20 – Freddy Krueger (A hora do pesadelo)
Freddy é um vilão completamente diferente de seus rivais
do gênero. Enquanto os outros atacam mocinhas indefesas em lugares diversos,
este aqui ataca durante o sono, ou seja, no momento em que a pessoa está mais vulnerável.
E mais do que isso, como a pessoa vai deixar de dormir? A resposta é um
assassino em série que virou ícone da cultura pop e, apesar de ter se
transformado em personagem cômico com as continuações, ainda deixa muita gente
sem dormir. Literalmente!
19 – Anton Chigurh (Onde os fracos não têm vez)
Javier Bardem não era do primeiro time de Hollywood. A
crítica já o apontava como dos melhores da atualidade, principalmente por
filmes mais independentes como ‘Antes do Anoitecer’ e ‘Mar Adentro’, mas nada muito popular. Mas tudo
mudou quando ele interpretou o frio e calculista Anton Chigurh no premiado filme
dos irmãos Coen, vencedor do Oscar de Melhor Filme e Direção em 2008.
A vida das vítimas é decidida pela moeda. “Cara, você
morre e coroa, você vive.
E Javier ganhou seu merecido Oscar de Ator Coadjuvante
pelo papel.
Um personagem para a história.
18 – Coronel Kurtz (Apocalypse Now)
Somente na metade final que aparece o Coronel Kurtz em
‘Apocalypse Now’, vivido pelo grande Marlon Brando, mas, além de ser um
personagem devastador, todo o foco da história é centrado nele, afinal, temos
um capitão do exército americano vivido por Martin Sheen que recebe a missão de
matá-lo. Kurtz é um coronel que enlouqueceu com o passar dos anos e está
refugiado na região do Camboja. O embate entre os dois é o melhor momento dessa
obra-prima.
17 – Enfermeira Ratcher (Um estranho no ninho)
Uma pesquisa de uma revista inglesa apontou essa personagem como a melhor vilã do sexo feminino de todos os tempos.
Independentemente disso, não há o que negar o papel incrível que Louise
Fletcher faz por aqui. Ela interpreta uma espécie de ditadora dentro de um
hospital psiquiátrico e não deixa nada sobre pedra.
Fletcher ganhou Oscar e Globo de Ouro pelo papel.
Alguém duvida se foi justo?
16 – Lotso (Toy Story 3)
O espectador só descobre que o ursinho cor-de-rosa Lotso
é um personagem malvado, perto da metade do filme. Foi um grande risco da Pixar
em colocar um símbolo de ternura e fraternidade como um ditador em um orfanato
e segregando os “brinquedos bons” e “ruins”.
E Lotso não nasce malvado, ele é condicionado ao meio em
que vive e, depois de ter sido supostamente excluído, prometeu liderar seu
“império”.
Alguém se lembrou de um certo nazista austríaco?
15 – John Milton (Advogado do diabo)
Em 1998, quando ‘Advogado do diabo’ estreou nos cinemas
brasileiros, pouca gente deu bola, afinal, estreou muito perto do fenômeno
‘Titanic’. Apesar de ele ter ido mal nos cinemas, devido ás circunstâncias, o
sucesso que ele teve nas locadoras foi impressionante. Foi dos filmes mais
alugados da época e logo ficou sendo mais conhecido pelos brasileiros.
‘Advogado do diabo’ dividiu a crítica, sobretudo porque,
no início temos uma história de júri e tribunais, para virar uma história
sobrenatural.
E o personagem de John Milton, vivido por Al Pacino
interpreta um líder de uma empresa de advocacia de Nova York, mas logo
descobrimos que é o tinhoso em pessoa.
Ele
seduz um advogado ambicioso vivido por Keanu Reeves com poder e mulheres, que
nunca perdeu um caso, mas pode perder sua alma para o mal.
Esteja
preparado para a meia hora final.
14 – John Doe (Seven – os sete crimes capitais)
ATENÇÃO, SPOILER!
Foi uma sábia decisão do diretor David Fincher em tirar o
nome de Kevin Spacey dos créditos iniciais exatamente para confundir a platéia
em tentar adivinhar quem estaria por trás dos assassinatos baseados nos pecados
capitais. E a platéia se sentirá mais enganada ainda quando vê que o nome de
Spacey é o primeiro dos créditos finais.
Mas isso é apenas o começo: o filme de David Fincher é um
grande suspense que mudou para sempre a forma de como vemos desfechos
pessimistas. Com cenas de provocar angústias, como o primeiro crime, baseado no
pecado da gula e a cabeça cortada de Gwyneth Paltrow.
E depois que Spacey é revelado, dá vontade de ver o filme
do começo, exatamente para ver se as pistas estavam lá, em seu lugar.
13 – Hans Landa (Bastardos Inglórios)
Quentin
Tarantino é um cineasta como nenhum outro. Não estudou cinema e seus filmes não
têm necessariamente, começo, meio e fim. E também há várias referências que
podem ou não se interligar na história.
E
com ‘Bastardos Inglórios’ a coisa foi mais além: existem as referências, mas,
Tarantino não quis saber da história que lemos nos livros e decidiu
reescrevê-la. E o resultado ficou tão ousado quanto delicioso.
E
seu general nazista, Hans Landa, vivido pelo sempre ótimo Christoph Waltz é
marcante não por ser um sádico matador de judeus, mas sim porque é cômico.
Chega
até a assustar a empatia que temos com ele desde a cena em abertura e a
educação em que ele trata suas vítimas.
Merecidamente,
Christoph Waltz levou o Oscar e Globo de Ouro pelo papel.
Um
feito quase inédito para um primeiro filme de destaque.
That’s
a bingo!
12 – Max Cady (Cabo do medo)
Quem não ficou com medo de Robert De Niro neste filme
aqui levanta a mão!
De Niro faz um psicopata vingativo e vibrante, seja no
seu olhar, ou em seus atos para alcançar seu objetivo, que é se vingar de seu
advogado que omitiu informações que poderiam alterar sua pena de 14 anos,
acusado de estupro.
A parceria De Niro e Scorsese nos entrega mais um filme
poderoso e que deixa a platéia em estado de choque.
Absolutamente perturbador!
11 – Jack Torrance (O Iluminado)
O Jack Torrance de Jack Nicholson começa o filme como um
pai de família normal. Porém, conforme as coisas vão acontecendo em ‘O
Iluminado’, ele vai mudando seu comportamento para um homem agressivo com sua
esposa e filho. E a cada tomada a coisa vai piorando até ficar fora de
controle.
Até hoje não se sabe se o que se passava naquele hotel
era loucura ou sobrenatural. O roteiro de Stanley Kubrick nos deixa com essa
dúvida a toda hora.
Here’s Johnny!
10 – Úrsula (A pequena sereia)
‘A Pequena Sereia’ foi o primeiro filme da chamada 2ª
época de ouro da Disney. Depois de o mundo se encantar com os grandes clássicos
como ‘Alice no país das maravilhas’ e ‘Branca de neve e os 7 anões’, era a hora
de se renovar. E veio em grande estilo. Após ‘A Pequena Sereia’, a Disney teve
sinal verde para realizar ‘A bela e a fera’, ‘Aladdin’ e ‘O rei leão’.
E neste grande filme de 1989, mesmo com o show de imagens
e uma trilha sonora vencedora de Oscar, nada seria tão poderoso se não tivesse
um vilão de colocar medo em adultos e crianças. Aliás, “vilão” não, mas vilã.
A rainha dos mares, Úrsula, tem o poder de transformar a
todos em seus escravos e quer dominar o reino de Ariel. Para isso, realiza o
maquiavélico ato de roubar a voz da nossa protagonista e, assim, dominar os
mares!
9 – Louis Cyphre (Coração Satânico)
Mais um vilão de Robert de Niro e mais um grande ator que
interpreta o tinhoso em pessoa.
Em ‘Coração Satânico’, o diretor Alan Parker (de
‘Mississipi em Chamas’) recria uma Nova York nos anos 1950 para contar uma história
sinistra e cheia de simbolismos, pistas falsas, e jogos quase mortais que o
personagem de Robert de Niro faz com sua “vítima”, o personagem de Mickey
Rourke. Chamem a bruxa!
8 – Hannibal Lecter (O silêncio dos inocentes)
Até hoje, nenhum outro filme de terror conseguiu o feito
que ‘O silêncio dos inocentes’ conseguiu: ganhar o prêmio máximo no Oscar e
ainda ganhar o chamado “super cinco”: Melhor Filme, Direção, Ator, Atriz e
Roteiro.
Para quem vê de fora, pode parecer um exagero, mas, com
poucos minutos de produção, vimos que ‘O silêncio dos inocentes’ merece essa
notoriedade.
O filme conta com um papel irretocável da Jodie Foster,
mas é inegável que é um filme do Anthony Hopkins.
Um ator capaz de provocar medo em quem assiste apenas com
um olhar frio e se revela um canibal sádico, merece sim, todo o reconhecimento
possível, inclusive da Academia.
7 – Norman Bates (Psicose)
Com 54 anos do lançamento de ‘Psicose’ e mesmo nós já
sabendo do segredo de Norman Bates, que é revelado no final, bem como uma das
cenas mais famosas do cinema, é impressionante como revê-lo ainda é um deleite
único.
O comportamento estranho de Norman gerou estudos,
discussões e sua origem é retratada na ótima série da Universal, ‘Bates Motel’.
Tudo foi tão bem cuidado que, em momento algum, Norman dá
sinais de psicopatia. Isso fica à interpretação e entendimento da platéia.
E foi um papel tão à frente do seu tempo que as dicas dos
psicólogos dão em artigos de como identificar um psicopata, tem muito a ver com
Norman Bates.
O cinema – bem como a psicologia – não seriam os mesmos
sem ‘Psicose’.
6 – Annie Wilkes (Louca Obsessão)
‘Louca Obsessão’ é, assim como ‘O Iluminado’, uma também
adaptação de um livro de Stephen King.
E também é um filme perturbador e claustrofóbico que
praticamente não deixa o espectador respirar. Toda a angústia que o filme causa
com todas as barbaridades que essa enfermeira causa em seu escritor preferido,
Paul Sheldon, é um exercício para poucos. Mesmo! Não é propaganda enganosa.
‘Louca Obsessão’ é um filme em que o espectador não se sente bem durante nem
depois dele e todos os momentos ficarão na memória por algumas horas depois do
término.
Foi o primeiro caso que uma mulher ganha um Oscar por um
filme de suspense.
É de arranhar o braço da poltrona.
Estão avisados!
5 – Scar (O rei leão)
Em 2014, ‘O rei leão’ completou 20 anos de seu
lançamento. E nas comemorações foi impressionante o sentimento de nostalgia.
Desde a trilha sonora clássica, os momentos inesquecíveis e as lições
aprendidas nesta animação.
‘O Rei Leão’ é um marco!
E este filme tem a honra de ter aquele que considero o
melhor vilão da história dos longas de animação: Scar, que na versão original é
dublado por Jeremy Irons.
Os mais novos vão entender o que acontece e torcer contra
ele, mas os mais velhos vão sentir as referências lá: Nazismo, Maquiavel e até
Shakespeare.
Fazer um vilão que assassina o irmão, obriga o sobrinho a
abandonar a família e deixa seu povo passando fome, e ainda de uma forma que
não agrida as crianças, é um dos trunfos desse maravilhoso roteiro dessa
obra-prima, ‘O Rei Leão’.
4 – Hal 9000 (2001 – Uma Odisseia no Espaço)
Pode
parecer estranho um vilão que não é exatamente uma pessoa nesta lista aqui.
Mas, para quem apreciou esse filme que mudou o mundo da Ficção Científica, sabe
que ele não poderia ficar de fora.
Nesse
filme incontestável de Stanley Kubrick, o computador instalado a bordo da nave
espacial Discovery começa conversando de forma amigável com a equipe, até que
se torna uma figura perigosa.
Conforme
o filme vai evoluindo, Hal 9000 vai se tornando mais humano: tem emoções,
começa a raciocinar e a falar de forma natural. O problema é que humanos
dependem das máquinas e todos a bordo começam a se tornar uma espécie de
escravos dele.
3 – Amon Goeth (A
Lista de Schindler)
Mais um nazista da 2ª Guerra Mundial,
mas, desta vez, um personagem sério. Seriíssimo! A pessoa em questão desta obra-prima
de Steven Spielberg, vencedora de 7 Oscars é baseado em um personagem real. O
Amon Goeth existiu mesmo e relatos dizem que ele era muito pior do que
apresentado no filme.
Isso porque Spielberg não poupou a tortura, a matança em
massa que ocorreu no holocausto e os horrores da guerra, e ainda sim teve que
tirar muita coisa para fazer de ‘A Lista de Schindler’ um filme acessível ao
grande público.
Além dos 7 merecidos Oscars que o filme ganhou, Ralph
Fiennes (que anos depois viveria outro grande vilão, o Lord
Voldemort na franquia ‘Harry Potter’) foi indicado ao Oscar pelo papel e perdeu
(injustamente!) para Tommy Lee Jones por ‘O Fugitivo’.
Goeth é um vilão histórico, que é quase associado a uma
máquina, sem emoções, programado para uma só coisa e sem qualquer humanidade.
2 – Coringa (Batman – O Cavaleiro das Trevas)
Nunca saberemos se este personagem icônico e eternizado
por Heath Ledger seria assim tão lendário sem a sua morte meses antes do
lançamento.
Mas a verdade é que o Coringa não é só o melhor vilão dos
filmes baseados em HQs, como o filme em si, ‘Batman – O Cavaleiro das Trevas’ é
uma obra que vai além de uma adaptação: é uma história de conspiração, política
e loucura.
Todo esse clima sombrio, pesado e pessimista se traduz
nas ações do Coringa, um psicopata sem motivações, tudo o que ele quer é
provocar o caos. E consegue. Sempre está um passo à frente de seu rival,
Batman.
E pensar que os fãs de quadrinhos não queriam Heath
Ledger no papel porque seu filme anterior era como o cowboy gay em ‘O Segredo
de Brokeback Mountain’.
E Jack Nicholson, que se sentia o Coringa definitivo no
filme do Tim Burton em 1989, fez um comentário bastante indiferente e de mau
gosto sobre a morte de Ledger, dizendo que “tem que ser macho para fazer o
Coringa”.
Um recado para Nicholson: O CORINGA DE HEATH LEDGER É
MUUUITO MELHOR DO QUE O SEU!!!!!!
1 – Darth Vader (Star Wars)
George Lucas bem que tentou, mas não conseguiu destruir
seu melhor personagem. Ele conta a origem de Darth Vader na nova trilogia da
saga, iniciada em 1999 com ‘A Ameaça Fantasma’.
E a decisão não poderia ser pior. Anakin Skywalker é um
péssimo personagem e o encanto gerado por uma geração com um vilão tão poderoso
quanto Darth Vader quase se perdeu.
Felizmente não se perdeu por completo.
Darth Vader é uma mistura de todos os grandes vilões da
história real, seja Hitler ou Stálin, e também uma mistura dos grandes vilões
dos quadrinhos.
Ao fazer ‘Star Wars’ lá em 1977, Lucas não tinha idéia do
barulho que faria, nem da importância de como isso seria. E apesar de a nova
trilogia ser fraca no sentido artístico da coisa, nada anula a trilogia
clássica, nem a moda e a legião de fãs gerados.
E em 2015 teremos ‘Star Wars 7’.
Um momento chave para esse personagem é no desfecho de ‘O
Império Contra-Ataca’, na cena memorável que ele revela ser o pai de Luke
Skywalker e termina por cortar a mão de seu filho.
Um momento histórico, muitas vezes plagiado e exibido,
mas jamais superado.