Transcendence – A revolução (Transcendence)
Direção: Wally Pfister
Ano de produção: 2014
Com: Johnny Deep, Rebecca Hall, Paul
Bettany, Kate Mara, Cillian Murphy, Morgan Freeman.
Gênero: Ficção Científica
Classificação Etária: 14 Anos
‘Transcendence’
é muito engenho para pouco cinema
Johnny Deep é dos atores mais respeitados de Hollywood.
Seu jeito mais descolado e carismático encantou o mundo e o fez conquistar o
carinho de muita gente e muitos críticos o chama de “camaleão”, pois ele sempre
se arrisca em papéis diferentes e intercala sua célebre carreira entre os
arrasa-quarteirões e alguns filmes feitos mais para os críticos e premiações.
Hoje, em 2014, ele ainda é muito famoso, obviamente, e
dos atores mais bem pagos da atual geração, mas, já faz 3 anos que ele emenda
um fracasso atrás do outro. Fracasso, aliás, não só de público, mas de crítica
também. Até onde a memória alcança, seu último sucesso foi ‘Alice no país das
maravilhas’ e ele nem é o protagonista. E não devemos esquecer que o filme foi
detonado pelos críticos.
Seus últimos trabalhos foram algumas pérolas como ‘O
Turista’, com a Angelina Jolie e ‘Sombras da noite’, com seu eterno parceiro
cineasta, Tim Burton. Os dois foram um fracasso de tudo e se deram muito mal,
mas, nada se compara ao desastre que foi ‘O cavaleiro solitário’, em 2013. O
filme tem a mesma equipe de ‘Piratas do Caribe’ e estreou como um grande
blockbuster de verão e promessa de sucesso e franquia, mas, com o enorme
fracasso que foi (o filme custou astronômicos 250 milhões de dólares e faturou
menos de 30 na estréia) e só não deixou a Disney no vermelho porque esta é uma
empresa milionária, além de o filme ser muito ruim.
E neste ano, Deep muda novamente de ares e encara uma
ficção científica, ‘Transcendence – A Revolução’. Outro filme que tinha grande
potencial, mas praticamente ninguém viu nos cinemas, embora não seja de todo o
mal.
Na história, Deep interpreta Will Caster, um pesquisador
sobre inteligência artificial. Ele está trabalhando na construção de uma
máquina que interpreta todo o tipo de emoção humana. Ele é casado com a também
pesquisadora e defensora de causas ambientais, Evelyn (Rebecca Hall). Will sofre
um atentado e só não morre pois volta em forma de inteligência artificial. Depois
disso, sua consciência começa a traçar planos mirabolantes para o
desenvolvimento da humanidade.
A Ficção Científica é um gênero poderoso. É possível
deixar a imaginação rolar e dissertar por assuntos que vão além da compreensão
humana. E ‘Transcendence – A Revolução’, tem uma história interessantíssima que
poderia ser objeto de estudo e poderia sim, se tornar um grande clássico do
gênero. O problema é que o roteiro só toma decisões erradas a cada minuto. A questão
da Inteligência Artificial é mal explicada e praticamente jogada na tela, tudo
acontece de forma tão rápida e superficial que pode confundir a plateia.
Johnny Deep está péssimo no papel. Na verdade, tem-se a
impressão que ele está mais robótico como ser humano do que como Inteligência
Artificial.
É impressionante como ele perdeu a mão da atuação. Talvez
não por culpa dele, mas, possivelmente por pressão de agente. Talvez uma troca
de agente não faria mal a um ator do porte de Deep.
O elenco de apoio até se esforça. Rebecca Hall faz o que
pode para viver a esposa e neurocientista dedicada. Em certo ponto da história
ela se torna até a protagonista, em especial no segundo ato. O antagonista,
Paul Bettany, que parece que só faz um tipo de papel, é um ponto importante da
história e rivaliza com Will pelas pesquisas neurocientíficas e os rumos da
história dependem da ambição e arrogância desse personagem. Outros ótimos
atores, Morgan Freeman, Cillian Murphy e Kate Mara pouco podem fazer com seus
papéis restritos.
Embora o filme tenha efeitos especiais de gosto duvidoso,
plasticamente está muito bonito. Fruto da direção do Diretor de Fotografia de
Christopher Nolan, Wally Pfister, que até se esforça e tenta entregar um filme
bacana, mas, como fotógrafo, ainda tem muito o que aprender com direção de
atores, mas, que pode sim, ser um nome importante em Hollywood e um bom
padrinho como Nolan pode ser fundamental. Fica para a próxima.
Nota:
7,0
Imagens:
Trailer:
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