Os 10
melhores filmes de terror da história:
10 – Carrie – A Estranha (Carrie)
Direção: Brian de Palma
Ano de produção: 1976
Com: Sissy Spacek, Piper Laurie, John
Travolta, Amy Irving, Nancy Allen
Classificação Etária: 16 Anos
Carrie
– A Estranha, de Brian de Palma, foi a primeira adaptação para o cinema de uma
obra de Stephen King e também dos primeiros filmes de Brian. Em uma época que
Hollywood estava em alta com o cinema de autor, de Palma enxergou na obra de
King algo a mais além do terror sobrenatural, que foi algo vigoroso e uma
história que ultrapassaria o real com o fantasioso. É quase uma fábula, mas, ao
mesmo tempo, não deixa de ser uma história real. Afinal, o Bullying sofrido
pela protagonista pode acontecer com qualquer um. Com uma atuação primorosa de
Sissy Spacek, inclusive, indicada ao Oscar pelo papel, Carrie – A Estranha
abriu, com estilo, a safra de obras de Stephen King no cinema. E com as
seqüências próximas do final absolutamente inesquecíveis.
O
péssimo remake que teve em 2013, estrelado por Chloe Grace Moretz, não anula o
impacto que o clássico de 1976 ainda provoca.
9 – A Profecia (The
Omen)
Direção:
Richard Donner
Ano de produção: 1976
Com: Gregory Peck, Lee Remick, David
Warner
Classificação Etária: 16 Anos
Antes
de o diretor Richard Donner ficar conhecido pela franquia ‘Máquina Mortífera’ e
dois anos antes de ele dirigir a primeira aventura do Super-Homem, ele fez um
filme de terror que ficou com a fama de maldito. Além da história que dá medo
até hoje, sobre uma criança possuída, esse ‘A Profecia’ ainda é cercado por
lendas urbanas, mas nenhuma se compara ao voo para Israel que o ator Gregory
Peck cancelou na última hora e o avião sofreu um acidente e todos que estavam a
bordo, morreram. É de arrepiar a espinha.
8 – A hora do pesadelo (A nightmare on Elm Street)
Direção: Wes Craven
Ano de produção: 1984
Com:
Robert Englund, Heather Langenkamp, John Saxon, Johnny Deep
Classificação Etária: 14 Anos
De
todos os filmes desta lista, esse ‘A hora do pesadelo’ é o que tem a melhor
ideia. Colocar um serial killer que mata sua vítima durante o sono parecia
impensável além de causar mais medo, afinal, é impossível deixar de dormir.
Com
30 anos de seu lançamento, esse filme foi responsável por tirar o sono de muita
gente (sem trocadilhos!), salvou a New Line Cinema do buraco, pois foi um
sucesso extraordinário. Custou menos de 2 milhões de dólares e faturou mais de
25 milhões ao redor do mundo. E foi o primeiro filme da carreira de Johnny
Deep.
A Hora
do Pesadelo gerou fãs e moda. E virou uma franquia. Foram mais 6 continuações,
além de um reboot desnecessário em 2010. Muita gente questiona a qualidade das
continuações. Todas foram um sucesso, mas, nenhuma não teve nem de longe o
impacto do filme original de 1984.
Está
longe de ser um terror sutil, mas, para um filme que faz o espectador ficar
arrepiado com criancinhas pulando corda com a música clássica: “um dois, Freddy
vem te pegar”, merece receber o status de clássico.
7 – Poltergeist – O Fenômeno (Poltergeist)
Direção: Tobe Hopper
Ano de produção: 1982
Com:
Craig T. Nelson, JoBeth Williams, Beatrice Straight.
Classificação Etária: 14 Anos
Apesar de ter como diretor Tobe Hopper, ‘Poltergeist – O
Fenômeno’ é um filme de Steven Spielberg. Ele foi o roteirista, produtor e deu
a palavra final para a realização do filme. e assistindo-o, é notável que,
mesmo sendo um filme de terror, é sim, uma obra de Spielberg, seja pela música
ou pela direção de Arte.
A história do espírito que seqüestra uma garota pela
televisão é atemporal, já foi plagiada, mas jamais superada.
E assim como muitos filmes de terror, este gerou
continuações de gosto duvidoso que não chegam nem perto do original
6 - Alien – O 8º Passageiro
Direção: Ridley Scott
Ano de produção: 1979
Com: Sigourney Weaver, John Hurt.
Classificação Etária: 16 Anos
NO ESPAÇO, NINGUÉM PODE OUVIR VOCÊ GRITAR. Sim, com esse
slogan o filme foi anunciado no final dos anos 70 para exatamente dar um clima
do que vivia.
Alien não é só dos melhores filmes de terror e ficção
científica do cinema, mas trouxe das pouquíssimas mulheres protagonistas num
filme denso desses, virou referência, transformou a cientista Ripley (Weaver)
como símbolo de resistência feminina e usou a mesma técnica de Spielberg em
Tubarão: esconder o monstro e deixar para a própria platéia tomar suas
decisões. E assusta muito.
Teve mais 3 continuações: “Aliens: O Resgate”, “Alien 3”
e “Alien – A Ressurreição”. Mas, nenhuma teve o impacto que “O 8º passageiro
ainda provoca.
5 – O Bebê de Rosemary (Rosemary´s Baby)
Direção: Roman Polanski
Ano de produção: 1968
Com: Mia Farrow, John Cassavettes,
Ruth Gordon.
Classificação Etária: 16 Anos
Com
o intuito de esconder o terror proposto pelo longa, Roman Polanski foi além:
para quem consome só as imagens, não há nada que declare que O Bebê de Rosemary
seja um filme de terror. Mas, para quem presta atenção nos diálogos e na
história, está se deparando com um dos melhores do gênero. Perturbador e
psicológico, o filme gerou polêmica pelo satanismo e idéia de a mulher dar a
luz ao próprio capeta. Anos à frente de seu tempo, O Bebê de Rosemary é copiado
e cultuado até hoje. O filme venceu o Oscar de Atriz Coadjuvante para Ruth
Gordon. Mas, o maior trunfo do filme, que é o papel de Mia Farrow, nem sequer
foi indicado. Vai entender.
4 – O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs)
Direção: Jonathan Demme
Ano de produção: 1991
Com:
Jodie Foster, Anthony Hopkins, Scott Gleen.
Classificação Etária: 16 Anos
Muito filme de terror por aí quer assustar a platéia por
meios, digamos, sensacionalista. Excessos, excessos e mais excessos. E, na
maioria dos casos, não mete medo nenhum. Então, para quê gastar tanto dinheiro
e sangue em terror desnecessário? Pois bem, assistindo a “O Silêncio dos
Inocentes”, fiquei pensando: não adianta gastar tempo e dinheiro com tantas
coisas mirabolantes se dá para meter muito medo na platéia só com o olhar frio
e calculista de Hannibal Lecter? E ainda, um filme que praticamente “não mostra
nada” de explícito e provoca, até hoje, calafrios na platéia. Tudo isso se deve
a muita competência e talento de todos os envolvidos. ‘O Silêncio dos Inocentes’
é um dos melhores filmes de serial killer da história. Gerou fãs, cultura e
continuações. Os três filmes seguintes, “Hannibal”, de 2001, “Dragão Vermelho”,
de 2002 e “Hannibal – A Origem do Mal, de 2007 não chegam nem aos pés de ‘O
Silêncio dos Inocentes’. O filme foi o grande vencedor do Oscar de 1992, venceu
nas categorias de Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Ator (Hopkins) e Atriz
(Foster). Além de vencer nas 5 categorias do chamado ”super 5”, o fato de um
filme de terror ter tanto prestígio e reconhecimento em uma premiação como o
Oscar, torna “O Silêncio dos Inocentes” como único.
3 – O Exorcista (The Exorcist)
Direção: William Friedkin
Ano de produção: 1973
Com:
Linda Blair, Ellen Burstyn, Max Von Sydow, Jason Miller.
Classificação
Etária: 18 Anos
Quando se fala em filme de terror que assusta, qual é o
primeiro nome que vem à cabeça? Imagino que, para muitos, o nome será O
Exorcista. Sim, já com mais de 40 anos de seu lançamento, várias continuações e
reboots. Todos horrorosos. E com diversas paródias, é impressionante como nada
disso anula o efeito que O Exorcista ainda emite. Não existe nenhum outro filme
do gênero com tantas histórias malditas relacionadas em si. Nas filmagens, 8
pessoas morreram, muitos feridos, inclusive atores e o filme quase não foi
lançado. Os filmes seguintes, “Exorcista 2 – O Herege”, “Exorcista 3” e O
“Exorcista – O Início” foram todos um fiasco de bilheteria e ambos foram
detonados pelos críticos. Linda Blair, a atriz que faz a menina possuída pelo
demônio, Regan, nunca mais fez nada de bom no cinema. Nas seções do filme aqui
no Brasil, tinham até paramédicos na porta do cinema, pois o número de pessoas
que passavam mal era intenso.
O filme venceu 2 Oscars, de Som e Roteiro
Adaptado. Mas merecia mais, principalmente o Oscar de Atriz Coadjuvante para
Linda Blair.
Amado
pelos fãs de terror, odiado pelos mais conservadores, é impossível assistir a ‘O
Exorcista’ com indiferença.
2 – O Iluminado (The
Shinning)
Direção:
Stanley Kubrick
Ano de produção: 1980
Com: Jack Nicholson, Shelley Duvall,
Danny Lloyd.
Classificação Etária: 16 Anos
Dentre todas as adaptações para o cinema de livro do
Stephen King, “O Iluminado” é, de longe, a mais polêmica. Na época do
lançamento, o filme foi destruído pela crítica, apesar de ter ido bem de
bilheteria. Dentre as alegações dos críticos, estavam os que falavam mal do
papel de Wendy, a esposa do protagonista, ou do próprio papel de Nicholson.
Falaram mal até da Direção de Arte, principalmente no que diz à imagem límpida
e dos cenários, de certa forma, belos. Até a escolha de Kubrick para dirigir
foi alvo de críticas. Era a última coisa que se esperava de um diretor com fama
de intelectual. Mas, nada como o tempo para curar tudo. O Iluminado se tornou
não só um grande clássico de terror, como um dos melhores filmes da história,
mas, também, uma grande aula de como gerar um clima e eternizar os personagens
para sempre. Há seqüências históricas, como aquela mostrada no trailer, da tela
banhada de sangue, e, claro, da famosa “Aí vem o Johnny”, que é copiada até
hoje e jamais superada. Kubrick tomou a liberdade de alterar muita coisa do
livro, o que gerou polêmica. Mas, ao meu ver, isso deve ser visto de forma
positiva, afinal, é uma nova forma e ponto de vista de enxergar a mesma arte. O
próprio King odiou o filme. Outra injustiça, pois O Iluminado ajudou a tornar o
nome do autor ainda mais popular.
Há filmes que assustam com uma cena, um momento, mas, no
caso de O Iluminado, o filme te faz pular da cadeira, só com um letreiro que
diz “TERÇA-FEIRA” em letras garrafais e com um acorde no fundo. E também te faz
se assustar com uma simples foto, que é o final do filme, que não contarei
aqui.
São idéias únicas que só poderiam ter saído da cabeça de
Kubrick. Que tinha muito de louco e genial ao mesmo tempo.
1 – Psicose (Psycho)
Direção: Alfred Hitchcock
Ano de produção: 1960
Com:
Anthony Perkins, Janet Leigh, Vera Miles, John Gavin, Martin Balsam
Classificação Etária: 14 Anos
No início de 2013, saiu o filme ‘Hitchcock’, que mostra
os bastidores de ‘Psicose’ e a obsessão do cineasta em tocar a obra para
frente. Afinal, ninguém botava fé que aquilo daria certo, principalmente por
matar a mocinha na metade do filme, naquela cena icônica do assassinato no
chuveiro ao som de um acorde eternizado. Para alguns, na verdade, a cena é mais
famosa do que o próprio Psicose. Grande injustiça. Psicose não é só o número 1
dessa lista como O MELHOR FILME DE TERROR DA HISTÓRIA, mas mostra que grandes
filmes nunca ficam datados, e, conseqüentemente, não morrem com o tempo. Psicose
também quebrou os paradigmas de sua protagonista, não só por ela morrer na
metade do filme, que é uma ousadia tão peculiar que ninguém usa até hoje, mas
que ela não é necessariamente boazinha. Afinal, Marion (a mocinha em questão), rouba
de seu chefe, a quantia de 40 mil dólares e foge até encontrar o Motel Bates na
estrada. E do que dizer do vilão? Norman Bates, dos maiores e mais
perturbadores seriais killers da história. Seu rosto frio e sorriso manipulador
provocam calafrios até hoje, 54 anos do lançamento do filme.
Como muita coisa na vida é injusto, Psicose não levou
nenhum Oscar. Aliás, Hitchcock jamais venceu um Oscar na carreira, exceto seu
Oscar Honorário em 1968.
Após esse clássico, todas as continuações, produtos e
qualquer coisa relacionada à Psicose, resultaram em grandes fiascos e
fracassos, principalmente o “Psicose” de 1998 de Gus Van Sant, que fez uma “xerox”
do filme de 1960 e fez, quadro a quadro o filme original, como homenagem a
Hitchcock. Mas o resultado foi desastroso. Já pela escolha do elenco e pelo
fato de o filme não ter clima nem empatia. O resultado foi péssimo e de muitas
indicações ao troféu Framboesa de Ouro em 1999, inclusive o prêmio de pior
diretor para Gus Van Sant.
Recentemente, porém, a coisa mudou um pouco. As
homenagens ao mestre foram muito bem sucedidas e ótimas de se ver. Primeiro com
o filme feito pela HBO, “A Garota”, sobre os bastidores do clássico “Os
Pássaros”. Depois, como já citado, o filme Hitchcock, com Anthony Hopkins no
papel principal e Scarlett Johansson como Marion. Mas nada se comparou com a
série do canal Universal, Bates Motel, que encerrou sua 2ª temporada
recentemente e a terceira logo vem aí. Originalíssima, ousada e que valorizou,
fundamentalmente, o elenco, que tem, tanto a veterana Vera Farmiga como a mãe
do vilão, como também Freddie Highmore como o Norman Bates, com destaque para a
ótima estreante, Olivia Cookie, como a doce Emma, primeira namorada do serial
killer.
Uma obra qualquer, seja filme ou série, que vire fenômeno
pop já é algo difícil. Mas, se tornar um fenômeno 5 décadas depois, umas duas
gerações depois e sempre ser citado é coisa que, não só poucos conseguem, como
só quem é excessivamente bom é lembrado e citado como gênio. Um gênio chamado
Alfred Hitchcock.
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