Thor 2 – O mundo sombrio (Thor – The dark world)
Direção: Alan Taylor
Ano de produção: 2013
Com:
Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tom Hiddleston, Christopher Eccleston,
Anthony Hopkins, Kat Dennings, Rene Russo.
Gênero: Ação
Classificação Etária: 12 Anos
Thor
2 mostra uma nova fase da Marvel.
A equipe de “Thor 2 – O mundo sombrio” estava com uma
bomba nas mãos. Afinal, depois do mal estar gerado no primeiro filme, em 2011,
ninguém ousava se meter no projeto novamente. E, também, depois do furacão causado
por “The Avengers – Os Vingadores”, era difícil imaginar um filme solo de herói
que causasse impacto depois da estrondosa reunião de super-heróis que The
Avengers nos agraciou.
E ainda no universo de Os Vingadores, os fãs não estavam
muito esperançosos dessa fase nova da Marvel, principalmente depois da decepção
causada por “Homem de Ferro 3”. Eu mesmo não coloquei muita fé na história do
deus do trovão ou se essa história tivesse continuidade.
Mas, nada como queimar a língua da maneira mais irônica.
“Thor 2 – O mundo sombrio” é um grande filme, que honra esse grande personagem
da Marvel, trouxe uma história inteligente e didática, mesmo para os leigos.
Além disso, é absolutamente delicioso de se assistir, com alívios cômicos na
medida certa, sem estragar ou distorcer a trama, cobre todas as falhas do
primeiro filme e quase (eu disse quase) nos faz esquecer-se de Os Vingadores.
Na história, os Elfos Negros, que eram seres que
habitavam no universo antes do big bang, tentaram dominar o Éter, uma substância
poderosa com a capacidade de dominar os nove universos. Porém, os Elfos,
perderam a batalha pela conquista do Éter para os deuses de Asgard e parecia
que ali estava tudo perdido. Jogando para os dias de hoje, aqui na Terra, na
cidade de Londres, Jane Foster (Natalie Portman) está há dois anos sem ver seu
amado Thor (Chris Hemsworth) e descobre, sem querer, um portal, que lhe dá a
posse do poderoso Éter. Em Asgard, Loki (Tom Hiddleston) é detido pelos
desastres ocorridos em Nova York com “The Avengers – Os Vingadores” e está
fadado a perder seu trono de rei para seu irmão, Thor. O deus do trovão, Thor,
retorna à Terra e descobre que Jane possui o Éter, que lhe dá um estranho campo
de força. Thor leva Jane a Asgard para se cuidar, mas o planeta é invadido
pelos Elfos e por Malekith (Christopher Eccleston), que querem tomar posse do
Éter, e também querem a dominação da Terra e conquistar os dois mundos.
As diferenças e qualidades em relação ao filme de 2011
são nítidas. Primeiro tudo funciona por aqui. Três ressalvas sobre o primeiro
filme eram as cenas bizarras de ação; depois o fato de ser infiel aos
quadrinhos por mostrar mais o Planeta Terra e quase destratar o planeta Asgard;
também a química e romance entre Chris Hemsworth e Natalie Portman não
emplacou.
Aqui em “Thor 2 – O mundo sombrio”, as cenas de ação são
espetaculares. A Marvel Studios aproveitou tudo o que o herói tem de melhor e
também aproveitou até as últimas consequências de como explorar ou dissertar um
roteiro bem amarrado. O planeta Asgard está muito melhor aproveitado por aqui,
existe sim, vida pura a ser explorada em uma história fantástica e ao invés de
mostrar quase só a Terra como o primeiro filme, o roteiro liga bem os dois
mundos, sem priorizar esse ou aquele. Mas e o romance de Thor e Jane? A química
dos dois não só é perfeita e até comove, e, de certa forma a personagem de
Natalie Portman, assim como todos os “terrestres” da história, funcionam como
um alívio cômico nos momentos de tensão, com direito a uma rápida e engraçada
participação de Stan Lee.
Ao contrário de “Homem de Ferro 3”, um universo paralelo,
afinal, não havia referência com nenhum outro filme da Marvel. Aqui, em Thor 2,
as referências são tão presentes quanto deliciosas. A trama de passa após os
acontecimentos de “The Avengers – Os Vingadores”, então, tudo é citado, sem
prejudicar a história, como uma rápida piada com o Capitão América,
protagonizada pelo Loki e as cenas pós-créditos.
E por falar em Loki, como não citá-lo? Foi a melhor coisa
do primeiro filme e aqui rouba a cena como anti-herói. A imprevisível e
aparentemente impossível parceira entre Loki e Thor é um dos picos do filme. Não
contarei aqui o desfecho, mas o resultado é tão surpreendente que, quanto menos
souber, melhor para apreciar os momentos.
Quem disse que não havia vida após Os Vingadores? Este só
é o início da fase nova da Marvel. E que venham mais heróis e mais filmes.
Capitão América e Homem-Formiga, por exemplo, vêm aí. E, claro, Os Vingadores
2.
Nota:
9,0
Imagens:
Trailer:
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