A primeira temporada de
The Sinner foi uma grata surpresa de 2017, sobretudo por apresentar um suspense
aparentemente de fácil solução, mas que se mostra uma trama muito mais
elaborada, com muitos mistérios, flashbacks e camadas.
Também nos agraciou com atuações afiadas de Jessica Biel
(indicada ao Emmy) e Bill Pullman.
Porém, quando foi anunciado que a série teria uma segunda
temporada, muitos (inclusive este que vos fala) já achou uma ideia oportunista
e desnecessária.
Mas, nada como queimar a língua e esta temporada de The
Sinner se apresenta tão boa quanto a anterior, com um novo mistério, mas o
mesmo tom instigante, os personagens excelentes e série tecnicamente perfeita.
Esta segunda temporada é uma continuação/antologia, pois
apresenta um mesmo personagem da temporada anterior, Harry Ambrose (Bill
Pullman) e sua história continua. Porém, é uma outra história e outros
personagens, a exceção de seu protagonista.
Se continuar com essa estrutura de antologia,
apresentando um mistério diferente a cada temporada, tomara que a série tenha
vida longa.
Este novo ano começa com um casal, Bess e Adam com seu
suposto filho, Julian viajando para as Cataratas do Niágara, mas ocorre um
problema com o carro na estrada e os três ficam hospedados em um hotel.
O que
era para ser uma simples hospedagem termina em tragédia: Julian aparece com um
chá, que mata o casal e o próprio garoto confessa o que fez.
A
partir daí a série vai desvendando um mistério que aparentemente se torna
simples: Julian confessou, ele é o assassino e fim de caso.
Mas a
série vai apresentando outros personagens e outras subtramas que tornam essa
história muito atraente, instigante e que atrai o público até o final,
sobretudo por seu “gancho” a cada final de episódio e até em meio de episódio
também.
Elisha
Henig arrebenta como Julian e faz um personagem misterioso, onde não sabemos de
início suas intenções, mas a série não é apenas focada nele, nem só no Bill
Pullman como protagonista, muito pelo contrário. Todos têm o seu momento e a
série merece, no mínimo, umas duas indicações a coadjuvantes nas premiações.
Carrie
Coon (de The Leftovers) faz Vera, uma mulher misteriosa, determinada e também
com intenções dúbias. O que ela quer e o que esconde? São algumas perguntas que
a série vai levando até o final.
Heather
como uma policial bem-intencionada, mas com um passado sombrio e misterioso
também é uma grande personagem e quanto menos se sabe, mais interessante a
personagem fica.
Também
não deixem de prestar atenção em Marin, que vai crescendo a cada episódio, se
torna mais relevante e importante, até descobrirmos sobre ela na segunda metade
da série.
Assim
como na primeira temporada, esta segunda de The Sinner termina de forma
fechada. Pode vir uma terceira temporada como antologia ou encerrar por aqui. Nada
apaga esta grande temporada e uma das melhores séries do ano.
Quem
se sentiu instigado com o primeiro ano, via se agraciar por este aqui.
Nota:
10,0
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