Operação Big Hero 6 (Big Hero 6)
Direção: Don Hall
Ano de produção: 2014
Com:
Ryan Potter, Scott Adsit, Genesis Rodriguez, James Cromwell.
Gênero: Animação
Classificação Etária: LIVRE
‘Operação
Big Hero 6’ já nasceu clássico
Que a Marvel Studios inovou na forma de se fazer grandes
filmes baseados em HQs, isso todo mundo já sabe. O que ela agora quer é migrar
e arriscar novos ares. Já começou migrando para a TV com a série Marvel’s
Agents of Shield e, logo no início de 2015, com Agent Carter.
E considerando que ela agora é parceira da Disney, não
demoraria muito para unir o que ambas têm de melhor: a Marvel com seus
super-heróis e a Disney com as animações. A união dessas duas forças resultou
em ‘Operação Big Hero 6’.
É a primeira animação da Disney baseada em uma HQ da
Marvel. Não tem a parceria com a Pixar, mas lembra muito. Aliás, nos últimos
anos, a Disney adotou a “forma” Pixar de se fazer filmes, seja com novas
tecnologias, como em ser inventivo: os últimos filmes da Disney não foram continuação
de nada e são 100% “inéditos”, todos muito bem sucedidos, sucesso de público e
crítica e que são maravilhosos, são eles: ‘Enrolados’, ‘Detona Ralph’ e ‘Frozen
– Uma Aventura Congelante’.
Arrisco dizer que, nos últimos 3 anos, a Disney está
melhor do que a Pixar.
Outro ponto importante para que essas empresas estejam
tão parecidas é o produtor desses últimos filmes da Disney: John Lasseter. Ele
praticamente reinventou a forma de se fazer animações com Toy Story 1 e 2 e
hoje é dos principais nomes do estúdio – se não do cinema em geral.
‘Operação Big Hero 6’ conta a história de Hiro, um garoto
que vive com sua tia e seu irmão, Tadashi. Seus pais morreram quando ele tinha
3 anos de idade e se diverte com lutas ilegais de robôs (muito parecidas com as
brigas de galo no Brasil). Ambos são apaixonados por robótica e tecnologia em
geral e Tadashi leva Hiro ao laboratório onde trabalha. Lá, conhece o professor
Callahan e os amigos nerds do irmão. E também descobre que Tadashi desenvolveu
um projeto de um “robô-médico chamado Baymax. Logo, Hiro se apaixona pela coisa
e almeja estudar na mesma escola, mas precisa desenvolver um projeto para isso.
Logo ele desenvolve algo inovador, os microbôs, que são minúsculos, mas que
podem ser o futuro. Após um acontecimento (quem não viu o filme é melhor não
saber o que é, mesmo!), Hiro se junta a Baymax e ao grupo de amigos nerds para
formar uma liga de super heróis para destruir os interesses e ganância de seu
vilão (que também é bom não saber quem é!).
Quem acompanhou os bastidores de ‘Operação Big Hero 6’,
viu o quanto trabalhoso foi para fazê-lo. No arco em que Tadashi mostra a
escola a seu irmão, há muita informação técnica sobre robótica, química e
física. Mas isso atrapalha o conhecimento e apreciação do público infantil?
Não, muito pelo contrário. Com tanta coisa descartável por aí, é algo mágico
quando temos um produto que a criançada se diverte e aprende. Tanto as
animações para o cinema como para a TV sofrem desse déficit e também os
programas infantis (deu uma saudade do Castelo Rá-Tim-Bum agora!).
Houve muito trabalho de pesquisa para o roteiro não dar
informações equivocadas e muitas homenagens com a nossa vida real: a cidade
onde tudo ocorre, San Fransokyo, é uma clara referência a duas cidades: São
Francisco, no Oeste dos EUA e Tóquio, capital do Japão, em homenagem à
tecnologia japonesa. E o projeto dos microbôs existe sim e está em fase de
pesquisa em universidades americanas.
Mas não é só o público nerd que irá apreciar ‘Operação
Big Hero 6’, o público em geral também: é fácil se identificar com o
protagonista Hiro: órfão de pai e mãe e vive isolado em seu mundo. Da metade
para o final, a história fala, também, de corrupção e interesses, mas o fator
principal que esse filme deva agradar a gregos e troianos está em seu “mascote”,
o delicioso robô Baymax.
Os realizadores estavam inspiradíssimos quando o fizeram,
seja em seus trejeitos como nas informações médicas (seria o fim das
consultas?). Baymax tem um coração enorme e é o principal parceiro de Hiro. Seu
jeito atrapalhado e inocente serve como alívio cômico e alívio sentimental para
a história, no caso, sentimento entre amigos.
Quem não se apaixonar pelos momentos dos dois juntos,
pode procurar um hospital.
O visual de ‘Operação Big Hero 6’ é sublime e merece ser
visto na melhor tela possível, bem como sua tecnologia 3D arrebatadora, em
especial nas cenas de ação.
Como todo filme da Marvel, há uma cena pós-créditos.
Portanto, não saia do filme antes de encerrar os créditos, pois a cena
complementa o espírito do filme que terminaria.
E também como toda e legítima animação da Disney, antes
do início do filme, temos um curta animado. A bola da vez é com o irresistível
curta ‘O Banquete’, dirigido pelo próprio Lasseter, sobre um cachorro, seus
donos e muita comida.
De uma coisa tenho certeza: ‘Operação Big Hero 6’ será
lembrado para as próximas gerações como um clássico e pode representar uma nova
onda no cinema, a de unir super-heróis e animação. ‘Os Incríveis’ fez isso
muito bem há uma década, mas agora isso pode se consolidar com esse filme aqui.
‘Operação Big Hero 6’ é absolutamente perfeito.
Nota:
10,0
Imagens:
Trailer:
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