Indicados:
- Edward Norton (Birdman)
Não foi apenas com a carreira de
Michael Keaton que o roteiro de Birdman brincou, mas com a de Edward Norton
também. Na pele de um ator problemático e arrogante, ele se parece muito com
seu ego na vida real, segundo histórias de bastidores. E aquele ator que surgiu
lá no final dos anos 1990 como uma revelação, andou sumido por um tempo e agora
tem a chance de voltar. Suas indicações anteriores foram com ‘As duas faces de
um crime’, em 1997 e ‘A outra história americana’, em 1999.
- Ethan Hawke (Boyhood)
Todo bom diretor de cinema tem um ator
preferido, e disso, pode nascer uma grande amizade. E, para Richard Linklater,
claramente seu ator preferido é Ethan Hawke. Ele trabalhou na trilogia de
‘Antes do Amanhecer’ com Julie Delpy e empresta um papel sensível, embora nada
excepcional como o pai maneirista do protagonista.
É
sua segunda indicação, a primeira foi em 2002, por Ator Coadjuvante pelo ‘Dia
de Treinamento’.
- J. K. Simmons (Whiplash – Em Busca da Perfeição)
Somente um milagre tira o Oscar de J.
K. Simmons, que não é apenas o super favorito para levar esse Oscar, como é dele
a melhor atuação do ano. Seria muito fácil criar antipatia por um professor
carrasco e que humilha um adolescente para lhe arrancar a perfeição, mas não é
o caso. E tudo isso sem cair na caricatura do vilão. E mesmo quando a platéia
acha que ele pode ter o momento de redenção, a direção e condução do filme
podem te enganar.
- Mark Ruffalo (Foxcatcher)
Mark Ruffalo é um grande ator, mas ele
nada tem a acrescentar aqui como uma lenda do esporte, que, diga-se de
passagem, está ofuscado no filme. Indicação injusta. Prefira-o como o Incrível
Hulk
- Robert Duvall (O Juiz)
Se a atuação de Robert Downey Jr. está
muito protocolar em ‘O Juiz’, o mesmo não se pode dizer de Robert Duvall, que
interpreta o pai do protagonista. Um papel difícil e ao mesmo tempo de redenção
e despido de vaidades por se tratar de um ator veterano. Indicação merecida,
mas tem poucas chances de ganhar contra o poderoso J. K. Simmons.
Quem não deveria estar aí:
Ethan Hawke (Boyhood)
Ethan Hawke apareceu entre os
indicados unicamente para preencher espaço e aumentar a credibilidade de
Boyhood, mas as chances são mínimas.
Mark Ruffalo (Foxcatcher)
O mesmo raciocínio se aplica a Mark
Ruffalo. Para aumentar a credibilidade de Foxcatcher, a Academia o colocou no
maior número de indicações possíveis, independentemente do mérito.
Os esquecidos:
Fabrizio Rongione (Dois dias, uma
noite)
Como o marido da protagonista,
Fabrizio ajuda-a em sua jornada de segurar seu trabalho e convencer seus colegas.
Uma atuação contida e sem vaidades, assim como o filme.
Riz Ahmed (O Abutre)
Em meio a grandes como Jake Gyllenhall
e Rene Russo, esse grande ator poderia passar despercebido, mas não foi o caso.
Como o assistente do protagonista, ele é um funcionário exemplar, o olho que
tudo vê e, na maioria dos casos, parece ter mais juízo do que ele.
Quem vai ganhar:
J. K. Simmons (Whiplash – Em Busca da
Perfeição)
J. K. Simmons já ganhou vários prêmios
por este grande papel e nada indica que ele possa perder esse Oscar, o que
seria uma zebra histórica.
Mas quem deveria ganhar era:
O
próprio:
J. K. Simmons (Whiplash – Em Busca da
Perfeição)
Se juntarmos as atuações dos demais indicados,
ainda não dá a atuação de J. K. Simmons. É daqueles papéis que marcam um ator e
o transforma em ícone. E dificilmente o espectador se esquecerá tão cedo dessa
performance, que será lembrada por gerações.
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