Recentemente a Netflix
lançou sua série Stranger Things, que foi um grande sucesso de público e
crítica e uma das razões foram as várias referências aos clássicos do cinema
nos anos 70 e 80. Uma das obras “homenageadas” pela série foi o filme ET – O
Extraterrestre, que marcou uma geração, venceu 4 Oscar em 1983 e é considerado por muitos o melhor filme da carreira de Steven Spielberg.
Duas
semanas depois, o mesmo Spielberg lança seu mais recente trabalho: O Bom
Gigante Amigo, na qual todos os trailers e materiais promocionais indicavam que
seria uma grande releitura e homenagem a um de seus filmes mais célebres,
sobretudo porque a roteirista é a mesma de ET (Melissa Mathison, que faleceu em
novembro do ano passado) e uma das produtoras também (Kathleen Kennedy, hoje a
presidente da Lucasfilm).
Com
este time: direção de Steven Spielberg, roteiro de Melissa Mathison, produção
de Kathleen Kennedy e Frank Marshall, trilha do John Williams, o papel principal
é de Mark Rylance (que venceu o Oscar por Ponte de Espiões) e ainda baseado em
um livro de Roald Dahl (que também escreveu A Fantástica Fábrica de Chocolate),
O Bom Gigante Amigo não tinha como dar errado, mas este é um filme totalmente
equivocado, seja em sua produção artificial, roteiro preguiçoso, péssima edição
e com a maior parte do elenco com a qualidade duvidosa.
O
Bom Gigante Amigo conta a história de Sophie, que vive em um orfanato e é
levada por um gigante para a Terra dos Gigantes. Ela descobre que ele tem um
bom coração mas é renegado por seres maiores do que ele e começa uma amizade
improvável.
O
envolvimento emocional inexiste em O Bom Gigante Amigo, sobretudo pelo roteiro
superficial. Nada do que envolve a protagonista funciona: o fato de ser órfã é
um detalhe que praticamente passa despercebido, a estreante Ruby Barnhill ainda
precisa se provar como atriz e a química entre ela e o gigante do título,
interpretado por captura de movimento por Mark Rylance só funciona por conta
dele. E até a trilha de John Williams, que até tenta funcionar em momentos
pontuais, mas aí fica tarde demais.
Há
um bom trabalho de expressão do ator e permite que a platéia tenha um mínimo de
empatia com o personagem, tanto em sua amizade com Sophie quanto em sua
subtrama em sua terra, na qual ele é hostilizado pelos gigantes e permite que o público, ao mínimo, torça por ele.
Mas,
de forma geral, o trabalho técnico de O Bom Gigante Amigo é artificial,
sobretudo na direção de arte, na qual nota-se que os cenários ali não são reais
e que os atores interagem com o nada e o risco de o filme ficar datado e
esquecível logo é alto.
Não bastasse isso, a história não sabe para qual público
quer falar: é enfadonho demais para as crianças e tolo para os adultos.
São 120 intermináveis minutos mal editados e com vários
momentos que não acrescentam em nada à trama.
O filme é, portanto, extremamente mal editado.
O Bom Gigante Amigo tinha muito potencial para ser épico
e estar na galeria dos grandes filmes do Spielberg, mas a série de equívocos na
condução do filme o torna esquecível.
Parece mais produzido por do que dirigido
por Spielberg.
E que venha o Jogador nº 1.
Nota:
3,0
Maravilhoso filme para assistir. Amo muito os filmes baseados em livros, este é umo muito lindo, por isso quando soube que estrearia 7 Minutos Depois da Meia Noite soube que devia vê-la, é umo dos melhores filmes de livros, soube que devia vê-la, considero que outro fator que fez deste um grande filme foi a atuação do Lewis MacDougall, seu talento é impressionante.
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