Harry & Sally –
Feitos um para o outro (When Harry Met Sally)
Direção: Rob Reiner
Ano de produção: 1989
Com:
Meg Ryan, Billy Crystal, Carrie Fisher.
Gênero: Comédia Romântica
Classificação Etária: 12 Anos
“Harry & Sally” é um romance muito à frente de seu
tempo
Nem parece, mas já se passou 25 anos desde que “Harry
& Sally” estreou nos cinemas. E quando digo “nem parece” é que ele não morreu
com o tempo. Pelo contrário, suas situações e diálogos permanecem incrivelmente
atuais. Na verdade, em 1989, o gênero Comédia Romântica nem existia e,
considerando a maioria dos filmes do gênero, nota-se que “Harry & Sally”
desenhou tudo isso. A trilha sonora linda, locações de encher os olhos e,
fundamentalmente, a química perfeita do casal principal.
Neste caso aqui, o casal em questão são Harry Burns
(Billy Crystal) e Sally Albright (Meg Ryan). Ele ficou mais famoso por ser
apresentador do Oscar por muitos anos (curiosamente, a 1ª vez foi em 1990) e
ela depois virou a queridinha de Hollywood tendo seu rosto estampado em filmes
como “Sintonia de Amor” e “Cidade dos Anjos”.
É impossível não se apaixonar pelo casal principal, e de
não torcer pelo drama de cada um e um desfecho feliz (?).
Na trama, Harry & Sally se conhecem na formatura, no
ano de 1977, quando Harry namorava Amanda, amiga de Sally e ficam amigos. 5
anos depois, eles se reencontram em um vôo, com Harry de casamento marcado com
Helen e Sally namorando Joe. Após um tempo, os dois ficam solteiros e eles se
tornam de fato os melhores amigos, cada um dividindo suas angústias e histórias
de vida...
Além da história em si, o que faz de “Harry & Sally”
um filme único são as suas situações e frases e momentos de impacto. Há uma
cena que ficou clássica e é até hoje lembrada, quando os dois estão em um
restaurante em uma conversa sobre as mulheres fingirem orgasmos, com Harry
contando vantagens como homem. Sally, então, finge estar tendo orgasmos para
comprovar sua teoria. O problema é que ela faz isso em voz alta e todo mundo do
restaurante ouve. No final, uma senhora diz: “ quero o mesmo que ela”. Curiosamente,
essa senhora é mãe do diretor Rob Reiner na vida real.
Por falar no diretor Rob Reiner, ele estava no auge nessa
época com duas adaptações de livros do Stephen King: em 1986 ele fez o gracioso
“Conta Comigo” mas seu ápice de originalidade veio com o perturbador “Louca
Obsessão”, de 1990, que deu o merecido Oscar de Melhor Atriz para Kathy Bates e
é um grande exercício de agonia e angústia. Também nessa mesma época, em 1992
ele realiza o grande “Questão de Honra”, com Jack Nicholson. Um filme muito bem
feito, é verdade, apesar do romance sem sal de Tom Cruise e Demi Moore.
Mas, em se tratando de “Harry & Sally”, não podemos
citar somente a direção de Reiner. Esse roteiro maravilhoso é 100% original. Não
é baseado em nada, nem de livro nem de história real, tudo foi idéia da
roteirista Nora Ephron. Ela, que, aliás, se especializou em dirigir comédias
românticas e trabalhou muitas vezes com Meg Ryan, como em “Sintonia de Amor” e “Mensagem
para você”.
A trilha sonora fantástica é composta por Harry Connick
Jr. e até, quem diria, Barry Sonnenfeld aparece. O diretor da
trilogia dos “Homens de Preto” é o diretor de fotografia por aqui.
No Oscar, “Harry & Sally” teve uma mísera indicação
de Roteiro Original, merecia mais, é verdade. Mas quem precisa de Oscar quando
se tem uma obra inesquecível e aclamada até hoje.
E todo esse conjunto de fatores faz com que “Harry &
Sally – Feitos um para o outro” seja, no meu conceito, A MELHOR COMÉDIA
ROMÂNTICA DA HISTÓRIA DO CINEMA, até o momento.
Nota:
10,0
Imagens:
Trailer:
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