Need for Speed (Idem)
Direção:
Scott Waugh
Ano de produção: 2014
Com:
Aaron Paul, Dominic Cooper, Imogen Poots, Scott Mescudi, Ramon Rodriguez,
Michael Keaton
Gênero: Ação
Classificação Etária: 14 Anos
As espetaculares cenas de
ação – e só elas – valem o ingresso de “Need For Speed”.
Quem é gamer se sente isolado no mundo do cinema.
Dificilmente alguma adaptação de algum jogo torna-se fiel ao produto original.
Há muitos fracassos de público e crítica, como “Super Mario Bros”, de 1993 e
“Hitman”, de 2007, mas há aqueles que se tornam sucesso de público, mas que
receberam críticas pífias, como as franquias “Resident Evil” e “Tomb Raider”.
Até onde a memória alcança, só “Detona Ralph” conseguiu unir qualidade e
sucesso nos longas baseados em games.
Há muitos games que têm o roteiro tão bom que, se não
mãos certas, dariam filmaços, como “Grand Theft Auto”, ou simplesmente GTA ou
“God of War”, que precisariam de um roteiro mais elaborado, é verdade, mas,
quem, como eu, jogou muito “Need for Speed”, não havia sinal algum que aquela
franquia de jogos seria adaptável. É um jogo de corrida de carros, fora isso,
tem uma jogabilidade ótima e belos cenários, e só. Não há uma história
definida. Mas, como Hollywood não brinca em serviço, logo associaram esse game
à franquia cinematográfica “Velozes e Furiosos” para produzir esse filme aqui.
O que não é de todo o mal. O estúdio enxergou em “Need for Speed” que algo a
mais na história poderia ser mais aproveitada com personagens de verdade e
investindo mais em emoções humanas. Só que não!
“Need
for Speed” é um filme muito fraco, com todos os clichês de um filme de ação com
testosterona e com um fiapo de roteiro.
Na
história, Tobey Marshall (Aaron Paul, o Jesse da série “Breaking Bad”) tem um
negócio próprio de mecânica e acabou de perder seu pai. Seu “hobby”, na verdade
são as corridas de racha ilegais, que ele e seus amigos a usam para levantar
algum dinheiro. Tobey tem um rival, o “playboy” Dino Brewster (papel de Dominic
Cooper) e o mesmo oferece a Tobey que ele e seus amigos montem seu novo carro,
um Ford Mustang e eles ficariam com 25% do valor do carro.
Mas,
como em um filme de ação tudo tem que dar errado, um acaso do destino (que
prefiro não contar aqui, pois seria um spoiler muito grande) faz com que Tobey
conheça o valor da amizade ao lado de sua “amada”? Julia (Imogen Poots)
correndo o país e passando por situações bizarras.
Há
uma tentativa clara de transformar Aaron Paul em um astro de ação. Paul
demonstrou muito bem seu talento dramático na série “Breaking Bad”, mas, aqui,
com um papel totalmente desperdiçado. O elenco de apoio é fraquíssimo, desde um
vilão que não tem carisma, até uma mocinha que não empolga e não tem química
alguma com o protagonista.
O
diretor, Scott Waugh, infelizmente, não sabe trabalhar com atores, mas sabe
muito bem trabalhar com máquinas e com seqüências de ação. Antes de ele
trabalhar como cineasta, Waugh era dublê – e dos bons – em filmes de ação como
“Sr. e Sra. Smith” e “O Confronto”.
Com
um bom currículo como dublê, Waugh usou toda a sua experiência em sequencias de
tirar o fôlego, ou, mais do que isso: o filme faz das perseguições
automobilísticas uma boa alegoria de como a tecnologia 3D pode fazer parte do
espetáculo. Há duas cenas em destaque, como a do racha em cima da ponte, resultando
em... Prefiro não comentar, mas principalmente, na cena da perseguição
policial, em que há um ótimo trabalho de montagem com câmeras se posicionando
para fora a para dentro do carro e com um desfecho totalmente inverossímil.
Quem
quiser assistir à “Need for Speed” como um filme de ação não vai se
decepcionar. Ah, veja em 3D, exatamente pelas cenas de corrida.
Mas,
para quem, como eu, foi querendo ver uma adaptação fiel aos games, ficou na
decepção.
Nota:
4,0
Imagens:
Trailer:
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