno de nota
baseado em games. Mas, nada como quebrar a cara e, logo na primeira semana do
ano, a Disney nos agracia com “Detona Ralph”, essa animação arrasadora sobre o
universo dos games. Além de explorar de forma honesta muitas franquias
conhecidas dos gamers, “Detona Ralph” ainda tem uma linda amizade entre o Ralph
do título e a irresistível garota Vanellope e nos faz relembrar a magia do
cinema, que anda esquecida nos últimos anos. De forma injusta, “Detona Ralph”
perdeu o Oscar de Animação para “Valente, da Pixar.
5 – Django Livre
Em todo início do ano é aberta a
temporada de premiações, são aqueles filmes considerados pela crítica como os
melhores do ano, são os chamados “filmes do Oscar”. E logo no começo do ano
estreou “Django Livre”. O 8º filme da carreira premiada de Quentin Tarantino e
uma deliciosa releitura da história sobre o período da escravidão negra. Tanto
aqui, como em “Bastardos Inglórios”, Tarantino não teve medo de ousar e criar
fatos históricos de acordo com seu ponto de vista. E diverte muito o público.
“Django Livre” saiu com 2 Oscars: Melhor Roteiro Original e Ator Coadjuvante
para Christoph Waltz.
4 – Amor
“Amor” é o típico filme para quem
gosta realmente de cinema, e, fundamentalmente, o cinema mais alternativo longe
do circuito comercial. Aqui, temos um drama muito bonito sobre velhice e vida a
dois. Todo o filme se passa apenas dentro do apartamento. E não cansa. Michael
Haneke muda o tom de sua narrativa: deixa de lado o clima perturbador de
“Cache” e investe mais em relações humanas. “Amor” venceu a Palma de Ouro no
Festival de Cannes e venceu o Oscar e o Globo de Ouro de Filme Estrangeiro.
Além de ter sido indicado para Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Atriz para
Emmanuelle Riva.
3 – A hora mais
escura
Foi uma pena que este filme tenha
ido mal nas bilheterias. Assim como o filme anterior da Kathryn Bigelow, o
premiado “Guerra ao Terror”, “A hora mais escura” opta por uma trama mais
densa, quase desprovida até de diálogos deixando as interpretações para a
platéia. Este é um filme quase documental sobre a captura do terrorista Osama
Bin Laden e a trajetória de uma mulher nessa missão muito arriscada que poderia
ou não definir o futuro de seu país. E o filme não toma partido de nada, não há
heróis ou mocinhos. Apenas seres humanos e puramente humanos. E ainda com uma
atuação sensacional da sempre ótima Jessica Chastain, indicada ao Oscar pelo
papel.
2 – O Lado Bom da
Vida
Foi um filme-evento entre os
indicados ao Oscar deste ano. E também o mais pop. “O lado bom da vida”
consegue aquilo que “Juno” conseguiu há 5 anos: ser uma comédia deliciosa, um
drama muito consistente, um elenco com atores ligados um no outro e uma
história tão inteligente que parece vida real. Loucura, lucidez e muitas
surtadas da Jennifer Lawrence e do Bradley Cooper. E ainda com uma irresistível
seqüência de dança próxima do desfecho. O filme foi o grande vencedor do Oscar
de 2013 de Melhor Atriz para Jennifer Lawrence e ainda conseguiu 2 feitos que
há tempos não se via: ser indicado em todas as categorias de atuação: Ator,
Atriz, Ator Coadjuvante e Atriz Coadjuvante. Isso não se via desde “Reds”, em
1982. E, também, de ser indicado ao chamado “Super cinco”: Filme, Direção,
Ator, Atriz e Roteiro. Isso não ocorre desde 2005 com “Menina de Ouro”.
1 – Gravidade
Quantos filmes deste ano, 2013,
serão lembrados para a história? Pouquíssimos. É impossível prever o futuro,
mas, dá para arriscar que, “Gravidade”, de Alfonso Cuarón, será sempre lembrado
sim, como um filme poderoso e importante para o cinema. Há tempos não se via
uma obra tão contundente sobre o gênero espaço. Em um filme que te deixa tenso,
a cada rumo ou mudança da história e da nossa protagonista. Estávamos carentes
de filmes como “Gravidade” por causa das manias fúteis da Hollywood atual.
São 90 minutos acompanhando a angústia da
sobrevivência da Dra. Ryan Stone, personagem da Sandra Bullock. E quase 100% do
filme é só ela na tela. Este é o melhor papel da história da Sandra Bullock, um
papel realmente de entrega e longe de algumas mocinhas em que ela está
acostumada a fazer. Mesmo seu papel por “Um Sonho Possível”, que lhe rendeu o
Oscar, não foi tão exigente em sua carreira. Arrisco dizer que, se Bullock
perder o Oscar de Atriz, será marmelada.
E o que dizer da técnica? Absolutamente perfeita.
Dos efeitos delicados, ao som magnífico e com o melhor uso da tecnologia 3D da
história, junto com “Avatar” e “A Invenção de Hugo Cabret”. E “Gravidade”
também surge como favorito para Efeitos Especiais, que, também, se não vier a
estatueta, é marmelada.
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