quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Retrospectiva 2013_Os melhores filmes do ano



10- Thor 2 – O mundo sombrio


            Após um primeiro filme muito irregular, muito por culpa do estúdio, o deus do trovão da Marvel ganha um filme à sua altura. “Thor 2 – O mundo sombrio” consegue unir a seriedade da história, a seriedade do personagem, o mundo da Terra com o mundo de Asgard, os alívios cômicos e ainda com cenas de ação espetaculares. E olha que isso é muito difícil de conseguir. E ainda com um elenco muito afiado, principalmente o elenco de apoio. E não estranhe se vier uma parte 3.






9 – Jogos Vorazes – Em chamas

Duas coisas mudaram em relação ao primeiro filme: o orçamento e a expectativa. Com o sucesso muito inesperado do primeiro filme, o estúdio dobrou o orçamento para “Em Chamas” e pôde explorar muito mais as qualidades do livro. E dá para dizer que o filme superou as expectativas: muito mais profundo, com cenas muito melhores amarradas e com as metáforas da cultura do pão e circo e da repressão política ainda mais vivas.






8 – Truque de mestre

            Foi a grande surpresa do verão americano deste ano. Chegou sem fazer barulho em meio a grandes promessas como “Homem de Aço” e “Homem de Ferro 3”. Mas quem presenciou a história dos ilusionistas que praticam alguns assaltos como “Robin Wood” não se arrependeu. Truque de Mestre é extremamente ágil, inteligente e mágico (sem trocadilhos!). E ainda tem um elenco só com ator legal. É tanto ator bom que parece um filme de Christopher Nolan. Tanto pelos atores como pelo ritmo também. Um filme que consegue unir, no mesmo elenco, Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Mélanie Laurent e os veteranos Michael Caine e Morgan Freeman não merece ser descartado.






7 – Terapia de Risco

            Ao realizar “Terapia de Risco”, o diretor Steven Soderberg anunciou aposentadoria. Uma pena, mas ainda apreciamos seu último (?) filme. Terapia de Risco é um grande exercício psicológico, capaz de promover um debate por suas questões abordadas e ainda conta com um excelente desempenho da Rooney Mara, em seu melhor papel desde “Millennium”. Não deixe de prestar atenção nas duas reviravoltas: uma na metade, que é o clímax do filme, e outra no final. Seus olhos não vão acreditar.






6 – Detona Ralph

            Estávamos carentes de bons filmes sobre a cultura dos videogames. Com tantas adaptações cinematográficas horrorosas, como “Tomb Raider”, com a Angelina Jolie e a franquia “Resident Evil”, estava difícil acreditar que ainda lançassem um filme digno de nota baseado em games. Mas, nada como quebrar a cara e, logo na primeira semana do ano, a Disney nos agracia com “Detona Ralph”, essa animação arrasadora sobre o universo dos games. Além de explorar de forma honesta muitas franquias conhecidas dos gamers, “Detona Ralph” ainda tem uma linda amizade entre o Ralph do título e a irresistível garota Vanellope e nos faz relembrar a magia do cinema, que anda esquecida nos últimos anos. De forma injusta, “Detona Ralph” perdeu o Oscar de Animação para “Valente, da Pixar.






5 – Django Livre

            Em todo início do ano é aberta a temporada de premiações, são aqueles filmes considerados pela crítica como os melhores do ano, são os chamados “filmes do Oscar”. E logo no começo do ano estreou “Django Livre”. O 8º filme da carreira premiada de Quentin Tarantino e uma deliciosa releitura da história sobre o período da escravidão negra. Tanto aqui, como em “Bastardos Inglórios”, Tarantino não teve medo de ousar e criar fatos históricos de acordo com seu ponto de vista. E diverte muito o público. “Django Livre” saiu com 2 Oscars: Melhor Roteiro Original e Ator Coadjuvante para Christoph Waltz.






4 – Amor

            “Amor” é o típico filme para quem gosta realmente de cinema, e, fundamentalmente, o cinema mais alternativo longe do circuito comercial. Aqui, temos um drama muito bonito sobre velhice e vida a dois. Todo o filme se passa apenas dentro do apartamento. E não cansa. Michael Haneke muda o tom de sua narrativa: deixa de lado o clima perturbador de “Cache” e investe mais em relações humanas. “Amor” venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes e venceu o Oscar e o Globo de Ouro de Filme Estrangeiro. Além de ter sido indicado para Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Atriz para Emmanuelle Riva.






3 – A hora mais escura

            Foi uma pena que este filme tenha ido mal nas bilheterias. Assim como o filme anterior da Kathryn Bigelow, o premiado “Guerra ao Terror”, “A hora mais escura” opta por uma trama mais densa, quase desprovida até de diálogos deixando as interpretações para a platéia. Este é um filme quase documental sobre a captura do terrorista Osama Bin Laden e a trajetória de uma mulher nessa missão muito arriscada que poderia ou não definir o futuro de seu país. E o filme não toma partido de nada, não há heróis ou mocinhos. Apenas seres humanos e puramente humanos. E ainda com uma atuação sensacional da sempre ótima Jessica Chastain, indicada ao Oscar pelo papel.






2 – O Lado Bom da Vida

            Foi um filme-evento entre os indicados ao Oscar deste ano. E também o mais pop. “O lado bom da vida” consegue aquilo que “Juno” conseguiu há 5 anos: ser uma comédia deliciosa, um drama muito consistente, um elenco com atores ligados um no outro e uma história tão inteligente que parece vida real. Loucura, lucidez e muitas surtadas da Jennifer Lawrence e do Bradley Cooper. E ainda com uma irresistível seqüência de dança próxima do desfecho. O filme foi o grande vencedor do Oscar de 2013 de Melhor Atriz para Jennifer Lawrence e ainda conseguiu 2 feitos que há tempos não se via: ser indicado em todas as categorias de atuação: Ator, Atriz, Ator Coadjuvante e Atriz Coadjuvante. Isso não se via desde “Reds”, em 1982. E, também, de ser indicado ao chamado “Super cinco”: Filme, Direção, Ator, Atriz e Roteiro. Isso não ocorre desde 2005 com “Menina de Ouro”.






1 – Gravidade

            Quantos filmes deste ano, 2013, serão lembrados para a história? Pouquíssimos. É impossível prever o futuro, mas, dá para arriscar que, “Gravidade”, de Alfonso Cuarón, será sempre lembrado sim, como um filme poderoso e importante para o cinema. Há tempos não se via uma obra tão contundente sobre o gênero espaço. Em um filme que te deixa tenso, a cada rumo ou mudança da história e da nossa protagonista. Estávamos carentes de filmes como “Gravidade” por causa das manias fúteis da Hollywood atual.
São 90 minutos acompanhando a angústia da sobrevivência da Dra. Ryan Stone, personagem da Sandra Bullock. E quase 100% do filme é só ela na tela. Este é o melhor papel da história da Sandra Bullock, um papel realmente de entrega e longe de algumas mocinhas em que ela está acostumada a fazer. Mesmo seu papel por “Um Sonho Possível”, que lhe rendeu o Oscar, não foi tão exigente em sua carreira. Arrisco dizer que, se Bullock perder o Oscar de Atriz, será marmelada.
E o que dizer da técnica? Absolutamente perfeita. Dos efeitos delicados, ao som magnífico e com o melhor uso da tecnologia 3D da história, junto com “Avatar” e “A Invenção de Hugo Cabret”. E “Gravidade” também surge como favorito para Efeitos Especiais, que, também, se não vier a estatueta, é marmelada.




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